NOTA DE ESCLARECIMENTO INICIAL

Somos COLORADOS e estamos preocupados com os rumos do CLUBE DO POVO. Por isso criamos este blog. Nosso maior objetivo é resgatar a alma do Sport Club Internacional, cujos alicerces estão fincados nas classes populares, que sempre deram sustentação e transformaram o INTER no GIGANTE que ele é.


O Inter NÃO nasceu em 2002!!!



sábado, 18 de agosto de 2012

LEGENDA COLORADA

Num desses momentos gloriosos que a sorte de estar no lugar certo na hora certa nos proporciona, tive a oportunidade de abraçar e trocar algumas palavras com um dos meus heróis.

Quando era piá, ao contrário da maioria, que quer jogar na frente e driblar, driblar, driblar, o meu coração se dividia entre ser o Figueroa ou o Benitez. Fiz meu nome na várzea (!) com a 3 e encerrei a carreira como guarda-valas, deixando saudade nos companheiros e uma alentadora sensação de alívio nos adversários. Lamentavelmente minha modéstia me impede de dizer que sou uma lenda dos campos varzeanos...

Bueno, hoje de manhã cumpria um ritual repetido desde os tempos que minha mãe conversava com todos os feirantes do mundo sobre a qualidade das beterrabas e o tamanho dos tomates, e fazia minhas compritas na feira da EPATUR, ou melhor, do largo Zumbi dos Palmares. Cebolas, brócolis, essas coisas. Eis que vejo à minha frente um senhor caminhando apoiado em um par de muletas rumo ao estacionamento. Me arrepiei e fui atrás. Chamei: "Benitez!" e ele parou, já quase entrando no carro, e esperou que eu chegasse. Apertei a mão dele e, quase chorando, disse que ele foi um dos maiores goleiros que eu vi jogar e agradeci por tudo o que ele fez pelo Inter. Notei que ele ficou um pouco emocionado também, principalmente quando perguntou a minha idade e eu respondi que daqui a alguns dias estaciono nos 40. Ele disse que dificilmente alguém com menos de 60 o reconhece na rua. E me deu um abraço.

José de La Cruz Benitez Santa Cruz. Quem não teve a oportunidade, veja no youtube.

  Benitez

6 comentários:

  1. Paz e bem!

    Pulga:

    O que houve com teu outro blog?
    Capitao Rodrigo / Na cidade de cabeça pra baixo

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    1. Oi, Eugênio!

      Por uma dessas coisas que acontecem no mundo virtual e para as quais eu não tenho a menor explicação, apareceu outro site com o mesmo endereço, só que sem o blogspot. Começou a acontecer de algumas vezes o direcionamento ser feito pra lá. O fato de isso só acontecer algumas vezes e outras não também é um completo mistério pra mim. Então, como já tinha mudado o nome do blog, mudei também o endereço para nacidadedecabecaprabaixo.blogspot.com.
      Fica até mais fácil sendo o mesmo nome do blog.

      Continua aparecendo de vez em quando por aqui também.

      Abração!

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  2. Benitez frequentava o prédio que eu morei na minha juventude, ali na Des. André da Rocha. Lá também morava uma tremenda gostosa e ele, bom, ele era amiguinho dela...
    Ou seja, meu ídolo em dobro!
    Baijos!

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    1. "Benitez frequentava o prédio que eu morei na minha juventude (...)." Carvalhos!, eu já tinha achado ele bem conservado, mas agora vejo que não aparenta mesmo a idade que deve ter...

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  3. Esse é um daqueles momentos que fazem do futebol algo mágico e transcendente. Quando eu era bem piá, costumava, às vezes, ir na Catedral à tarde pra ver os treinos dos pernas-de-pau que defendiam o Inter nos anos 90, mas isso, a falta de qualidade daqueles times, pouco importava, porque aqueles caras faziam o que eu sonhava em fazer quando crescesse: vestir o manto sagrado alvirrubro e defender o clube que eu amo. Um dia tive a sorte de apertar a mão e ganhar um autógrafo do Gamarra, o maior zagueiro que eu vi jogar até hoje, e meu grande ídolo daquela época de vacas magras e pro resto da vida (pra quem não sabe o Gamarra era um paraguaio de 1,79m que, entre outras coisas, jamais deixou o jardel fazer gol de cabeça em gre-NAL, marcou sozinho Romário, Edmundo e Sávio - o "ataque dos sonhos" do centenário do flamengo - não cometeu nenhuma falta na copa do mundo de 1998 e disse em rede nacional, num programa do milton neves, mesmo tendo jogado no curinthians e no flamengo, que a melhor torcida dentre as torcidas dos clubes em que ele jogou é a nação colorada. Quando a gente vai ficando adulto e começa a descobrir as nojeiras que envolvem os bastidores do futebol, a gente acaba se frustrando e ficando descrente e essa parte lúdica e afetiva da infância acaba ficando um pouco de lado, mas momentos como esses fazem aflorar sentimentos pueris e nobres novamente.
    Uma vez, num programa do ricardo vidarte, na rede pampa, estava na mesa o Larry Pinto de Faria, e eu mandei um e-mail agradecendo a ele por tudo o que ele tinha feito pelo Inter e, principalmente, pelos 4 gols que ele marcou no gre-NAL do torneio de inauguração do estádio olímpico (que o Inter ganhou por 6x2!). O vidarte leu o e-mail no ar e o seu Larry ficou visivelmente emocionado pela singela homenagem. Outro dia o D'Ale recebeu uma homenagem do vocalista da banda Cachorro Grande: a camisa do Inter que o Ruben Paz (ídolo do D'Ale) usava (http://www.youtube.com/watch?v=E5CL9-Q3DRo). Parece até meio bobo, mas uma coisa que eu me arrependo até hoje é de nunca ter ido falar e pedir o autógrafo do Abel, do Fernandão, do Clemer, do Iarley, do Índio, do Guiñazu e do D'Alessandro, mas isso ainda tá em tempo e qualquer dia desses eu vou lá.

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  4. E o Sr. Carlos Alberto Gamarra Pavón disse também que nunca precisaria de dinheiro ao ponto de se sujeitar a vestir a camisa preta branca e azul. Tenho essa entrevista arquivada nos meus implacáveis arquivos.

    Só não entendo uma côsa: por que ninguém diz nada sobre os meus feitos na várzea???

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