NOTA DE ESCLARECIMENTO INICIAL

Somos COLORADOS e estamos preocupados com os rumos do CLUBE DO POVO. Por isso criamos este blog. Nosso maior objetivo é resgatar a alma do Sport Club Internacional, cujos alicerces estão fincados nas classes populares, que sempre deram sustentação e transformaram o INTER no GIGANTE que ele é.


O Inter NÃO nasceu em 2002!!!



quinta-feira, 20 de setembro de 2012

OS LANCEIROS NEGROS DO SÉCULO XXI

Hoje é um dia simbólico e, como tudo neste Continente de São Pedro, motiva manifestações apaixonadas pra tudo quanto é lado. O Juremir Machado da Silva adora fazer propaganda dos seus livros. Uma das diferenças fundamentais entre ele e o Paulo Coelho é que este último não faz nenhum esforço pra vender as porcarias que escreve. Bueno, mas tem um livro do Juremir, "História Regional da Infâmia", que conta a história da Guerra dos Farrapos por outro viés, apresentando uma versão bem menos heroica, por exemplo, do episódio conhecido como Massacre de Porongos, quando, segundo o autor, os Lanceiros Negros foram traídos pelo seu comandante, David Canabarro, e entregues desarmados para morrer na mão dos imperiais. Muito bem.

Hoje recebi um texto pelo facebook, atribuído ao Eron Dal Molin, em que ele critica duramente o "ufanismo farroupilha" e cita, também, o tratamento desumano recebido pelos negros durante o decênio heroico. Muito bem.

Admirável a preocupação desses homens de imprensa com o resgate de verdades históricas mascaradas e manipuladas pela historiografia oficial. Me pergunto, porém, porque eles não transferem essa preocupação com a causa do negro para os nossos dias e começam a usar o microfone para denunciar as práticas racistas de torcedores e dirigentes gremistas? A torcida chama os Colorados de macacos imundos a cada gre-Nal, entre outras coisas e o sr. Paulo Pelaipe é detido no Rio de Janeiro por ter chamado um segurança do Engenhão de macaco. Por que os nossos paladinos da justiça e da ética silenciam diante desses fatos, ao meu ver tão nojentos quanto o episódio histórico que eles criticam?

Eu acho que vou escrever um livro: "A história regional da hipocrisia"...

domingo, 16 de setembro de 2012

MAU EXEMPLO VINDO DE CIMA: clube racista com dirigente racista só pode ter torcedor racista...

Até quando a imprensa gaúcha permanecerá calada diante do racismo criminoso, odioso, escandaloso e explícito de grande parte da torcida gremista, que é, também, reflexo da omissão, conivência, cumplicidade, incentivo e impunidade de seus dirigentes???

É dever do jornalismo ético e honesto denunciar esse racismo atávico que impera no gfbpa.

Sigam o exemplo dos seus colegas jornalistas do centro do país, que não abafaram este caso ocorrido hoje envolvendo o dirigente gremista Paulo Pelaipe, famoso por suas fanfarronices e declarações falaciosas.

Racismo não é um "incidente"; racismo é crime! Racista não tem que pedir desculpas; racista tem que ser preso!


Pelaipe se envolve em incidente no Engenhão
Segurança reclama de racismo após suposta discussão com o dirigente


Dirigente do Grêmio é detido por ter ofendido membro da Federação Carioca
http://www.lancenet.com.br/minuto/Dirigente-Gremio-ofendido-Federacao-Carioca_0_775122559.html

Diretor de futebol do Grêmio chama seguranças de 'macaco' e é detido no Engenhão

Diretor do Grêmio se envolve em confusão e é detido por ofensas racistas

Diretor do Grêmio comete ato racista contra segurança durante jogo
Paulo Pelaipe foi conduzido por policiais para prestar esclarecimentos. Logo depois, ele foi liberado.

INGRESSO BARATO? SIM, É POSSÍVEL!


Ao ver a promoção que a direção do Inter fez para o jogo de hoje (anexo), contra o Sport-RE, no Beira-Rio em obras, às 18h30min, sob chuva forte, ventania e trovoadas, não pude deixar de lembrar de uma polêmica surgida com o aumento no preço dos ingressos dos jogos da dupla gre-Nal nos últimos sete anos.

O time e o elenco atual do Inter conta com três jogadores de seleção – Leandro Damião (Brasil), Forlán (Uruguai) e Guiñazu (Argentina) – e mais cinco que já tiveram passagens por seleções – D’Alessandro, Bolatti e Dátolo (Argentina), Juan e Kléber (Brasil) –, além dos consagradíssimos Índio e Bolívar, e especula-se que este time e elenco custa mensalmente aos cofres do Clube cerca de R$ 8 milhões. Em campo, porém, o time foi eliminado nas oitavas-de-final da Libertadores da América deste ano, após fazer a pior campanha dentre os dezesseis times classificados durante a fase de grupos, e, hoje, ocupa a modestíssima sétima colocação, com aproveitamento pífio de 50%.

Em partidas anteriores o ingre$$o com valor mais acessível ao torcedor para assistir este time caríssimo e com bom futebol apenas no papel era de R$ 30,00 (para o sócio-torcedor que paga meia entrada) e R$ 60,00 (para o torcedor não-sócio). Hoje, diante do limitadíssimo Sport-RE, provavelmente por desespero, a direção colorada parece ter descoberto a fórmula mágica para reduzir o preço do ingresso a R$ 5,00 (para o sócio-torcedor que paga meia entrada) e R$ 10,00 (para o torcedor não-sócio) – um valor acessível para todos os torcedores que queiram ir ao Estádio – e manter um time recheado de medalhões.

Como eu mesmo já havia comentado aqui e em e-mails que enviei aos jornalistas esportivos gaúchos, é possível, sim, ter time bom e caro (embora time bom não precise necessariamente ser caro e time caro não seja garantia de qualidade) e ingresso com valor acessível à grande massa colorada. Basta vontade política!

Agora, espero que os valores dos ingressos permaneçam com preços decentes para os próximos jogos, e não só quando o time estiver em situação difícil no campeonato e precisar do apoio dos torcedores que mantiveram o Clube de pé, firme e forte, até hoje, mas que ultimamente tiveram sua participação tolhida pelo preço abusivo dos ingre$$os devido à elitização que as gestões de 2002 até agora impuseram ao Clube do Povo.


sexta-feira, 14 de setembro de 2012

A EUTANÁSIA COLORADA

Até ontem eu via o Inter como um paciente terminal, que a esperança de um milagre mantinha entubado. Mas os aparelhos foram desligados. A esperança irracional numa virada histórica e uma arrancada rumo ao título não resistiu a mais um erro de posicionamento da defesa.

Eu vi pela TV e ouvi pelo rádio um jogo em que o Inter foi relativamente bem e que merecia a vitória, entretanto, como a gente sabe, justiça é palavra estranha ao léxico do futebol. A apresentação razoável de ontem não pode, porém, mascarar alguns problemas recorrentes, a começar pela maneira como é feita a escalação. Há três vagas que são disputadas por cinco estrangeiros. Diante dos graves problemas que complicam a escalação a cada jogo (lesões, cartões, convocações e até disciplina), por que optar por um jogador que sabia-se de antemão que teria condições apenas para 20ou 30 minutos, conforme declarou o próprio Fernandão no retorno do intervalo? Se fosse o D'Alessandro, que já demonstrou capacidade decisiva, eu entenderia, mas preterir o Dátolo, que é um bom jogador, por um Forlán que até agora não disse a que veio, é incompreensível.

Todavia, esse é um problema circunstancial, que encobre outro, que diz respeito à (falta) de uma política de futebol. Há no contrato de certos jogadores, como Forlán e Juan, uma cláusula que obrigue o treinador a escalá-los?  Entendo que um jogador que foi escolhido o melhor da última copa e outro que foi recentemente considerado um dos melhores zagueiros do mundo cheguem com status de titularidade e por isso acho natural que tenham alguma preferência na escalação. Mas depois de vários jogos, e falo especificamente do Forlán, essa titularidade deve ser avaliada. O que está justificando a manutenção do uruguaio no time titular? Indo além, aonde está definida a obrigatoriedade da sua entrada em campo mesmo quando o time está jogando razoavelmente bem e o atacante que está jogando cumpre a sua função com certa competência?

Não quero me alongar demais, mas entendo que a decadência do Inter coincide com o momento em que passou (ou voltou) a ser escalado por empresários. Isso tem que mudar!

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

RAIO-X

Recebi o texto por mail e transcrevo. Quase perfeito.

"Internacional 2006 a 2012: De Yokohama ao Olímpico

Publicado em 31 de agosto de 2012

Por Alexandre Perin

Há alguns anos, o ex-presidente Fernando Carvalho escreveu um livro
intitulado “De Belém a Yokohama: Como o Inter conquistou o Mundo”.
Leiam, é uma leitura obrigatória do case de sucesso que levou o clube
até seu Centenário no auge de sua história. Pois creio que está na
hora de uma segunda versão, contando tudo que ocorreu desde o título
mundial e que pode terminar na última rodada deste Campeonato
Brasileiro, no estádio do arquirrival. No zênite da desesperança.

Chegou o momento de mudar. Que outros errem, por suas cabeças. Que
acertem. Mas que façam diferente. Desde o 2º semestre de 2009 ocorre
um acentuado decréscimo técnico dentro do time colorado. Da formidável
equipe do 1º semestre do Centenário até hoje, é notório que o futebol
vermelho involuiu. Ainda com a base formada de 2009, o Inter levantou,
aos trancos e barrancos, a Libertadores em 2010.

Mas não soube a hora de mudar, trocar a fotografia, renovar o clube. A
idéia de “manter uma base de um ano para o outro”, desandou quando
alguns jogadores se tornaram intocáveis no elenco colorado. Hoje quem
fica são os jogadores que não dão mais resposta, mas que recebem
renovações de contrato, na melhor das hipóteses, “inexplicáveis”. É
necessário saber a hora de mudar os jogadores.

A falta de coerência no perfil dos treinadores é outra coisa que
impressiona: Roth, Falcão, Dorival, Fernandão só possuem em comum as
diferenças na maneira de pensar. A existência de dirigentes neófitos
no Departamento de Futebol, ou que não agregam valores mesmo há anos
nesta posição, é consequência da não-formação de dirigentes e do
isolamento político da diretoria. O orçamento de futebol do
Internacional é muito alto para ser colocado em mãos tão inexperientes
no assunto, com um conhecimento raso sobre o esporte-motor do clube.

A escolha de dois ídolos do clube como treinadores se mostrou
desastrada: sem apoio de um vice-de-futebol experiente, Falcão e
Fernandão rapidamente desandaram. Clemer e André Doring estavam há
mais tempo trabalhando no dia-a-dia do futebol, são identificados com
o clube. Deveriam ter sido as primeiras opções, mas o “bruxismo”
prevaleceu.

Com um Fernando Carvalho ou um Vittorio Piffero ao lado, pessoas mais
experientes, talvez fosse diferente. Colocar Falcão no meio da
Libertadores (2011) ou Fernandão no Brasileirão (2012) se mostrou um
desastre. Um dirigente disse que Fernandão era a pessoa certa após
conversar e saber que ele tinha “boas idéias”. Outro sequer sabia a
posição para a qual determinado jogador havia sido contratado. Um
terceiro virou Vice-Presidente com uma única contratação em 2 anos de
futebol no currículo: Kléber Pereira.

O isolamento político e posturas pessoais de confronto afastaram
pessoas competentes. Tudo foi feito sozinho, e o resultado foi
desastroso. Se o Inter não houvesse jogadores de tanta qualidade como
Oscar, D’Alessandro, Damião, etc, poderíamos ter tido trágicas
consequências.

Dentro das quatro linhas, o time é montado sempre com um excesso de
preocupação defensiva, seja com 3 volantes (quase uma norma no
Beira-Rio, como o “tiki-taka” do Barcelona ou o “futebol direto” do
Stoke City), seja com apenas um atacante (desde 2010 assim). Contra
todos os ideais da torcida colorada. Não há equilíbrio, jogadores com
perfis complementares no elenco. Pouca ou nenhuma avaliação técnica na
contratação de jogadores, comparando os mesmos com valores das
categorias de base.

No aspecto interpessoal, os problemas são claros: os jogadores mandam.
O “dono do vestiário” é o maior exemplo. Em fase deplorável, Bolívar
renovou por 30 meses em maio de 2011, com proposta do Santos.
Inexplicável. Depois, a torcida ‘deu um jeito’ de tirá-lo do time, mas
ele voltou sem nenhum motivo, explicação racional, coerência. Outros
atletas em fase técnica deplorável não são barrados, como Nei.

Jogadores que servem apenas para grupo (Élton) ou nem isto (Josimar)
possuem um inexplicável apreço da diretoria. Para piorar, as viciadas
relações interpessoais trazem jogadores como Édson Ratinho, que em 3
jogos virou reserva do volante improvisado, e dispensam laterais como
Diogo e Cláudio Winck (este das Seleções Brasileira de base). Qual é a
motivação que os jovens possuem, se eles serão reservas no
contra-cheque? Está tudo errado neste quesito.

A derrota em Abu Dhabi foi construída no 2º semestre de 2010:
jogadores em má-fase, esquema tático equivocado (4-2-3-1), reservas
desprestigiados jogando mais que titulares intocáveis. Depois do
fracasso, era de se esperar uma limpa, até em respeito aos dez mil
colorados que invadiram os Emirados Árabes.

O que ocorreu? Rigorosamente nada e, em uma comédia bufa, o técnico
Celso Roth renovou contrato. Prêmio por ter deixado Renan, Wílson
Matias, Tinga (como meia), Rafael Sóbis e Alecsandro como titulares,
punindo Pato Abbondanzieri, Giuliano, Oscar e Leandro Damião. Ontem,
ao perder para o Coritiba, os quatro defensores eram exatamente os
mesmos do Mazembe e todos em péssima fase. É surreal.

Os salários extrapolaram quaisquer limites razoáveis: o Inter hoje
gasta mais de um milhão de reais por mês com três zagueiros acima de
32 anos. Em 2013, a perspectiva é pior: todos os veteranos seguem com
contratos em vigor (exceção de Kléber), o banco de reservas tem uma
qualidade muito baixa. Do time campeão da Sul-Americana em 2008 e dos
vice-campeonatos nacionais de 2009, hoje o Inter tem um elenco em
escombros.

Até 2010, o clube investia o dinheiro da venda em jogadores com
potencial de revenda no futuro. Isto não ocorre mais. Desde então, a
política de vender jovens para contratar veteranos por passe livre tem
custado um decréscimo de talento no elenco. Hoje o Internacional gasta
mais de 7 milhões de reais em salários, com resultados medíocres. Ano
passado, quase perdeu a vaga da Libertadores para Figueirense e
Coritiba, times muito abaixo do seu patamar. Este ano, está há quatro
pontos do Náutico. Náutico. Não há um planejamento focado no sucesso
em determinada competição, e sim uma morosidade lancinante.

A preparação física é uma espécie de ‘case de insucesso’: Ao ser
contratado em julho de 2008, o preparador-físico Fábio Mahseredjian
prometeu o time voando em setembro, algo rigorosamente cumprido. As
lesões musculares eram raras e o time corria em campo até o final.
Porém em 2010 o preparador-físico da Seleção Brasileira foi rebaixado
a auxiliar do profissional indicado pelo técnico Jorge Fossatti. Um
ano depois, ocorreu o mesmo com Dorival Júnior. Em setembro de 2011,
na primeira proposta concreta, Fábio foi para o Corinthians, aonde fez
o time voar em campo, marcando pressão e ajudando o time a conquistar
a Libertadores 2012. Cansou de ser rebaixado em prol de profissionais
nitidamente inferiores ao seu trabalho.

O Inter sistematicamente remonta o time no meio do ano, mantendo o
time de dezembro para janeiro. Invariavelmente, o Campeonato
Brasileiro é desperdiçado assim. Treinadores com trabalho
insuficiente, como Dorival Júnior ou simplesmente intragáveis como
Celso Roth, não são demitidos nem em caso de fracasso claros e
notórios. Sempre é necessário uma insurreição popular para que uma
decisão seja tomada.

Os dirigentes esquecem que o time teve sucesso com a manutenção da
base quando os atletas eram jovens, com fome de vitórias. Hoje estão
velhos, consagrados, sem apetite por novas conquistas.

No único ano que o Brasileirão foi valorizado, um erro ao
não-contratar um substituto para Nilmar (ou achar que Alecsandro seria
este nome) custou o título nacional.

Mas isto é um erro de avaliação, não de planejamento. Acontece.

Os Colorados terão que ver o Grêmio conquistar um título relevante
para perceberem que algo está muito errado e o clube precisa de mais
capacidade de indignação? De motivação? De mudança?

Falta muita coragem no Beira-Rio para tomar decisões drásticas. O
clube precisa mudar, recuperar fórmulas de sucesso, mas parar de
insistir em modelos desgastados.

O Inter tem cometido erros capitais. Mais de uma vez.

Quase todos relacionados à soberba.

Pensem nisto."

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

VAMOS SALVAR O PARQUE GIGANTE

Criamos um grupo no facebook, chamado "Vamos salvar o Parque Gigante". Publiquei este texto lá e reproduzo aqui. Quem tiver interesse pode ingressar no grupo. Quanto mais gente melhor. Entrem lá.


"2006 foi o ano que marcou a inscrição do Inter de forma definitiva e incontestável no seleto grupo dos maiores clubes do mundo. Não que a nossa grandeza já não fosse reconhecida antes, mas nos faltava um título internacional de porte. Não obstante já tivéssemos conquistados torneios de certa visibilidade, como o Joan Gamper, derrotando o Barcelona, numa prévia do que seria a épica vitória de 2006, o Tereza Herrera e o Viña del Mar, o nosso currículo ainda carecia de uma conquista oficial da FIFA, que veio com a primeira Libertadores e o Mundial.  

A partir daí, os pensamentos grandiosos passaram a ter respaldo efetivo pelos resultados do campo, embora, como já disse, o passado já fosse glorioso, afinal um título nacional invicto, por exemplo, não é para qualquer um, ou melhor, é só para um. Nesse novo panorama, natural que se passasse a pretender uma remodelação do nosso estádio de tantas glórias. Ademais, já se vislumbrava a possibilidade de mais uma copa do mundo na nossa casa. A conturbada trajetória que culminou na contratação da AG para a reforma do Beira-Rio não precisa ser lembrada nesse momento. O fato é que o projeto é grandioso. O modelo são os grandes clubes da Europa e Estados Unidos, cujas praças esportivas são verdadeiros centros de convivência para os torcedores. Imagina-se, então, o Beira-Rio como um complexo no qual o campo de jogo seja apenas mais um atrativo. O projeto original diz que haverá lojas, bares, restaurantes, áreas de lazer, enfim, toda uma gama de atrações para fazer com que o torcedor Colorado possa vivenciar de fato o Beira-Rio. Em dia de jogo, por exemplo, o torcedor vai de manhã para o estádio, passeia, faz compras, almoça e depois vai ao campo. Depois disso, pode ainda comemorar com um chope no bar. Fala-se ainda em salas de convenções e outros espaços para a realização de reuniões e negócios. Uma grande estrutura, sem dúvida.

Aqui faço um corte e retorno algumas décadas no tempo. Quando o Beira-Rio foi construído,  os idealizadores projetaram também a ampliação da atuação do clube para a esfera social e aí nasceu o embrião da ideia do Parque Gigante. No final dos anos 70, essa ideia começou a ganhar forma e no início dos anos 80 começaram as vendas dos títulos PATRIMONIAIS. O que o meu pai comprou, em 1982, tinha o número 6.762. O folder que apresentava o Parque Gigante mostrava um clube social realmente diferenciado, único entre os clubes de futebol do Brasil. Piscinas abertas e térmica, complexo de quadras poliesportivas, bar, restaurante e, entre outros atrativos, uma marina. Além disso tudo, o título garantia ao associado E SEUS DEPENDENTES, livre acesso ao Beira-Rio em dias de jogos do Inter.

Durante anos, porém, tudo o que se via no PG era um conjunto de piscinas a céu aberto, cercadas de areia e mato. Aos poucos a estrutura foi melhorando. Construíram-se quadras de futebol, tênis, churrasqueiras, já nos anos 90, a piscina térmica e por aí afora. A partir dos anos 2000, entretanto, começou um inexplicável processo de sucateamento do Parque, cujos frequentadores conhecem bem e sobre o qual não falaremos nos demais contatos feitos no grupo.

Voltando ao projeto do complexo Beira-Rio, vou ser direto: por que não incrementar o Parque Gigante e incluí-lo nesse contexto de modernização do estádio? Seguidamente vou com a minha família fazer churrasco lá, mesmo no inverno, e no verão, às vezes, passamos os sábados e os domingos inteiros no clube. Por que isso não é incentivado? Dentre os mais tradicionais clubes sociais de Porto Alegre, União, Sogipa, Leopoldina, com suas sedes suntuosas e grandes áreas campestres, qual deles tem à sua disposição uma área verde maravilhosa, na beira do rio, a 2 ou 3 minutos do centro da cidade? Por que, então, o Inter, que é um privilegiado nesse aspecto, relega todo esse patrimônio?

Um amigo conselheiro me disse que o Inter perdeu uma grande oportunidade de elaborar projetos para a área do PG quando das discussões sobre a reforma do Beira-Rio. Ele diz isso porque afirma ser muito difícil negociar com a prefeitura e os demais poderes públicos a realização de obras nas margens do rio. Ora, mas que grandes obras são necessárias no PG para o momento? Nenhuma! Basta que ele seja administrado de forma inteligente e tenha um bom investimento, que pode vir dos seus próprios sócios, sem comprometer em nada a arrecadação para o futebol e outras áreas de interesse do clube. Ao contrário do que quer fazer crer a atual e as anteriores direções, o PG não é deficitário. Pode estar representando um  prejuízo momentâneo, frente ao descaso e a falta de investimentos, mas uma rápida análise das suas fontes de arrecadação deixa claro que bem administrado ele próprio se sustenta e ainda pode representar uma fonte de recursos para o futebol. A mensalidade do Parque é 80 reais, maior, portanto, que as outras modalidades sociais. Cobra-se taxa para confecção de carteiras, a academia não disponibiliza horários gratuitos para os sócios, ao contrário do que ocorre em todos os outros clubes, as aulas de natação e hidroginástica são cobradas, o estacionamento é cobrado em dias de jogos, instituiu-se uma absurda taxa para utilização da piscina térmica, o aluguel que paga a Montana não deve ser baixo, enfim, o clube arrecada por todos os lados, então essa conversa que o Parque é deficitário é uma falácia.

Diante disso, de uma ideia sugerida pelo Vanderlei Salgueiro, foi criado este grupo, que, como o nome deixa transparecer, visa a salvar o Parque Gigante, patrimônio histórico do Clube do Povo. Por isso peço a todos os membros que se empenhem, dentro dos limites de suas possibilidades de tempo, obviamente, na luta pela preservação e crescimento do nosso Parque Gigante.       

VAMOS SALVAR O PARQUE GIGANTE!

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

PERIGOS...

Não sou pretensioso, achando que o Inter jogou melhor que o SPFC ou coisa assim.

Poderia até eventualmente ganhar, mas não merecia

Complicado tu ver um time que, com um escanteio aos 48 do segundo, jogando com um a menos, "faz o Iarley" pra segurar o empate, ao invés de colocar até a mãe do badanha na área, pra tentar aquela chiripa que separa os que querem dos que não querem.

Soma-se a isso a total ausência de reclamações e o total clima de comiseração diante da expulsão INJUSTA do D'Alessandro, a catimba cretina do aquecimento e os pênaltis não assinalados por um juiz que já prejudicou o Inter há pouco tempo e temos o tom perfeito de um time que nem VAGUEIRO pode ser chamado. É uma INSTITUIÇÃO ANÊMICA.

Espero que o Inter e seus cartolas façam um planejamento que envolva o fechamento do Beira-rio e a conjugação dos jogos da COPA BRIDGESTONE SUL-AMERICANA no ano que vem, para que não haja posteriores desentendimentos entre sócios e clube. Também espero que nesses planos estejam inclusos ingressos MAIS BARATOS do que os praticados na Copa Libertadores, uma competição de muito maior calibre.

E falando em ingressos mais baratos...

Não sou contra promoções relâmpago, muito pelo contrário

Sempre ia nos famosos "jogos do café" levando uma companhia, embora tivesse carteira antiga.

Entretanto o que aconteceu lá na Glória/ Medianeira/ Cascatinha foi um abuso à logística e à inteligência do torcedor.

Mesmo que fosse contra o GFPA, não curto saber que para agradar todo mundo, um cartola numa MANOBRA POLITIQUENTA, abre os portões irresponsavelmente depois dos ingressos esgotados, colocando acompanhantes em lugares reservados aos sócios e locatários, resultando em ESTOUROS DE CATRACA e SHOW DA BM

A "sorte" foi que a merda não vazou pra dentro do estádio. Ficou do lado de fora, junto de milhares de torcedores (muitos desses, sócios) com ingresso e cu na mão, sendo "emborrachados" por essa idônea, centenária e cristalina instituição chamada BRIGADA MILITAR.

Mas jamais nos esqueçamos amigos que perigoso, realmente, é o Beira-rio em obras

Os especialistas mandam não contrariar né...

terça-feira, 4 de setembro de 2012

QUEM DISSE QUE PROTESTAR NÃO DÁ RESULTADO - INTER 4 X 1 Flamengo (de virada e com bom futebol)

A manifestação dos torcedores Colorados realizada no Beira-Rio na última sexta-feira foi muito repercutida e está sendo objeto de muita polêmica. De fato houve excessos, mas o que pretendem certos setores conhecidos da mídia é desqualificar o protesto, tirando a sua legitimidade e reduzindo tudo a um ataque de um bando de vândalos, o que definitivamente não foi. O pior de tudo é que há muitos Colorados que estão embarcando nessa onda da imprensa, como pude comprovar do que eu consegui ouvir no programa Toque de Letra de domingo à noite na Guaíba.

O cara que foi encapuzado só tinha um objetivo: aparecer. Quem estava lá pra realmente expressar a sua inconformidade não tinha nenhuma restrição em aparecer de cara limpa. As agressões aos profissionais e equipamentos de imprensa, se realmente ocorreram, também são lamentáveis, como são todos os atos de violência desproporcional. E friso a palavra desproporcional porque quero abordar outro aspecto dentro do mesmo tema: a ação da Brigada Militar.



A crônica bate duramente na questão do cara da toca ninja, e deve mesmo fazê-lo, porque, repito, usar esse artifício é coisa de quem quer somente reivindicar os seus 15 minutos de fama. Entretanto, nenhuma palavra é dita sobre a prática comum e recorrente dos brigadianos, que colocam uma tarja preta sobre a identificação no uniforme. Por que eles fazem isso? Obviamente já partem para a ação sabendo que vão cometer excessos e adotam essa tática como uma prevenção para que não possam ser identificados. Falo isso porque já passei por situações difíceis com a Brigada e nunca consegui identificar nenhum soldado. Fiz várias reclamações junto à Brigada e nas pouquíssimas vezes que obtive retorno sempre disseram que haveria a apuração dos fatos e nunca nada foi feito. E já ouvi o antigo comandante, o incensado Coronel Mendes, disser que as denúncias deveriam ser feitas com riqueza de dados, como a identificação dos soldados envolvidos. Mas como fazer isso se eles escondem o nome?


Houve uma vez, no Beira-Rio, que eu procurei o comandante do policiamento e perguntei porque os nomes estavam tapados. Era um Gre-Nal e eu estava com a minha filha, Vitória, no colo. Sabe o que o capitão em questão (suponho que era um capitão) me disse? Pra eu largar a minha filha no canto e voltar pra conversar com ele. E disse isso tocando o cavalo o cavalo por cima e com a borracha na mão. Esse foi um dos episódios em que procurei a Brigada para explicações. Não vou nem perguntar se vocês acham que obtive alguma...

Esse é outro lado da questão que nunca é abordado pela imprensa. Será que eles têm medo de retaliações? Olha, em se tratando dessa nossa imprensa, não duvido de nada.


Sobre os efeitos da manifestação, por enquanto parece que foram benéficos. Não me lembro de ter se noticiado que alguém jogou água no Bolívar, mas o fato é que ele ficou gripado e não jogou. E não estou criticando a direção por ter inventado essa gripe, porque simplesmente tirar o cara ia ser uma queimação desnecessária. O importante é que ele não jogou e a zaga funcionou. Mas ele não é o único culpado e não foi só a sua ausência que melhorou o time. Não pude ir no jogo, mas assisti quase todo e vi um time interessado, vibrante e, sobretudo, com o D’Alessandro dando o toque de qualidade necessário.

Enfim, o Inter fez 4 a 1 num Flamengo muito fraco, é verdade, mas o Coritiba também é fraco e o Inter perdeu.

Pergunto, então: quem disse que protesto não funciona?