NOTA DE ESCLARECIMENTO INICIAL

Somos COLORADOS e estamos preocupados com os rumos do CLUBE DO POVO. Por isso criamos este blog. Nosso maior objetivo é resgatar a alma do Sport Club Internacional, cujos alicerces estão fincados nas classes populares, que sempre deram sustentação e transformaram o INTER no GIGANTE que ele é.


O Inter NÃO nasceu em 2002!!!



terça-feira, 14 de dezembro de 2010

PLANEJAMENTO???

Nossa Direção(?) falou muito em PLANEJAMENTO durante o ano. Falava-se, quando se perdia para o imponente Ceará ou empatava com o poderoso Vitória, que o Brasileiro não importava pois o Mundial estava por vir e a prioridade era a preparação para esse Torneio.
Após a vitória do Mazenga contra o Pachuca, se falava em um dossiê de quase 100 páginas sobre o time africano, além de alguns vídeos, e que cada jogador já tinha recebido sua cópia, blá, blá, blá...
Então, após este vexame de partida, onde o Colorado jogou pior do que jogou quando perdeu para o Flamengo no Rio, resta uma pergunta: e o tal PLANEJAMENTO???
Com a palavra a Direção
Em tempo: vão insistir em Alecsandro e Renan até quando??????

domingo, 17 de outubro de 2010

AFASTAMENTO MOMENTÂNEO

Prezados colorados,

Nós, do blog interdetodos, usamos este espaço para debater questões relacionadas ao Inter. Ao longo deste ano apontamos várias questões que nos chamam a atenção desde a conquista do mundial, em 2006, e das mudanças, equivocadas e preocupantes, ao menos ao nosso ver, que as gestões que comandam o Clube desde 2002 vêm promovendo. Mesmo o Inter tendo sido campeão várias vezes neste período, não nos furtamos de apontar falhas e problemas que ocorreram e que, infelizmente, continuam acontecendo mesmo após o bi da libertadores. Fizemos muitas críticas, especialmente no primeiro semestre, algumas até de forma áspera, talvez. Por isso, fomos acusados por alguns de sermos "secadores", "corneteiros" e até, pasmem, "g...istas".

Em campo, o time, que teve e continua tendo uma trajetória claudicante em 2010, conseguiu conquistar a libertadores, motivo de grande alegria e satisfação para todos nós, COLORADOS!

Nos bastidores, porém, a coisa tá feia, como se costuma dizer...

Justamente neste período após o bi da libertadores, por mera e infeliz coincidência, acabamos nos afastando das postagens neste blog. Isto é um prato cheio para os nossos críticos, que certamente reforçaram a idéia inicial de que éramos meros "secadores", "corneteiros" e "politiqueiros oposicionistas".

Eu garanto que não é isso. Não vou entrar em detalhes, mas eu, Douglas, estou afastado das postagens e do debate MOMENTANEAMENTE por questões particulares (há mais de dois anos enfrento problemas de saúde na família, que se agravaram nos últimos meses e exigem boa parte do meu tempo, de modo que as questões clubísticas acabam ficando em segundo plano). Acreditem se quiserem.

Pessoalmente, estou profundamente indignado com várias coisas que estão acontecendo no Inter neste segundo semestre e, principalmente, com o descaso da direção e da comissão técnica em relação ao campeonato brasileiro - que o Inter tem todas as condições de ganhar, mas não quer. Isto só aumenta a responsabilidade em relação ao mundial, aliás.

De qualquer forma, não somos oportunistas, nem resultadistas. Os resultados de campo, embora minimizem, para alguns, não apagam os erros que acontecem fora das quatro linhas.

Estamos de olho no que ocorre e voltaremos a nos pronunciar neste blog quando se fizer necessário.

Saudações coloradas,

domingo, 12 de setembro de 2010

VENDAS DE JOGADORES: ESTRATÉGIA OU MAU NEGÓCIO?!

No dia 06/09/2010, o jornal Correio do Povo publicou uma matéria cuja manchete era a seguinte:

Em seis anos, Inter arrecada R$ 311 milhões com a venda de jogadores

Estratégia de gestão mantém salários em dia e garante melhorias na infraestrutura do clube


Em suma, Fernando Carvalho defende a continuidade das vendas de jogadores como forma de melhorar o time e ganhar títulos. Seguem trechos:

A torcida não gosta, a imprensa critica, mas o Inter mantém a rotina: a cada ano, dois, três ou até quatro craques deixam o Beira-Rio rumo à Europa em troca de um bom punhado de euros. Com eles, o clube enche o seu cofre e ganha fôlego para novas contratações.

A receita mantém os salários em dia e promove melhorias na infraestrutura oferecida para treinos. Trata-se de uma estratégia admitida pelos dirigentes e cujos resultados são comprováveis na sala de troféus, abarrotada nos últimos anos. "Não enganamos a torcida. Todos sabem que fizemos isso como estratégia de gestão. Parece uma contradição, mas a verdade é que, a cada venda, melhoramos o time", observa o vice-presidente de futebol Fernando Carvalho, que implementou a estratégia vendedora quando foi presidente do clube, entre 2002 e 2006.


Só em 2010 foram quatro importantes vendas. O primeiro foi Danilo Silva, que trocou o Beira-Rio pelo Dínamo de Kiev no início da temporada. Depois, Walter saiu para o Porto. Sandro, negociado também em janeiro, deixou o clube depois da conquista da Libertadores. Por último, saiu Taison. O atacante recebeu uma proposta do Metalist, da Ucrânia, e foi embora já com a medalha de campeão da Libertadores.

"O Inter cresce a cada venda. Antes de vender, já temos a reposição. Vendemos o Taison, porque há o Marquinhos. Saiu Sandro porque o Wilson Mathias já estava aqui", finaliza Fernando Carvalho.

A matéria pode ser lida na íntegra em:
http://www.correiodopovo.com.br/Esportes/?Noticia=192806


Vamos aos comentários:

"Saiu Sandro porque o Wilson Mathias já estava aqui", finaliza Fernando Carvalho.

PIADA! Quando Sandro foi vendido, no início do ano, Wilson Mathias nem sonhava em jogar no Inter! Esta frase de Fernando Carvalho soa a deboche. Dizer isto é brincar com a inteligência do torcedor.

Fernando Carvalho é um dos maiores dirigentes da história Colorada em todos os tempos, senão o maior, tendo, inclusive, o meu agradecimento público registrado em monografia (http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/18924/000605608.pdf?sequence=1), PORÉM, ele é um tanto contraditório e fanfarrão em determinados momentos e creio que faz isso pois sabe que tem o respaldo dos resultados recentes de campo.

Sei que qualquer coisa que se diga contra FC neste momento será considerada um ato de insanidade e que ele já ultrapassou a barreira da divindade para a maioria dos novos torcedores colorados (daqueles que se dizem colorados de 2006 pra cá, pelo menos), mas eu lembro quando o próprio disse que o Inter não precisaria mais vender titulares quando o clube atingisse a marca de 50 mil sócios. Hoje o Inter já tem mais de 100 mil sócios e o nº de titulares vendidos só aumentou.

Particularmente, eu acho que o Inter vende muito mal seus jogadores. E arrecada pior ainda!
Essa matéria esconde o fato mais relevante das vendas: o Inter está nas mãos dos empresários desde 2007!
Por que o Inter vende tanto? Porque não detém o passe dos jogadores sozinho. Quase todos estão divididos com um ou mais investidores! Se o Inter vende um jogador por, digamos, R$ 10.000.000,00, o que é ridículo para o mercado atual, fica apenas com 50% ou menos desse valor.

As duas maiores vendas da década foram realizadas ainda na gestão do Fernando Miranda: Lúcio e (argh!) Fábio Rochemback (quando o dólar valia o dobro do real). Até porque o Alexandre Pato NÃO foi vendido, o Milan pagou a multa recisória e o Inter nada pôde fazer.

Eu discordo dessa política de vendas, especialmente porque ela custou o título do campeonato brasileiro no ano do nosso centenário. Ou alguém tem alguma dúvida de que o Inter ganharia o título com o Nilmar e apesar do pastor-adenor-tricolor-distribuidor-de-coletes?!

Mas enquanto o Inter ganhar títulos ninguém mais reclamará. Infelizmente é assim. Lamentavelmente tem gente que diz que "enquanto estiver ganhando títulos, pode rasgar o meu dinheiro". É o cúmulo da alienação e da burrice.

Ontem, o gfbpa assinou seu atestado de óbito, no que se refere a conquista de títulos, por mais uma década, pelo menos, ao eleger TODOS os conselheiros de uma única chapa, a chapa do paulo odone, que usa o gfbpa como trampolim para a política em sentido mais amplo. Isto faz mal para o clube e pra qualquer seguimento da sociedade, porque abafa ou elimina a crítica e permite a prática arbitrária de um determinado grupo (que é o que vem ocorrendo no Inter nos últimos quatro anos).

Espero que os mais de 100 mil sócios colorados e a atual "oposição" colorada não sejam burros e cegos a este ponto nas eleições que se aproximam.

VAMO VAMO INTER!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

CRÍTICAS

Temos por hábito reservar o espaço das postagens para expor as nossas ideias, fazendo as manifestações acerca dos comentários de nossos leitores no próprio espaço para os comentários. Contudo, dada a contundência das críticas do Guilherme e as questões que ele aborda, que são nevrálgicas a nós, optei por transcrever o seu comentário como post e apresentar aqui mesmo a minha manifestação. Segue, então, o comentário:

"Como voces nao querem ser chamados de corneteiros, secadores? A preocupação de voces é tao grosseiramente politica que chega a dar pena. O fato de eu ter postado em outro topico e o post ter sido previamente apagado prova o que quero dizer. Os post de voces sao raivosos, tendenciosos. Aquele que critica o livro do Fernando Carvalho, baseado em um trecho em que ele simplesmente afirma que prefere que um time vença mostra que aqui o que há é despreparo para argumentar. Se alguem aqui realmente leu o livro dele, sem ficar "caçando" coisas para acusa-lo de gremista(?) verá que a ideologia dele era de times com meio-campo povoado. Isso é bem claro no inicio. Alguem de voces leu o que ele conta sobre o trabalho nas categorias de base? Sobre o fato de ele nem ninguem receber salario para trabalhar la? O livro dele, ao contrario do que esa visão previamente politica de voces diz, é uma inspiração para qualquer colorado.
Tem um outro post, que é mais antigo, que há uma patetica comparação das Gestoes Fernando Miranda x Fernando Carvalho x Vitorio Piffero. Chega a dar pena. Pra quem não é colorado, nunca acompanhou o clube, pode ser que cole. Mas logo se ve que se trata de politicagem. Não estou dizendo que Fernando Miranda foi um cancer ao Internacional, afinal sou torcedor sem ladinhos politicos. Penso que a estrategia que ele usou, de saldar dividas com jogadores foi válida, no momento em que abriu caminho para a gestão modelo de Fernando Carvalho.
Será que ninguem aqui ve que, quem mais gosta do Inter em crise é a imprensa? Que essa historia de que "gremio joga na superaçao e Inter na categoria e futewbol bonito" é produto de venda da imprensa? Porque alguem daqui acha que Autuori na deu certo nos azuis? E porque Fossati nao deu certo no Beira-Rio, mesmo tendo eliminado Banfield e Estudiantes, este ultimo impondo terríveis provações?
Ler os posts de voces me levam, torcedor colorado acompanhador da vida colorada desde criança, a achar que voces são uns "do contra".
2007 foi ruim? Foi. 2008 foi ruim? Não, nao considero assim. 2009 foi ruim? Não, embora desse pra ter sido melhor, nao da pra comparar 2008 e 2009 com as campanhas de 2000 e 2001, onde o Inter foi 9º nas duas da primeira fase, o que hoje significa zona de sulamericana, sem mencionar que, com mais adversarios do nivel do Goias de hoje, perdiamos pontos idiotas.
Serio mesmo, se voces dessem o braçop a torcer, seria compreensivel. Eu tambem fui contra a demissao do Fossati, mas isso porque eu sei que ele tambem teria trazido a Libertadores pra casa. Voces falam de futebol bonito, mas duvido que isso teria ganho do Estudiantes, daquela catimba.
Como eu sei que voces nao irão nem dar 9importancia para isso, espero que PELO MENOS meu post fique aqui, e nao seja apagado como fizeram com meu outro.
Guilherme S Feldens"


Guilherme, antes de mais nada, quero te agradecer pelo comentário e dizer que o debate qualifica este espaço, que foi criado justamente para fomentar a troca de ideias entre Colorados. O contraditório nunca será desprezado por nós e se tu reclamas de um comentário teu que foi supostamente apagado, te garanto que deve ter ocorrido algum problema na postagem, pois os comentários não apenas são mantidos como sequer sofrem ação de moderação. Podes comprovar isso verificando as postagens mais antigas, cujos comentários lá estão, por mais contrários que sejam às nossas posições e alguns até bastante agressivos e ofensivos, os quais apenas reforçam e ratificam as nossas ideias. A responsabilidade pelos comentários é de quem os escreve e eles às vezes aparecem anônimos, mas mesmo assim nãos os apagamos. Se houver algum que inclua conteúdo que nós entendemos que pode atingir terceiros e que possa nos trazer algum tipo de problema, este sim será eliminado, mas até agora não houve nenhum caso, portanto o teu comentário anterior deveria estar disponível, mas por alguma razão que desconhecemos não está.

No mérito, reforças a ideia de que somos “corneteiros” e “secadores” e atribuis conteúdo meramente político às nossas manifestações. Para que todos possam avaliar com clareza, te peço, por favor, que indiques o movimento político ao qual os membros do blog são filiados ou por qual chapa algum de nós vai concorrer a uma vaga no Conselho Deliberativo. Se não conseguires fazer isso, tua análise fica prejudicada, pois que tipo de “politicagem” estaríamos fazendo se estamos alheios ao efetivo processo eleitoral? A tua manifestação, sim, tem cunho político, na medida em que fica claro o apoio incondicional à direção e a pouca vontade de discutir sobre pontos específicos que são alvos de nossas críticas e que em geral passam ao largo das campanhas políticas.

Sobre livro do Fernando Carvalho, te afirmo que admiro muito o trabalho que ele comandou junto às categorias de base e foi principalmente isso que me fez votar nele desde a sua primeira candidatura. Quanto ao fato de não receber salários, usas isso como se fosse um mérito que o distingue de outros, mas gostaria de saber se há ou se já houve algum membro da direção que tenha recebido remuneração para trabalhar no clube. Eu mesmo respondo: não, então essa condição não é suficiente para avaliar a competência de quem quer que seja. É preciso, porém, estabelecer com clareza as diferenças sobre os temas que abordamos. O livro do Fernando Carvalho tem passagens muito interessantes, sim, mas as citações que foram feitas não foram descontextualizadas. Te desafio a encontrar qualquer passagem do livro em que os comentários tão elogiosos ao Fábio Koff sejam repetidos em relação às gestões vitoriosas do Inter nos anos 70. Será que ele imagina que o Koff foi um melhor dirigente do que o Balvê, por exemplo? Não acredito. Isso, na minha opinião, está mais relacionado à tentativa sutil de incutir na cabeça dos Colorados que o Inter só passou a ser grande depois de 2002. Vejamos a seguinte afirmação, extraída da página 101 do livro: “Realmente a minha motivação era o clube, era fazer essa mudança, ser maior que o nosso rival, tornar o Inter um clube grande e vencedor.” Ou eu realmente não consigo entender o que ele escreve ou fica claro, principalmente pelo uso do termo “mudança”, que ele está dizendo que o seu trabalho é que fez do Inter um clube grande e vencedor. Não estou inventando essas palavras, elas estão lá no livro.

Por outro lado, Guilherme, te peço para expandir um pouco mais esta tua afirmação: “Que essa historia de que "gremio joga na superaçao e Inter na categoria e futewbol bonito" é produto de venda da imprensa?” Não quero nem de longe defender a imprensa, a cujo trabalho tenho muitas críticas, mas pelo que tu disseste, parece que foi a imprensa que criou o Rolo Compressor, o time dos anos 50, o timaço dos anos 70, o grande time Campeão Mundial de 2006. Pelo que sei da história Colorada, e a despeito do que tu dizes, a conheço um pouquinho, esses times, que conquistaram os maiores títulos não eram afeitos a essa ideia de futebol de resultado, que dá bico pra cima, marga um golzinho de pênalti e arma uma retranca o tempo todo, defendida pelo Fernando Carvalho. Pelo contrário, esses times, que forjaram o estilo Colorado de jogar, ganharam porque tinham muita qualidade, o que não quer dizer que abdicaram da raça, da garra e outras qualidades, mas essas são acessórias, pois o que conta primordialmente é o futebol. Será que alguém vai poder dizer que Carpegiani, Falcão, Figueroa, apenas para ficar nos 70, eram craques apenas pela força? É disso que estou falando. Não queira, por favor, distorcer as minhas palavras.

Outra frase tua, Guilherme: “Pra quem não é colorado, nunca acompanhou o clube, pode ser que cole.” Te devolvo a afirmação: pra quem não é colorado pode ser que cole a substituição do Saci pelo macaquinho, ou do histórico slogan “Clube do Povo”, imortalizado no nosso hino, por “Campeão de Tudo” (isto, aliás, é um fato, não um slogan), ou a supressão dos direitos do sócios do Parque Gigante, que sempre estiveram ao lado do Inter nas épocas de vacas magras. Talvez quem não seja tão Colorado não se importe de ficar fora do Beira-Rio na decisão da Libertadores, mas eu tenho certeza que o grande número de torcedores fiéis, que vão na chuva e no sol ao Beira-Rio, mesmo quando o jogo não tem o glamour de uma final de Libertadores, se sentiram muito descontentes por não conseguirem comprar ingresso, devido à pífia (sem trocadilhos) maneira como é administrada a questão da venda dos ingressos. Como se explica o grande número de carteiras na mão de cambistas? A direção não tem como controlar isso? Esse tipo de coisa é que criticamos, entendes?

Ainda as tuas críticas: “Ler os posts de voces me levam, torcedor colorado acompanhador da vida colorada desde criança, a achar que voces são uns "do contra".” Te pergunto: eras nascido no começo da década de 80? Se eras, por onde andavas quando o Inter não ganhava mais do que campeonatos gaúchos? Estavas no Beira-Rio quando o Inter levou 4 do Juventude? Ou antes, quando entregou o título brasileiro para um Bahia, cujos ícones eram Bobô e João Marcelo, que depois ficou conehecido com “Porteira do Rio Grande”, por sua passagem pelo time da Azenha? Eu estava lá, em todos esses e em outros piores, portanto não queiras tu agora me dar “carteiraço”, com todo o respeito. Te sugiro, e é somente uma mera sugestão, que te limites a falar do que conheces. Se, porém, preferires abordar assuntos que te são estranhos, apresente argumentos mais qualificados e não rebaixe a discussão.

Tu achas que não temos argumentos. Isso me leva a crer que não lês com atenção devida os nossos textos. Do contrário saberias que sempre são acompanhados de suportes fáticos, referências históricas, comentários da imprensa, enfim, de ARGUMENTOS capazes de justificar as nossas ideias.

Espero que possamos nos encontrar pessoalmente no Beira-Rio para que possamos trocar mais ideias. De preferência em um jogo de gauchão, numa quarta-feira às 10 da noite, com chuva e frio, porque daí poderemos tirar a atenção um pouco do campo para podermos conversar. Eu estarei lá. E tu?...

Grande abraço!

terça-feira, 31 de agosto de 2010

CONSCIÊNCIA DE TORCEDOR

Façamos algumas importantes distinções entre clube, time, jogadores e diretoria.

1- Clube é a instituição, ao lado da qual sempre estaremos. No caso, obviamente falo do Sport Club Internacional.

2- Time é, por assim dizer, o instrumento pelo qual se realiza a atividade precípua do clube, que é o futebol.

3- Jogadores são as peças pelas quais se constrói o time.

4- Diretoria é o grupo que gere o clube, de forma eventual e TEMPORÁRIA.

Fica claro que o clube está acima de qualquer outro elemento e contra ele jamais nos manifestaremos. Antes pelo contrário, quando defendemos a manutenção das tradições, dos símbolos, enfim, da história, estamos demosntrando o nosso amor incondicional AO CLUBE. Os outros são elementos transitórios, que não estão acima da crítica, sob pena de inviabilizar-se ou descaracterizar-se O CLUBE.

Assim, times, jogadores e diretorias são, sim, passíveis de críticas, e ao fazermos isso novamente estamos dando provas inequívocas da nossa preocupação COM O CLUBE.

Portanto, senhores, pensem bem antes de qualificar como “secadores”, “corneteiros”, entre outros adjetivos, quem se importa sobremaneira com o que acontece COM O CLUBE do coração.

domingo, 22 de agosto de 2010

QUEBRANDO O SILÊNCIO

Estando a América mais uma vez tingida de vermelho, é chegada a hora de quebrar o silêncio. A partir do recesso para a Copa do Mundo, resolvi me permitir algum tempo para reflexão. Decidi, então, por algum tempo agir como o mais puro dos torcedores Colorados, como as minhas filhas, que não têm nenhuma preocupação política ou coisa do gênero, para quem só interessa a alegria proporcionada pelo Coloradismo. Foi uma experiência interessante e difícil, porque não deixei de acompanhar as notícias e os debates, e muitas vezes tive de me esforçar muito para conter o ímpeto e me manter em silêncio. Os primeiros resultados deste meu período de recesso passo a externar agora.

Em primeiro lugar, ressalto que Coloradismo é sinônimo de paixão e a paixão muitas vezes se sobrepõe à razão, e é assim mesmo que deve ser. Por outro lado, ao propor uma discussão séria, é imprescindível encontrar um enquilíbrio esses dois aspectos, o da paixão e o da razão.

A primeira análise que faço é sobre a direção Colorada, tão criticada por mim e por muitos outros, com alguns excessos, é verdade, mas não sem razão. Não podemos, de forma leviana, negar os méritos do grupo que dirige o Internacional. Concordando ou não com a maneira como o clube é administrado, e aqui abro um parêntese para reafirmar que muitas coisas não são do meu agrado, o Inter, sob o comando dessas pessoas, conquistou duas Libertadores e está prestes a conquistar o segundo Mundial em quatro anos e isso não é pouco. Como bem observou o Douglas alguns dias atrás, a grande responsável por isso é a torcida Colorada, sempre atenta e pronta para manter as coisas no rumo, na medida do possível. Entretanto, as decisões são tomadas pela direção e a conquista desta Libertadores novamente passa por isso, obviamente.

A contratação do Celso Roth foi alvo de duras críticas de minha parte e me deixou extremamente irritado e desesperançoso com a conquista da Libertadores. Não sou, porém, do tipo que prefere a ruína do time, a fim de justificar as suas ideias e aí reside um dos motivos principais do meu recolhimento. Encontrei-me, naquele momento, diante de uma encruzilhada e a única maneira que achei viável para trilhar o caminho certo foi adotar a postura de observador e torcedor, sem manifestar opiniões de forma pública, pois uma outra alternativa, de secar o Inter, não fará jamais parte da minha prática. Pois o Roth trabalhou bem. Alguns dirão que se tratou, até o momento, de um tiro curto. É verdade, mas também é verdade que esse tiro curto tinha como alvo o poderoso São Paulo e um razoável time mexicano, que estava na decisão como franco atirador, eis que convidado a participar da competição. E o Roth mostrou competência para conduzir bem o time nessa etapa.

Cabe aqui, então, uma pergunta: por que o time passou a jogar tão bem após a troca do comando técnico? Quais foram os reforços? Renan, que nada acrescentou, pois na minha opinião o Pato foi um dos responsáveis pela chegada do Inter nas finais, e, ademais, o Renan parece não estar vivendo um bom momento, porque com exceção do g...Nal, ele falhou em todos os jogos; Tinga, que é realmente um grande acréscimo, mas que jogou apenas duas das quatro partidas mais importantes do período; e Sóbis, que foi decisivo na final, mas não se pode dizer que foi muito melhor que o Alecsandro, afinal, gostemos ou não, seus gols foram importantes na campanha.

Aonde quero chegar com isso? Fácil! O grupo é basicamente o mesmo, porém antes não havia interesse dos jogadores. Pensando em sentido contrário, D’Alessandro teria recuperado o futebol e a vontade de forma milagrosa? Bolívar teria perdido o seu grande futebol e a sua capacidade de liderança no começo do ano e recuperado com sobras após a Copa? Taison voltou a ser um excelente jogador por obra do acaso? Não! Havia uma conduta quase pública de não colaboração com o técnico anterior, por motivos que eu desconfio saber, mas que não desejo trazer à tona nesse momento.

É justamente aí que entra a minha crítica à direção. Se havia convicção no trabalho do Fossati, deveriam ter dado respaldo a ele no vestiário. Não no momento em que foi feita a troca, pois ali a situação já se mostrava insustentável. Antes disso, a direção de futebol, que tem moral suficiente para isso, deveria ter mostrado aos jogadores que não são eles que mandam. Acontece que aí entram outros interesse, sobre os quais também deixarei para falar em outra oportunidade. De outra maneira, se o trabalho do técnico era considerado insuficiente, por que então, esperar tanto tampo para a mudança? Será que já no segundo ou terceiro mês de trabalho não era possível essa observação, considerando que as passagens de fase na Libertadores não foram lá tão tranquilas? Dizer que havia planejamento de esperar pela folga da Copa é um acinte à inteligência do trocedor. O fato é que não tiveram pulso para dar segurança ao técnico, enfrentando jogadores, empresários e etc., mas por medo de mudar tudo em meio a uma competição de alta importância, decidiram deixar como estava e rezar para tudo dar certo. E deu!

Acredito que a contratação do Celso Roth tenha se mostrado acertada, uma vez que atingimos o objetivo imediato e mesmo porque ele parece ter amadurecido e evoluído, tanto dentro do campo, quanto fora e isso é bom e me deixa feliz, pelo sucesso do Inter e porque acho que todos têm direito a provar que é possível evoluir e o Celso parece estar conseguindo. De qualquer forma, é de suma importância que a grande conquista da Libertadores não mascare problemas cuja resolução urge.

Sobre política falaremos nas próximas oportunidades.

Rumo ao Tetra no Brasil e ao Bi na Terra!

quarta-feira, 23 de junho de 2010

PELEGO DA DIREÇÃO

Uma imagem vale mais do que mil palavras

Entrevista de reapresentação de Celso Roth no Inter (está no site oficial do Clube):

O maior dos desafios

“O maior desafio é sempre o que se apresenta, então este é o maior da minha carreira. Teremos tempo para trabalhar, e isso será muito bom. É difícil chegar ao clube e ter um período para se preparar. Temos uma semifinal de Libertadores pela frente. Estes dois jogos são fundamentais”.

1 - Tempo NÃO é problema... para Roth e para a atual gestão. Tempo foi tudo o que Jorge Fossati NÃO teve no Inter. O famigerado "planejamento" do FC foi por água abaixo, mais uma vez, no segundo obstáculo enfrentado por Fossati, embora o uruguaio tivesse, bem ou mal, alcançado seu principal objetivo, que era levar o Inter à semifinal da Libertadores.

Esperamos que o tempo de Roth no Inter seja breve, brevíssimo. Que não passe de quatro jogos (isso se os deuses do futebol forem colorados).


O grupo colorado

“O Inter tem um dos melhores, senão o melhor, grupo do futebol brasileiro. Temos um potencial muito grande. A intenção é trabalhar junto a este grupo atual. O Inter está muito bem servido. Agora temos que tirar o máximo na prática”.

2 - O grupo de jogadores é bom, segundo Roth, então ele NÃO poderá reclamar a falta de reforços depois (sempre lembrando que o grupo que Roth recebeu tem os acréscimos de Renan, Tinga e, ao que tudo indica, Rafael Sóbis em relação ao grupo que colocaram à disposição do Fossati. Mesmo assim o uruguaio chegou às semifinais da Libertadores). Há que se ressaltar, porém, que este grupo é praticamente o mesmo que o do ano passado, quando Roth, então no gfbpa, declarou que o Inter não era parâmetro para as disputas do seu gfbpa na Libertadores de 2009, já que o Colorado disputava apenas o Gauchão e a Copa do Brasil, que são torneios menores e pouco relevantes. O que teria levado Roth, sempre convicto de suas teimosias, a mudar tão radicalmente de opinião sobre o mesmo time? Será que essa declaração não passa de discurso externo e puxa-saquismo e gratidão à esta direção fanfarrona que lhe deu o melhor e mais cobiçado emprego do futebol brasileiro na atualidade?


Esquema tático

“Não tem como afirmar neste momento que jogaremos com este ou aquele esquema. Mas eu vejo que o Inter tem potencial no grupo para jogar no 4-4-2, mas também pode atuar no 3-5-2. Mas temos que ter calma, pois estou chegando agora e tenho que conhecer o pessoal mais profundamente, apesar de já saber como eles jogam. O futebol tem o imponderável: lesões, suspensões e outros aspectos que forçam mudanças. Vai depender muito das circunstâncias. O importante é que os jogadores estejam comprometidos com o que a gente quer buscar. Mérito da direção, que montou um grupo que pode ser aproveitado em qualquer esquema”.

3 - O time pode atuar no 3-5-2 ou em qualquer esquema, segundo Roth, então Fossati NÃO estava errado nas suas escalações, seguindo essa lógica. Quero ver/ouvir críticas da imprensa ao Roth no mesmo tom das que eram dirigidas ao Fossati, caso o retranqueiro-mor escale o time no 3-5-2. Por que tanto puxa-saquismo em relação à esta direção? Será que este discurso foi escrito pelo FC? Ou todos estavam errados, inclusive o próprio FC, ao dizerem que o Inter necessitava urgentemente de reforços?


Libertadores x Brasileirão

“Temos grupo para jogar as duas competições. A direção se preocupou em preparar um grupo para disputar as duas competições de forma equilibrada. A intenção é sempre estar usando força máxima em uma ou em outra. A Libertadores é a prioridade máxima, mas o Brasileirão também é um campeonato importante”.

4 - O Inter pode jogar Libertadores e Brasileirão SEM poupar jogadores e ganhar as duas competições, então será inaceitável perder a Libertadores e ficar abaixo do 4º lugar no brasileirão. O engraçado é que no Gauchão podia usar time reserva do reserva, mas na Libertadores e no Brasileirão, que são competições infinitamente mais importantes e mais difíceis, não precisa. Haja incoerência...


Relação com a torcida

“É um privilégio voltar ao Inter. É uma instituição pela qual tenho um carinho muito grande, mesmo quando eu vinha jogar contra. Quero fazer um bom trabalho para conquistar a confiança do torcedor. Vou fazer toda a força possível para que as coisas aconteçam da melhor forma. O torcedor quer ver o time jogando bem e ganhando as partidas. Espero que a gente se entenda bem”.

http://www.internacional.com.br/pagina.php?modulo=2&setor=18&codigo=11530

5 - Se o torcedor quer ver o time jogando bem e isso NÃO acontecer, será vaiado e essa vaia é legítima, então FC & cia. NÃO tem moral pra reclamar do torcedor como fazem costumeiramente em suas entrevistas pós-jogo.

Ou seja, NÃO TERÁ DESCULPAS SE PERDER!

Independentemente de qualquer resultado:

FORA CELSO ROTH!!!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

DE BELÉM A YOKOHAMA - parte 2: renegando a própria história

Na primeira parte da análise do livro de memórias escrito pelo FC, coloquei em questão a flagrante contradição entre o discurso, que prega a ideia de manutenção do trabalho de um técnico, com a prática, que demonstra a permanência média de menos de um ano de cada treinador contratado pelo atual grupo diretivo.

Seguindo a mesma trilha, quero destacar o pensamento do homem forte do futebol Colorado acerca de suas referências e inspirações, cuja leitura atenta vai proporcionar maior clareza quanto ao entendimento das razões que embasaram a contratação do Roth neste momento.

Diz o FC:

“No Inter, há a cultura de que o futebol bonito é o que ganha; no Grêmio, eles sabem que o futebol que ganha muitas vezes é o tosco, o futebol de resultados. Na década de 1950, os tricolores colocaram Osvaldo Rolla, o Foguinho, como treinador, e jogaram num sistema de bico pra frente, futebol voluntarioso, a força física em detrimento da técnica, e gol de bola parada, e eles até hoje vibram com isso. Este é o futebol que ganha. (...) Mas eu gosto de time que ganha. Se o time jogou os 90 minutos na defesa, fez um gol de pênalti e ganhou: está bom! (...) o futebol de resultado é o que conta.” (p. 121)

Qualquer torcedor ou mesmo qualquer interessado pelo futebol, independentemente de cor clubística, sabe que a história do Internacional é marcada por times vencedores, em cuja armação se nota a primazia da técnica e do futebol bonito, alegre, ofensivo. O glorioso Rolo Compressor era um time que dificilmente marcava menos do que quatro gols. O chamado Segundo Rolo tinha uma dupla de atacantes que até hoje é considerada uma das maiores do futebol brasileiro e mesmo mundial: Larry e Bodinho. No time dos anos 70, desde a zaga até o último reserva, todos sabiam, e muito, jogar futebol, inclusive o próprio Caçapava, sobre cuja capacidade técnica pairam muitas dúvidas, que se desfazem facilmente quando se assiste a uns dois ou três jogos inteiros daquele time. Claro que comparado a um Falcão ou a um Figueroa ele pode parecer um jogador tosco, mas nesse caso a comparação é desleal.

Essa é a história do Internacional e a sua marca. Até os anos 70, o excelente time do Palmeiras era conhecido como "Academia". Isso motivou o Haroldo de Souza, naquela década de ouro para os Colorados, a apelidar o Inter de "Academia do Povo", numa síntese de rara felicidade, pois contempla o futebol excepcional jogado pelo time e faz uma referência às suas origens populares.

Com tudo isso, entretanto, o ex-presidente prefere citar como referência o padrão de jogo histórico do time da Azenha/Medianeira. As declarações transcitas acima, que não foram descontextualizadas (o livro está à disposição para dirimir eventuais dúvidas), deixam claro que ele prefere o gfpa ao Internacional. Elas podem até mesmo levar à conclusão que o FC torcia para os azuis na infância.

Caso alguém queira analisar as ideias expostas nessas declarações à parte da preferência por um ou outro clube, verá que se trata de um verdadeiro atentado ao futebol. Imaginem se todos os 20 times que disputam a primeira divisão do Campeonato Brasileiro adotassem o pensamento carvalhiano na montagem das suas equipes. Que tipo de campeonato teríamos? Se essa fosse a tônica do futebol brasileiro, seríamos hoje uma seleção respeitada nos quatro cantos do mundo? Teríamos conquistado todos os títulos de que nos orgulhamos? Voltando ao Internacional, que é o que de fato nos interessa, que histórias teríamos para contar às futuras gerações se esse pensamento houvesse se implantado no futebol Colorado desde o início? É a isso que me refiro quando digo que há uma negação das raízes e da própria história do Internacional.

Um time pode jogar retrancado o tempo todo, fazer um gol por sorte, ou de pênalti, como ele sugere, e ganhar um jogo. Pode até ganhar um campeonato dessa maneira. (Lembro que o gfpa já ganhou um jogo por 2 gols sem ter chutado nenhuma bola contra o goleiro adversário.) Essa fórmula, entretanto é válida apenas para torneios curtos ou campeonatos organizados em fórmulas mirabolantes, como eram os Brasileiros até a implantação do sistema de pontos corridos. É preciso deixar bem claro que esse tipo de postura, se implanatado, além de não condizer com a história do Inter, vai tornar absolutamente impossível a conquista de um título brasileiro, pois uma competição longa e com equilíbrio técnico privilegia inevitavelmente o melhor time e este definitivamente não é aquele que só joga "dando balão", como quer o FC. Sequer o Inter vai disputar com chances competições organizadas em fórmulas de "mata-mata", como a própria Libertadores, que nos interessa sobremaneira, e justamente no momento em que faço referência a esta competição é que se oportuniza falar sobre a contrataçãodo Celso Roth.

Ao contratar um técnico de competência muito questionável, cujo currículo é de uma pobreza franciscana, a direção do Inter abre mão da conquista do título da Libertadores, mas atende aos anseios do dirigente máximo do futebol. É claro que o Inter pode ser campeão e mais claro ainda que como Colorado vou torcer muito para que isso aconteça. Não vou, todavia, me iludir com essa perspectiva e se ela se concretizar, terei capacidade de analisar critica e racionalmente a situação para saber que muito provavelmente a conquista veio apesar e não por causa do técnico.

O senhor FC lançou um balão de ensaio sobre o Beira-Rio, deixando que a imprensa desse como certa a contratação de um treinador extremamamente contestado pela torcida, e trabalhou na surdina a contratação de outro de capacidade tão questionável quanto. Exatamente como fizera quando da contratação do Tite. Mais uma vez, portanto, a torcida Colorada foi ludibriada pelos seus dirigentes e agora acorda com um morcego na sala.

Em síntese, a contratação do Celso Roth espelha o pensamento futebolístico do vice-presidente de futebol Colorado, que se ampara no futebol pobre que historicamente caracteriza os times da Azenha/Medianeira, o qual já o fez frequentar por duas vezes a segunda divisão brasileira, em detrimento dos exemplos que tem na própria casa, de times vencedores e que encantaram o Brasil e o mundo com um futebol de altíssima qualidade.

Rezo para todos os santos de todas as religiões para que a torcida Colorada tenha o discernimento de evitar a perpetuação dessa gestão comprometedora e muito mais preocupada com dólares e euros do que com a grandeza do Inter, e que, cedo ou tarde, se não for impedida, levará o Clube do Povo à ruína.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

RASGANDO A HISTÓRIA COLORADA

Nos próximos dias transcreverei trechos do livro "De Belém a Yokohama" em que o FC deixa absolutamente claro qual o modelo para todas as suas ações no futebol. São declarações estarrecedoras, nas quais ele diz, entre outras coisas, que o seu padrão de entrevistas foi copiado do Rudi Petry, antigo diretor do clube da Azenha/Medianeira e que o modelo de futebol que ele gosta foi introduzido pelo Osvaldo Rolla no gfpa dos anos 50 e atingiu o seu ápice com o time g...mista do Scolari. Em nenhum momento ele diz que se inspirou no Rolo Compressor, no 2º Rolo Compressor, no time dos 1970, nada disso. O negócio dele é copiar o gfpa, mesmo! Nada disso é fruto da minha imaginação. Está lá no livro e trarei isso ao debate em seguida.

Por que introduzi esse assunto agora? Simples, porque isso explica muito do que ele faz à frente do futebol Colorado. Ouvi em alguma rádio na última sexta-feira que o sonho Colorado de contar com o Adílson Batista no comando técnico havia sido frustrado. Na hora mandei e-mail corrigindo: sonho Colorado não, sonho do FC! Como pode alguém dizer que um sujeito desses, com o seu passado e o seu presente de g...mismo e incompetência pode representar um sonho Colorado? Ora, mas a imprensa deita e rola quando não há ninguém para desmenti-la. Por que o Sr. Siegman, que em outras ocasiões já fez tanta coisa para pautar o trabalho da imprensa, não veio a público deixar claro que o capitãozinho de araque não seria contratado? Pelo mesmo motivo que deixaram se criar a ideia do outro Batista, o Nelsinho, há dois anos. A história do "bode na sala", muito bem lembrada pelo Douglas na postagem anterior. Entre o sábado e hoje ouvi vários Colorados se dizerem aliviados, pois o AB não será o técnico. E quando eu pergunto sobre o Roth, a resposta invariavelmente é: "dos males o menor".

Amigos, Colorados, vocês percebem a gravidade do momento que vivemos? Estão nos empurrando goela abaixo um técnico notoriamente incompetente, que tem sérios problemas de relacionamento dentro do grupo (lembram do caso Douglas Costa?), que cria animosidades enormes com a imprensa, e cujo nome foi cantado por 50 mil Colorados no Beira-Rio, para que ficasse na Azenha/Medianeira.

Eles querem nos fazer esquecer que o Inter poderia ter sido campeão brasileiro em 1997, não fosse a incompetência do técnico, que conseguiu não classificar o Inter num grupo em que o Santos e o Atlético MG praticamente tentaram entregar os seus jogos para o Inter, como retaliação pelos "erros" da arbitragem em favor do Palmeiras. Lembram disso?

Esse mesmo sujeito, Celso Roth, virou o turno com 11 pontos de vantagem sobre o São Paulo e conseguiu entregar o título para os paulistanos. Não bastasse isso, alguém se lembra das declarações dele quando da última passagem pelo gfpa? Questionado sobre a dificuldade nos g...NAIS, ele disse que o gfpa estava num nível muito superior ao Inter e que esse tipo de jogo só se prestava para treinar o time para competições maiores. Essa e outras barbaridades eu ouvi e não vou me esquecer.

Pois agora a direção trás esse incompetente sob as mais ridículas alegações: "ele é trabalhador", "ele sabe como ganhar do São Paulo", "ele é um disciplinador". Ora, por favor! Estão brincando com a torcida Colorada!

Ouvi comentários que ele ganhará 400 mil mensais para treinar o Inter. E devem ser verdadeiros, porque todos sabem, inclusive ele, que a direção se dispôs a pagar mais de 1 milhão pelo Scolari. Além disso, o Inter pagará multa rescisória ao Vasco, e não esquecendo que criamos um "incidente diplomático" como os cariocas por conta dessa pirataria.

Todas as circunstâncias indicavam, então, que o CR não era um bom nome. Todavia, o prepotente e autosuficiente FC resolveu ir contra o mundo para trazê-lo.

Sei que alguém dirá para criticar apenas após os resultados. Não faremos isso porque não somos oportunistas e porque os resultados imediatos do campo não pautam as nossas ideias. Estamos preocupados com o futuro. Queremos o Inter em Dubai e Campeão do Mundo de novo, claro que sim. Porém, acima de tudo, queremos o nosso Inter de novo e não o clube novo que o Fernando Carvalho e sua turma querem nos dar para torcer.

O Inter é muito maior do que qualquer dirigente e qualquer treinador, mas parece que o novo imperador do Beira-Rio não sabe disso...

domingo, 13 de junho de 2010

LEI DE MURPHY: CELSO ROTH VEM AÍ...

"Se algo pode dar errado, dará errado da pior maneira possível, no pior momento possível".

Qualquer semelhança NÃO é mera coincidência!
Há exatos 2 (dois) anos, em 12 de junho de 2008, o Inter contratou o gremista Tite valendo-se da “teoria do bode na sala” – lançou-se o nome de Nelsinho Batista, então campeão da Copa do Brasil pelo Sport, mas que em 1996 deixou o Inter, mesmo tendo contrato assinado, para treinar o Corinthians, dizendo que finalmente estaria indo treinar um clube grande. A questão é: Nelsinho Batista nunca mais trabalhará no Inter (assim espero) depois daquele episódio. Ora, algum dirigente que contrate este sujeito dará um tiro no pé, cometerá suicídio político, pois a memória e a paixão do torcedor não permitem tamanho desrespeito impunemente. Então, é óbvio que a atual gestão não pretendia de contratar o Nelsinho para treinar o Inter após a saída do Abelão. Veicularam o nome do corinthiano mau-caráter para apavorar o torcedor colorado e, sabedores da alta rejeição do Nelsinho, enfiaram o Tite – cuja rejeição também era alta, devido à sua ligação inveterada com o gfbpa – goela abaixo. Assim, dos males o menor, pensaram muitos colorados na época.

Agora, em 12 de junho de 2010, a situação é exatamente a mesma, mudaram apenas os personagens!
Novamente a “teoria do bode na sala” é usada pela atual gestão. Durante vários dias especulou-se o nome de outro Batista, desta vez o Adílson, que em 2006, na final do mundial de clubes da FIFA entre Inter e Barcelona, disse que não torceria para o Inter, já que tem uma ligação histórica com o gfbpa. A contratação de Adílson chegou a ser dada como certa pela imprensa gaúcha. Não fosse sua alta rejeição perante o torcedor colorado, que tem memória para certas coisas e é apaixonado pelo Colorado. Diante do pavor e da repercussão negativa do nome de Adílson Batista entre a Nação Colorada, eis que a atual gestão contrata o eterno retranqueiro e cavalo paraguaio Celso Roth – o mesmo que quase rebaixou o Inter em 2002 para a 2ª divisão e que há poucos meses treinava o gfbpa (parece que ter algum tipo de ligação com o gfbpa é um pré-requisito básico para ser contratado por FC & Cia.). Mas o mais espantoso é que o Celso Roth havia sido contratado pelo Vasco da Gama há menos de um mês, tendo ganhado do Inter no brasileirão, inclusive.

Leiam as notícias veiculadas no jornal Correio do Povo em 2008 e hoje – qualquer semelhança NÃO é mera coincidência:


CORREIO DO POVO
PORTO ALEGRE, QUINTA-FEIRA, 12 DE JUNHO DE 2008

Tite é o ficha 1
Treinador será anunciado hoje e Fernando Carvalho pode assessorar Luigi

A notícia do interesse por Nelsinho Baptista caiu como uma bomba no estádio Beira-Rio. Os telefones não pararam de tocar o dia todo e as caixas de e-mail se encheram de mensagens de colorados indignados. A repercussão negativa foi tão forte que o presidente Vitorio Piffero recuou e, em reunião ontem, optou por Tite. A outra novidade seria Fernando Carvalho como assessor de Giovanni Luigi no futebol.
O nome de Tite ganhou força outra vez no final da tarde. O ex-treinador do Grêmio estava em Porto Alegre esperando o chamado do vice de futebol Giovanni Luigi para se apresentar no Beira-Rio. A contratação de Tite asfaltaria o caminho até a recuperação no Brasileirão. Por estar em Porto Alegre desde fevereiro e ter visto todos os jogos do Inter na competição, conhece o grupo e as características de cada jogador. Além disso, seu nome tem boa aceitação.
Piffero chegou ontem a Porto Alegre. Ele estava desde segunda-feira em Buenos Aires. À tarde, deverá dar uma entrevista.
Ontem mesmo, alguns conselheiros e integrantes da diretoria entraram em contato com o presidente. A aversão dos torcedores a Nelsinho Baptista foi o assunto tratado. O técnico, que comandou o Sport na final da Copa do Brasil, ontem à noite, deixou o Inter no meio do Brasileirão de 1996. Ele foi para o Corinthians um dia depois de perder um Gre-Nal por 2 a 1 e, mesmo assim, ser aplaudido pelos torcedores no Beira-Rio. Aquela saída foi encarada como uma traição e até hoje ele é vaiado quando vem a Porto Alegre.
A direção do Inter tentava convencer ontem à noite o ex-presidente Fernando Carvalho a atuar no futebol ao lado de Luigi.
http://www.correiodopovo.com.br/Jornal/A113/N256/HTML/


CORREIO DO POVO
PORTO ALEGRE, SÁBADO, 12 DE JUNHO DE 2010

Celso Roth é o novo técnico do Inter

Profissional se desligará do Vasco ainda no final de semana para se apresentar no Beira-Rio
Depois da demissão de Jorge Fossati, há quase duas semanas, o Inter tentou outras opções. A principal era Adílson Batista, cuja ligação com o Grêmio assustou os dirigentes. O próprio treinador acabou declinando do convite colorado quando percebeu sua rejeição. Foi então que o Inter pensou em Roth. O novo treinador terá o primeiro contato com os jogadores na quinta-feira, quando o grupo se reapresenta após um curto período de férias.
http://www.correiodopovo.com.br/Esportes/?Noticia=152869


Celso Roth se enquadra perfeitamente na filosofia de futebol do Sr. Fernando Carvalho, que defende o “futebol que ganha”, ou seja, times retrancados que jogam feio, dando chutão para frente e ganhando o jogo em lances de sorte em algum contra-ataque.
Durante sua recente passagem pelo gfbpa Roth adotou o esquema tático 3-5-2, que fracassou no brasileirão e nos gre-NAIS. Este parece ser o esquema preferido de Roth.
É preciso lembrar que Jorge Fossati foi amplamente criticado por escalar o Inter no 3-5-2 na maioria dos jogos em que comandou o time Colorado, mesmo nos deixando classificados para a semi-final da libertadores.
Celso Roth está, portanto, TERMINANTEMENTE PROIBIDO de escalar o Inter no 3-5-2!!!

FC disse que o momento era de “erro zero” e por isso justificava-se a demora na escolha e no anúncio do novo técnico. Pois o risco de contratar um técnico fracassado e de ampla rejeição em todos os clubes por onde passou é imenso!

Já que era para acertar a vinda de um técnico sem um currículo brilhante ou de incontestáveis qualidades, então que se apostasse em uma novidade ou em alguém diferente do círculo vicioso de figurinhas carimbadas. É incompreensível que se tenha descartado a contratação de um dos maiores ídolos da história do Clube, Paulo Roberto Falcão, que também é um dos maiores conhecedores de futebol no Brasil na atualidade, por exemplo.

Além dos sucessivos fracassos das equipes sob o comando de Celso Roth, ainda há uma forte desconfiança sobre a conduta dele enquanto profissional. Quem não lembra do gre-NAL do dia 08/02/2009 em Erechim, pelo gauchão, quando Roth (técnico do gfbpa à época) mandou o então zagueiro gremista Léo bater em Taison? Relembremos o que disse o atacante colorado ao jornal Correio do Povo naquela ocasião:

Taison fez uma grave denúncia em sua entrevista após o Gre-Nal. Segundo o jogador do Inter, o técnico Celso Roth pediu para o zagueiro Léo 'bater' nele. 'Eu vi o Celso falando, não entendi porque ele fez isso. Disse que eu sou pipoqueiro, mas o Léo é um grande jogador e não me bateu', revelou Taison.
http://www.correiodopovo.com.br/Jornal/A114/N132/HTML/

E agora, que moral terá Roth para trabalhar com o Taison???

Este blog é totalmente CONTRA a contratação do técnico Celso Roth pelo Inter!
Não apoiaremos mais esta fanfarronice da atual gestão que comanda o Inter há quase uma década e vem mexendo perigosamente na identidade do Clube do Povo desde 01/01/2007.

É tempo de mudanças: torcedor torce, vota e a fila anda...

FORA ROTH, FC, PIFFERO & CIA.

sábado, 12 de junho de 2010

POSFÁCIO

O placar no Beira-rio não mente

Goleada em cima do maior rival: 4x1

Olé.... olé... olé!!! A torcida está em êxtase

Na casamata adversária, Celso Roth não sabia o que fazer

Mediante tamanho desespero, a torcida colorada, implacável, entoa

"FICA CELSO ROTH! FICA CELSO ROTH!"

Dia 12 de junho de 2010. Celso Roth é o novo técnico colorado, e tem como responsabilidade ajeitar o time em menos de 30 dias para uma semifinal de LIBERTADORES DA AMÉRICA contra o São Paulo.

A falta de respeito com a (inteligência da) torcida atingiu níveis mais baixos do que o ser humano pode pôr dentro de raciocínio.

MAIS DO QUE NUNCA VALE O SUBTÍTULO DO BLOG
TORCEDOR TORCE, E VOTA, SEMPRE!!!

NÃO SUBESTIME A TORCIDA COLORADA.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

NÃO SOMOS TROUXAS!!!

Lamentavelmente parece definitivo: o Sr. Adílson Batista é o novo técnico do Inter. Escrevo enquanto ouço na Guaíba uma entrevista com o seu empresário, que fala já como se ele estivesse contratado. Antes disso, li na contracapa do Correio do Povo a seguinte notícia:

"Clube trabalhará na 'imagem' de Adílson

O Inter trabalhará a imagem de Adílson Batista. O objetivo é diminuir a rejeição do treinador entre os torcedores. Adílson será anunciado como o novo técnico do clube assim que a Copa do Mundo 'esquentar', o que, acreditam os dirigentes, diminuirá a repercussão do anúncio. (...)"

A coluna do Hiltor Mombach (p. 27) diz o seguinte:

"(...) Adílson só não foi anunciado ainda porque a direção colorada teme a reação do trocedor. (...)"

Vejam que não estamos nos baseando em notícias da RBS, conforme algumas acusações que sofremos no orkut, que dizem que somos caixa de ressonância daquela empresa. Estou falando que ouvi na Rádio Guaíba uma entrevista com o empresário do "técnico".

Colorados, a direção está achando que a torcida é composta por um bando de imbecis, que vão se envolver com a copa do mundo e esquecer o que acontece no Beira-Rio.

Está na hora de mostrar pra essa gente, que se acha dona do Inter, quem é a torcida Colorada.

Conclamo a todos os Colorados que não querem que essa aberração aconteça no Clube do Povo para que nos organizemos a fim de evitar o absurdo da contratação desse sujeito e, se isso for inevitável, como parece ser, já que a direção não dá a menor importância para a torcida, que sejam feitos protestos fortes e contundentes, para que essa situação não perdure por muito tempo.

FERNANDO CARVALHO E CIA., VOCÊS NÃO SÃO DONOS DO INTER. O INTER PERTENCE À SUA TORCIDA!!!

domingo, 6 de junho de 2010

SOBRE IMPARCIALIDADE X PAIXÃO

O colunista Wianey Carlet publicou, ontem, um texto em sua coluna em ZH sobre esta questão envolvendo a suposta imparcialidade da imprensa x paixão que move o futebol.

Alguns trechos:

"Por duvidar que exista imparcialidade na crônica esportiva de opinião, o leitor Douglas Ricalde envia texto escrito por Nelson Rodrigues, primor na forma e lamentável no conteúdo.

Fala do colunista – Acredite, caro Ricalde, não existe inveja maior que a do cronista engajado contra o comentarista isento. Corroi-lhe o espírito ver que o pensamento do imparcial flui sem dores. Atormenta-lhe saber que sua opinião sempre estará subordinada a paixão que deforma. O fanático, como foi Nelson Rodrigues, age como o homem apaixonado que se nega a acreditar na traição da mulher adorada. Seus amigos o levam para comprovar com os próprios olhos e ele, diante da cena amorosa da qual sua amada é protagonista, reage:

– Vocês colocaram alguma coisa na minha cerveja. Isto é alucinação!

Nelson Rodrigues era um cronista engajado. Ninguém jurava fé nas suas opiniões. Ela sabia disso e a única maneira de tentar valorizar o seu pensamento era desmerecer quem não vivia os tormentos da paixão, classificando-os como parciais silenciosos. Felizmente, desde a sua época até hoje, leitores, ouvintes e telespectadores aprenderam a identificar e a separar a parcialidade da isenção."


A coluna na íntegra do Wianey está em:
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2927242.xml&template=3916.dwt&edition=14831&section=1010


Trago esta questão para refletirmos sobre isso. Especula-se fortemente na imprensa gaúcha a possibilidade de o técnico Adílson Batista - com passagens pelo gfbpa tanto como jogador como como técnico e com profunda identificação com o clube da Azenha/Medianeira a ponto de dizer que torceria para o Barcelona contra o Inter em 2006 - ser contratado pelo Inter para comandar o nosso Colorado em um momento delicado de sua trajetória centenária (semifinal de libertadores, mas patinando no brasileirão, sem técnico e sem planejamento).

Colorados,

O Adroaldo Guerra (o Guerrinha), o Kenny Braga (ambos da RBS), o Cláudio Cabral (ex-dirigente do Inter e comentarista da BAND AM640) e o Juremir Machado da Silva (colunista do CP) são identificados publicamente com o Inter. O Paulo Santana (também da RBS) e o Darcy Filho são gremistas declarados. Isso é o que eu chamo de honestidade intelectual! Pois, assim como o Nelson Rodrigues, as críticas destes profissionais ao Inter e os elogios ao gfbpa ganham muito mais credibilidade, já que eles não se escondem atrás da máscara da "imparcialidade".

Onde quero chegar: o Internacional já criou um mecanismo de censura oficial, por meio do assessor Roberto Siegmann, para monitorar as discrepâncias no noticiário veiculado pela RBS em relação ao Inter e ao gfbpa para questões semelhantes. Basta fazer uma pesquisa para constatar que de fato há diferenças gritantes (o que não se pode é achar que tudo o que a RBS faz é para atrapalhar o Inter, como pensa o Siegmann, que usa isso como subterfúgio para eximir sua gestão de erros).

Eu pergunto: até onde vai a "imparcialidade" da imprensa e onde começa a "paranóia" dos torcedores apaixonados? Existem de fato jornalistas, árbitros, técnicos e jogadores desprovidos de preferência clubística? É possível alguém envolvido com o futebol ficar alheio às questões clubísticas? Em caso de resposta afirmativa, digam-me: o que leva, então, um sujeito que não tem nenhuma relação clubística a se envolver, profissionalmente ou não, com o futebol?

ADÍLSON SECADOR, AZUL É A TUA COR!

GREMISTA NO INTER NÃO!!!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

A BOLA PUNE

Arrogância tem limite!

"A bola pune" - sábia frase de Muricy Ramalho em 2005.

O único problema é que ela está punindo o sr. FC e seus comparsas, mas, no fundo, quem está pagando o pato é o Inter (e o Abbondanzieri).

Blábláblá e... GOOOOOL do Iarley.

A história se repete. Antes foi o Fernandão.

Lembram o que Piffero e FC disseram quando escorraçaram Iarley e não repatriaram o Capitão???

Iarley estava velho e deveria dar lugar aos jovens...

QUE JOVENS??? ONDE ESTÃO OS JOVENS???

Marinho nunca jogou, Marquinhos sumiu assim como o Saci, Walter teve que se esconder em casa durante um mês pra ter oportunidade, Taison é uma promessa do ano passado que nunca vira realidade...

Fernandão estava velho e acabado aos 32 anos.

MAS O EDU COM 31 E O KLEBER PEREIRA COM 34 estão novinhos e fazendo muitos gols, né!? sem contar que estas duas nabas ganham um salário maior do que o Capitão.

Não se trata de "viuvez", trata-se das explicações estapafúrdias, absurdas e incoerentes que esta direção fanfarrona deu para escorraçar o Iarley e não repatriar o Fernandão.

Pô, ainda tem gente que não consegue enxergar isso e outras coisas mais...
Pelo amor de deus, ACORDEM!!!

p.s.: E não me venham dizer que o Iarley é traíra por ter comemorado o gol. Foi bem feito! Iarley é um andarilho do futebol, mas tem meus respeitos e eterna gratidão. E tinha motivos de sobra pra comemorar. Eu o compreendo perfeitamente e não o recrimino por isso.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

PAIXÃO OU PROFISSIONALISMO?

Quero perguntar a vocês o seguinte: o que leva milhares de pessoas aos estádios de futebol? O que faz com que um cara gaste 150 pila ou mais pra comprar uma camisa de um time? Ou mesmo quem não tem 150 e gasta 10, 20 pra comprar uma de camelô? O que faz um cara juntar os amigos pra fazer um churra antes de um jogo importante do seu time? O que faz um piá, desde bem piá mesmo, vestir uma camisa do time do coração e ir pro colégio jogar uma bola no recreio, sonhando em ser um dos seus ídolos? O que move, enfim, esse inexplicável (principalmente para algumas - hoje em dia talvez poucas - mulheres) interesse por "22 marmanjos correndo atrás de uma bola"?

Eu respondo: a paixão! Ou alguém tem outra explicação para o fato de que cada vez que aparecem aqueles negrinhos que em geral não tem nem o que comer lá na África, invariavelmente eles dizem que amam o futebol brasileiro? Claro, porque o futebol brasileiro, apesar de todos os problemas CBF/Nike/Ricardo Teixeira/empresários, etc., etc., etc., ainda é uma coisa mística. Considerando mesmo a seleção de 82, que apesar de todo o belíssimo futebol apresentado, tinha coisas como o Valdir Perez no gol, essa coisa quase mitológica do futebol brasileiro se formatou desde a década de 50, no mínimo, e se consolidou definitivamente em 70. Pois é, já se foram 40 anos disso, então como é que existe toda essa paixão, levada adiante por gente que nem era nascida nesa época? Isso comprova a força do futebol.

Sim, há muita gente que não dá a mínima pro futebol. Pra esses, tanto faz como tanto fez quem é o técnico do Inter ou do Flamengo. Outros, gostam de futebol, mas só se preocupam com o resultado do jogo de hoje. Há, entretanto, muitos, eu diria a grande maioria, que se interessam pelo futebol, e consequentemente pelos seus times, um pouco além do que acontece nos 90 e poucos minutos de um jogo. Pois esses é que movem essa engrenagem que movimenta valores astronômicos e que faz o mundo todo parar de quatro em quatro anos pra ver a copa do mundo.

Digo tudo isso pra perguntar qual o papel do dirigente de futebol hoje em dia? Defender os interesses do clube, que são, em última análise, os interesses de sua torcida, em se tratando de um clube de massas, como o Internacional, ou agir pela sua própria cabeça, mandando às favas a opinião e desconsiderando a paixão daqueles que são a razão de ser da existência de um clube de futebol?

Honestamente, não pode, na minha opinião, um dirigente dar uma declaração como a que está destacada abaixo, e ficar impune. Quando esse capitãozinho meia-bomba (capitão de verdade foi o Figueroa, também o Falcão, e talvez mais ainda o Fernandão) disse que ia torcer pro Barcelona, carimbou definitivamente a sua condição de anti-Colorado. Vejam que isso é muito pior do que declarar amor eterno ao clube da Azenha/Medianeira, porque naquela situação eles não tinham nenhum envolvimento no que estava acontecendo e não havia nenhuma necessidade de dizer aquilo. E agora vem o vice-presidente de futebol do Inter dizer que isso não passa de uma bobagem? Ele está dizendo, de forma muito clara, que a paixão do torcedor Colorado não é mais que uma bobagem e que as coisas que são ditas, que ferem o orgulho e/ou provocam um sentimento profundo de raiva e repulsa na grande Nação Colorada, são irrelevantes. Ou seja, ele está chamando o torcedor Colorado de burro e sem memória.

Sei que vão me dizer um monte de desaforos, me chamar de tudo quanto é coisa, dizer que eu sou um idiota, que sou arrogante e penso que sou mais Colorado do que os outros, que sou secador e etc., etc. e tal, mas eu digo e assumo: se esse sujeito vier a ser contratado para treinar o Inter, quem aplaudir essa decisão não é digno de vestir o Sagrado Manto Rubro!

E o tal do profissionalismo no futebol que vá pro inferno!!!

03 de junho de 2010 N° 16355

INTER Cotação cresce no Beira-Rio

Carvalho diz que só define após a Copa, mas imprensa mineira dá negócio como certo

Há alguns dias o prefixo 47 insiste em piscar no celular de Fernando Carvalho. Que não atende. Trata-se de um critério eliminatório. Ele não atende números desconhecidos ao celular. Mas desde ontem à noite, se o prefixo do visor for o 31, de Belo Horizonte, o vice de futebol do Inter vai atender na hora. Pode ser Adilson Batista.

Os contatos iniciais já foram feitos: o técnico do Cruzeiro anunciou ontem à noite, após empate em 0 a 0 com o Santos, que está deixando a Toca da Raposa após dois anos e meio. Ele se despede do Cruzeiro domingo no jogo contra o Atlético-GO, no Serra Dourada. A imprensa mineira dá como certa a sua vinda para o Beira-Rio.

– Tudo tem um fim. Sou grato por tudo ao Cruzeiro, mas acho que chegou a hora de procurar outro caminho. Estou chateado com algumas coisas. Acho que é só cego que não vê o que é trabalhar uma equipe, organizar – explicou Adilson

Fernando Carvalho tem dito que o novo técnico só deverá aportar no beira-Rio após o recesso da Copa do Mundo.

– O 47 deve ser de algum empresário de Tubarão ou Joinville me oferecendo técnico – brincou ontem à tarde.

O prefixo 47 é de Joinville, mas o fato é que, desde a última sexta-feira, quando Jorge Fossati foi demitido, Carvalho adotou uma cartilha em sua busca por um novo técnico. O processo só seria acelerado depois de a bola rolar na Copa da África, mas o súbito desemprego de Adilson deve mudar tudo. Carvalho é fã confesso e público do seu trabalho. Vamos à cartilha de Carvalho à procura de treinador.

1) Só atender a ligações de números identificados.

2) Se for empresário, ouvi-lo com atenção e não descartar ninguém. Mesmo que o nome oferecido seja PC Gusmão, como aconteceu dia desses. Mesmo que seja um ex-gremista. Adilson disse que ia secar o Inter no Mundial há quatro anos, mas Carvalho acha isso bobagem. E sai em defesa do treinador, agora livre para assumir o Inter e alcançar o que tentou no Cruzeiro nos dois últimos anos: ser campeão da América.

– Se fosse por isso, o Felipão nunca poderia treinar o Inter. E não teríamos sido campeões da Sul-Americana com o Tite – diz o dirigente.

3) A frase “quem está vendo isso é o Fernando” vale até para o presidente Vitorio Piffero. É a orientação para os homens do futebol e principalmentepara quem tentar emplacar algum nome.

4) Relaxar. Ontem, antes de ligar a esteira da academia um homem postou-se à sua frente como jeito de Guiñazu antes do carrinho e perguntou, o semblante sério como se estivesse numa reunião do conselho de segurança da ONU:

– O téc-ni-co: quem (pausa) é (nova pausa) o (mais uma) téc-ni-co?

Como não dá para responder, o melhor é brincar. Na esteira logo atrás, após meia hora de corrida, alguém arrisca corajosamente, ainda que sem muita confiança:

– Beto Almeida?

O Inter está em São Paulo para enfrentar o Corinthians de Mano Menezes no Pacaembu, à noite. Ontem, no Beira-Rio, os comentários indicavam que o celular de Carvalho, longe de casa, seria mais acionado do que de costume. Se aparecer o número mágico 31 de Belo Horizonte como prefixo, ele atenderá. Pode ser o futuro treinador do Inter.

DIOGO OLIVIER


quarta-feira, 2 de junho de 2010

DE BELÉM A YOKOHAMA - parte 1: contradições e/ou falta de planejamento

O assunto do momento no Inter é (a ausência d) o técnico. Acho que deveria estar sendo mais debatido entre a torcida Colorada, porque os nomes ventilados na imprensa são de arrepiar os cablos até de quem não os tem. Cuca, Nelsinho e principalmente Adílson são nomes que não deveriam nunca passar pelas cogitações da diretoria. Em todo o caso, dessa diretoria o que esperar?

A partir de hoje vou publicar alguns comentários sobre o livro "De Belém a Yokohama", do ex-presidente Fernando Carvalho.

Esperava mais. Achei bem fraquinho. É um livro de memórias. Para ser justo, admirei a sua sinceridade em apontar os momentos difíceis que passou, mas quem lê não deve se iludir. Todos os erros a que ele se refere estão situados em suas passagens anteriores pelo clube. A partir de 2002 só se fala em pequenas hesitações, medos e coisas do tipo. Mesmo quando fala nos atrasos salariais que marcaram o início de sua gestão, ele sugere sutilmente (às vezes nem tanto) que tudo foi culpa da gestão anterior. Como o tema da hora diz respeito ao comando técnico, faço a primeira análise sobre as suas ideias sobre isso.

“Demitir o treinador é quase sempre um equívoco. É claro que há casos em que não há o que fazer, mas em 90% das vezes é uma atitude equivocada.” (p. 151)

De acordo com informação do jornalista Cléber Grabauska, a média de permanência de um técnico no Inter na gestão Carvalho/Píffero tem sido de sete meses, ou seja, mais de um por ano. Desde 2002 já foram feitas 14 trocas, e aí se incluem nomes como Ivo Wotmann e Joel Santana, entre outros. Essa realidade não parece contraditória com a ideia de quem acha que trocar de técnico é uma medida equivocada em 90% dos casos? Depois da segunda saída do Abel, quanto tempo ficamos sem técnico? Não era de se esperar que uma direção altamente especializada no clube, que se preparou tanto tempo para assumi-lo e que tem um planejamento tão sólido e eficaz tivesse já uma análise bem feita do mercado, a fim de que na ocorrência de uma situação "inusitada", que é a demissão do treinador, pudesse recompor a comissão técnica com eficiência e rapidez? E agora, a história não está se repetindo? O treinador anterior tinha a sua situação instável já há um razoável tempo. Ele próprio não assegurou a sua vontade de permanecer. Não seria o caso de ter "cartas na manga", para que assim que fosse anunciada a demissão, que era iminente há algum tempo, houvesse uma pronta resposta?

Por outro lado, um clube como o Inter, com objetivos grandiosos, com uma história mais grandiosa ainda, com um giro de dinheiro comparável a muitos clubes europeus, pode ficar cogitando nomes sabidamente incompatíveis com esses ideais de grandeza, como Cuca, Nelsinho, e, principalmente, Adílson Batista? Falar em Scolari é pensar grande, realmente, mas para isso não deveria ter sido acertada já a sua contratação? Diz-se que estava tudo certo, mas que o vazamento de uma informação desagradou ambas as partes e atrapalhou o negócio. Tal vazamento, se ocorreu, partiu de uma fonte ligada ao clube da Azenha/Medianeira e teria sido responsabilidade do ex-delegado Ben-Hur Marchiori, sabidamente ligado ao clube azul, tal como, a propósito, o próprio treinador. Não parece um tremendo amadorismo confiar a responsabilidade de uma negociação desse porte a alguém que tem ligações muito fortes com o nosso maior rival?

E mais, a competição prioritária do Inter é a Libertadores. Desde a demissão do técnico anterior até o próximo jogo pela competição decorre um período de mais ou menos dois meses, sendo que nesse tempo está incluído um espaço de total inatividade oficial, inclusive com férias e intertemporada. Não deveria ser utilizado todo esse tempo pelo novo técnico, para conhecer o grupo, implantar as suas ideias, treinar o time, enfim, aplicar todo o PLANEJAMENTO que envolve a participação numa decisão tão importante? Não é isso que está acontecendo, mas depois, na hipótese de insucesso, que realmente não queremos, já se sabe que a desculpa vai ser a falta de conhecimento sobre o grupo, o pouco tempo para fazer os jogadores entenderem a nova proposta de trabalho, a adaptação ao novo comando técnico, a parte física, a nova filosofia e blá, blá, blá. E se ouvirá novamente o batido discurso de que o único clube que ganha títulos de forma ininterrupta desde 2002 é o Internacional. E então partiremos com tudo para conquista do Brasileiro, porém com uma defasagem bem considerável em relação ao grupo da ponta.

Suponho que não seja esse o desejo da toricda Colorada. O nosso pelo menos não é. Então vamos abandonar a pasmaceira e pressionar a direção para que solucione com rapidez e eficiência esse problema! Ficar esperando o que vai acontecer é jogar contra o Inter.

Eu tenho a convicção que o novo técnico será um nome que possa causar impacto junto à torcida, afinal praticamente entramos em período eleitoral e muito mais do que conquistas dentro do campo, interessa a essa gestão a própria manutenção no poder. Mas e o tal planejamento?

Com a palavra os Colorados que querem o Inter novamente entre os maiores do mundo.

terça-feira, 1 de junho de 2010

DESRESPEITO

Até algumas horas atrás eu poderia dizer o seguinte: o mínimo que se pode exigir de quem tem o poder da informação é um pouco de respeito. A simples menção do nome Adílson Batista por parte da imprensa é uma total falta de respeito pela centenária instituição Sport Club Internacional e sua imensa torcida espalhada pelo mundo todo.

Acontece que agora, passado algum tempo da circulação desse boato de mau gosto, começo a achar que ele não se restringe a isso, um simples boato. Não vi ninguém da direção ou qualquer voz oficial do Inter vir a público acabar com essa palhaçada. Será que eles estão pensando mesmo em trazer esse sujeito? Ontem ouvi o Cláudio Bier dizer na Guaíba que o preferido dele é o Nelsinho, mas que o Adílson também é uma boa opção.

Em que mundo vive essa gente? Não se lembram de tudo o que esse capitãozinho de meia pataca disse a respeito do Inter? Não o ouviram declarar em alto e bom som que torceria para o Barcelona? Não ouviram a entrevista dele quando do jogo do Inter contra o Cruzeiro, na qual ele disse, estando dentro do Beira-Rio, que ama o clube da Azenha/Medianeira?

Começo a me preocupar seriamente com essa possibilidade e mais ainda porque eu não vejo a reação que imaginava na torcida Colorada. Uma notícia dessas, meus amigos Colorados, é motivo de protestos permanentes por todos os meios possíveis até que esteja completamente desmentida. Não podemos esperar para ver o que acontece. Depois de consumada essa loucura será tarde demais. Se isso acontecer, enquanto este cidadão, que há muito já deveria ter sido declarado persona non grata no Beira-Rio, estiver no comando técnico vou aos jogos de preto, em luto pela honra do Sport Club Internacional. E mais: mesmo sendo absolutamente contrário a essa prática, vou vaiar tanto quanto minha garganta aguentar. E que ninguém venha me chamar de secador!!!



Vamos nos manifestar, Torcida Rubra:

ADÍLSON BATISTA, JAMAIS!!!

segunda-feira, 31 de maio de 2010

SEM TÉCNICO E SEM RUMO - CADÊ O PLANEJAMENTO?

A saída de Jorge Fossati do comando do Inter era iminente - pelos maus desempenhos do time, embora resultados até certo ponto razoáveis, como na libertadores, e pela relação atritada com a imprensa e desgaste com parte da torcida por conta da teimosia do uruguaio em escalar determinados jogadores e na formatação equivocada do time como um todo. Fossati não era, todavia, o grande vilão nessa história. Eu me arrisco a dizer que ele era vítima, tão vítima quanto nós colorados, de uma completa falta de planejamento (palavra tão cara à atual gestão) dos dirigentes que comandam o Inter há quase uma década.

Eis um trecho do livro “De Belém a Yokohama”, do Fernando Carvalho:

“Saída de treinador é sempre uma coisa problemática, ainda mais para nós, que damos valor para o planejamento de longo prazo, para a visão estratégica. (CARVALHO, 2009, pp. 112-114)"

Colorados, já são 14 treinadores em 9 anos, o que dá uma média de mais de um técnico por ano no comando do Inter. Eu pergunto: CADÊ O PLANEJAMENTO DE LONGO PRAZO??? ONDE ESTÁ A VISÃO ESTRATÉGICA DO SR. FERNANDO CARVALHO???

Fossati, bem ou mal, nos deixou na semifinal da Libertadores para enfrentar o São Paulo (este sim um clube que tem planejamento e dá continuidade ao trabalho dos treinadores que eles contratam por convicção). Mesmo assim, quase todos os colorados e a imprensa apontavam problemas no time do Inter e na forma como ganhávamos as partidas (aos trancos e barrancos). Mas o Sr. Fernando Carvalho e a direção que ele sustenta teimavam em dizer que estava tudo bem. Até que a situação ficou insustentável e demitiram o comandante uruguaio. Onde está a convicção do Sr. Fernando Carvalho? Ou era mera teimosia e arrogância, como no caso Fernandão?

Por sorte, temos esta parada para a Copa do Mundo e o Inter poderá arrumar a casa. Tempo não falta. Nem dinheiro. O que falta é convicção, planejamento e atitude dos dirigentes! Especula-se que o Inter estaria apostando alto na contratação do técnico gremista Luiz Felipe Scolari (é, parece que não aprenderam nada com os erros homéricos dos últimos dois anos...). Tal contratação obrigaria o Clube a desembolsar uma quantia astronômica - cerca de 700 mil reais, segundo dados veiculados na imprensa.

É público e notório que o grupo do Inter carece de alternativas, de jogadores diferenciados, sobretudo no ataque. Ora, por mais competente que seja o Luiz Felipe ou qualquer outro técnico, técnico não faz gol! Quem faz gol, em regra, é o centroavante! Então, de nada adiantaria contratar um treinador renomado (mesmo que ele não seja capaz de ganhar da gloriosa Grécia na estréia nem na final da Eurocopa, jogando em casa...) se o time não for reforçado. Com a quantia que esta direção trapalhona está disposta a desembolsar na contratação de um grande treinador seria possível contratar 2 (dois) centroavantes de alto nível para, estes sim, resolverem o problema do Inter.

Quando o Fred, jogador em nível de seleção, estava retornando ao futebol brasileiro dizia-se que ele era muito caro (cerca de 500 mil reais). O Nilmar foi vendido por uma quantia irrisória. Mas trouxeram Edu e Kléber Pereira que custam quase a mesma coisa e o retorno é zero. Para fazer um comparativo entre treinadores, basta lembrar que Luxemburgo e Muricy, dois dos técnicos mais vitoriosos do Brasil e do futebol, estavam livres, desempregados há bem pouco tempo e num momento em que o Inter precisava de um técnico experiente, motivador, vencedor como agora. Lembram o que os atuais dirigentes falaram naquele momento? A desculpa para não contratar Luxemburgo e Muricy foi o alto salário de ambos. E trouxeram o Fossati, uma aposta. Hoje o Inter está sem técnico e sem rumo, por total falta de convicção e planejamento dos nossos dirigentes.

Vejam a incoerência que impera no Beira-Rio: Luxemburgo e Muricy não foram contratados por serem caros (será que foi só por isso?), mas agora estão dispostos a pagar bem mais caro para contratarem o Luiz Felipe Scolari, gremista de quatro costados e que não ganha na hora "H" (vide final do intercontinental em 1995 e 1999 e final da eurocopa em 2004).

Colorados, reflitam: o que é mais importante para o Inter neste momento, um técnico renomado (apesar dos tropeços citados acima), custando uma fortuna, ou um centroavante matador, capaz de resolver a inoperância e ineficiência do ataque colorado?

sexta-feira, 28 de maio de 2010

DEMOCRACIA PLENA

Atendendo a uma sugetão do Pedro Castiel, e honrando o nosso compromisso de transparência e democracia, publico a seguir a resposta do Coordenador Geral do Movimento INTERnet/BV, Andreas Müller à carta que enviamos ao Movimento.

Caro Rodrigo,

Meu nome é Andreas Müller. Sou o atual coordenador geral do INTERnet/BV, um dos movimentos que compõem o projeto Convergência Colorada. Gostaria de fazer alguns esclarecimentos em relação a sua carta aberta:

1. O evento "Profissionalizar: sim ou não?" não tinha o objetivo de definir "como" o clube seria profissionalizado. O evento foi restrito a dirigentes do clube conselheiros. O objetivo era, apenas, sensibilizá-los sobre esse assunto, mostrando a eles o que existe de mais novo em termos de profissionalização.

2. As ideias que defendemos para esse assunto (profissionalização) estão sendo construídas no âmbito do projeto Convergência Colorada. Em breve, teremos eventos abertos para debatê-las com A TORCIDA e levá-las para dentro do clube. Tu e todos os leitores do "Inter De Todos" estão convidados participar. Existem dois caminhos para fazê-lo: a) por meio de sugestões, pedidos e críticas enviados ao e-mail conv.colorada@gmail.com; b) indo aos eventos abertos propriamente ditos -- nesse caso, é preciso aguardar a confirmação, já que não temos condições de receber todos os interessados.

3. Fico muito chateado de saber que o INTERnet/BV o decepcionou na missão de levar a voz do torcedor para dentro do Conselho Deliberativo. Dentro de nossas limitações, fizemos sempre tudo que pudemos para cumprir essa missão. Nenhum outro movimento mantém integrantes permanentemente em contato com o torcedor no Orkut, no Twitter e na blogosfera em busca de ideias e posições a serem levadas ao CD. Nenhum outro movimento presta contas de suas atividades abertamente em qualquer local em que seja questionado sobre isso. Finalmente, nenhum outro movimento destaca seu coordenador geral para responder esse tipo de questionamento que tu fizeste. Arriscaria mais: nenhum outro movimento envolve tão fortemente torcedores associados (que não são conselheiros, mas participam do movimento) em suas atividades, em suas principais decisões e até em seus trabalhos realizados dentro do clube.

4. Se este tipo de diálogo com o torcedor, inédito na história política do clube, ainda é insuficiente ou "decepcionante", na tua avaliação, então eu devo reconhecer que o INTERnet/BV é incapaz de satisfazê-lo a pleno.

5. Se quiseres conhecer melhor o nosso trabalho para ter uma visão mais clara de como o INTERnet/BV trabalha, é só avisar. Como sempre, estamos e continuamos abertos á participação do torcedor. Teremos prazer em recebê-lo.


Abraço,
Andreas Müller.

24 de maio de 2010 16:40

quinta-feira, 27 de maio de 2010

AINDA A CARTA AO BV

Andreas, como as nossas duas manifestações anteriores foram publicadas em postagens no blog, é justo que essa, que não têm críticas tão, digamos, pontuais, seja também publicada dessa forma.

Em primeiro lugar, agradeço novamente a tua disposição em discutir as questões levantadas por nós. Fico muito satisfeito em saber que também pensas como nós em relação à obrigação de dirigentes, coordenadores, ou seja lá que nome recebam em outros grupos, dos movimentos em conversar com os torcedores, particularmente com aqueles que são seus eleitores.

Por outro lado, quero dizer que entendi os teus esclarecimentos, principalmente em relação à distinção entre o blog e o movimento, sobre o que realmente eu fazia alguma confusão. Isso não quer dizer que deixaremos de cobrar posições mais claras quando entendermos necessário. Como o movimento situa-se no campo político da oposição, é possível até que em alguns momentos sejamos a "oposição da oposição".

Sobre o posicionamento político, acredito que avançamos um pouco nas possibilidades de comunicação, porque agora conhecemos a linha básica do movimento.

Sobre a questão do "impeachment", claro que é muito radical essa ideia, mas de qualquer forma, considero as declarações do presidente gravíssimas e acho que não basta o simples reconhecimento de que há erros, mesmo porque chamar de erros é um eufemismo em se tratando de um faturamento astronômico como o do Inter. Há palavras mais adequadas, as quais, por motivos óbvios, não declinarei aqui. É preciso lembrar que essa gestão assumiu o Inter em 2002, ou seja, 8 anos atrás. Será que esse tempo todo não foi suficiente para aprender a administrar o clube? Não obstante, todo o tempo em que eles disseram estar se preparando para chegar ao poder não deveria servir para alguma coisa? Não bastasse tudo isso, é preciso ter em mente que os membros da direção são empresários, profissionais liberais, enfim, têm seus próprios negócios, cujo movimento financeiro não deve ser tão alto como o do clube. Será que lá eles também têm problemas em relação à administração? Acho difícil. A diferença é que na esfera privada de suas vidas o dinheiro não é "público" como no Inter e se eles cometerem alguns desses "erros" que cometem à frente do SCI, terão de responder por eles de forma muito mais séria e com consequências muito mais graves.

No seu livro, o Fernando Carvalho seguidamente refere-se ao nosso rival da Azenha/Medianeira como tendo servido de algum modo como exemplo para sua trajetória no futebol. Acho que o Inter é que deu exemplos para eles durante toda a história, porque tudo nós ganhamos antes. Fora das quatro linhas, o exemplo que ele deveria seguir, mas exatamente para não repetir, é aquele da gestão Guerreiro, que transformou o gfpa num clube milionário e logos depois mandou-o de volta para a sua divisão adequada, de onde nunca deveriam ter saído, a propósito. As consequências disso tudo são sentidas até hoje por lá. O problema é que o deslumbramento, a arrogância e a prepotência que se viam por lá naquela época, parecem ter se transferido para o Beira-Rio. É contra isso que nos rebelamos e exigimos ações fortes de quem está em condições de praticá-las, que, nesse caso, são os conselheiros para cuja campanha trabalhamos na eleição, ou seja, vocês! Tal é o motivo das nossa manifestações.

De qualquer sorte, acho que para o momento os esclarecimentos feitos de ambas as partes estão se mostrando suficientes. Gostaria de pedir, então, que seja estreitado o canal de comunicação entre nós. Procuraremos nos manter mais informados das ações do Convergência Colorada, mas sempre que quiser as portas virtuais do nosso blog estarão abertas.

Grande abraço.

PARA REFLEXÃO

A frase não é minha:



"A direção do Inter incendiou o Beira-Rio e subiu no Morro Santa Teresa pra ver o circo pegar fogo."



Seu autor, Cláudio Quintana Cabral, que, para quem não sabe, é comentarista da Rádio Bandeirantes AM, e integrou o célebre grupo dos Mandarins, nos anos 70, a proferiu durante o prgrama de debates Apito Final, por volta das 13 horas de hoje, entre outras críticas bastante contundentes aos atos da atual gestão Colorada.

Vejamos o que diz outro ilustre Colorado, talvez não por coincidência integrante daquele grupo vencedor dos 70's:

"Saia, Fossati. Ou fique.

Quando o Internacional venceu o Estudiantes no Beira-Rio (gol de Sorondo, 43 minutos do 2º tempo) dei uma longa entrevista na Rádio Gaúcha, ao Sílvio Benfica, como antes escrevera um artiguete em ZH sob o título Perceba, Fossati. Alguns colorados criticaram minhas críticas, menos pelo conteúdo e mais pelo que definiam como inoportunas, certamente pelo momento de vitória. Pois acho que foi o que houve de melhor, a oportunidade.

Aprendi no futebol que o momento ideal para mudar é o das vitórias. Mudar o time, o treinador e até os diretores. Basta olhar o passado. Foi em tempos vencedores que o Inter trocou Pontes por Figueroa, Tovar por Carpegiani, Carbone por Falcão, como Daltro por Dino Sani, e este por Minelli. Sempre vencendo. Assim também trocou dirigentes nos gloriosos anos 70.

Nas derrotas, tendemos a ver só os defeitos, quando não os inventamos ou aumentamos, daí a velha terra arrasada. Na vitória, temos a oportunidade da análise equilibrada. Foi o que fiz, naquele momento, e tento fazer agora novamente, quando o Inter está entre os quatro melhores da América. Ver, por exemplo, que o grupo é muito bom. Tão bom que resiste à instabilidade das constantes mudanças de escalação e de sistema de jogo.

Este é o ponto: o grupo semifinalista da Libertadores é muito bom. Instável é o tratamento coletivo, o processo de escolha e de definição, não tanto de escalação (naturalmente variável por lesões ou cartões), mas principalmente de orientação, ou falta dela. Prova: com esquema retranqueiro, o colorado toma gol demais. Com atacantes em excesso ou carência, faz gol de menos. Passa a impressão de que Fossati olha muito para as duas áreas e não para o meio-campo. Falo antes do jogo com o Vasco e me atrevo: se arrumar a meia-cancha e proteger a defesa, ganha. Se não tomar gol, na frente alguém faz, como está provado desde Gabiru. Do contrário, nem empata.¹

Triste é que a permanência ou troca do treinador dependa só dos efeitos, o resultado, e não das causas, as suas decisões.² Pior é se Fossati ficar ou sair só pelos resultados, botando fora este período de quatro jogos para acertar definitivamente o time ou permitir que outro o faça. Adiando ou reavaliando, como diz Fossati, só vai prorrogar a incerteza e a agonia até a véspera das semifinais, que pode ser tarde, conforme a advertência de domingo passado. Decida logo, Fossati: saia ou fique. Já.
IBSEN PINHEIRO* (*) Conselheiro do Inter e deputado federal"


Fonte: http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2917523.xml&template=3898.dwt&edition=14771&section=1010

¹ Alguém vai dizer que o Ibsen está secando o Inter contra o Vasco?

² Uma frase do Nélson Rodrigues sempre citada pelo Douglas: "No futebol, pior cego é o que só enxerga a bola."

Nota-se, portanto, que não estamos "vendo chifre em cabeça de cavalo" e que não somos os únicos a conseguir enxergar um pouquinho além do discurso oficial.

Aproveito para agradecer a participação frequente da grande Colorada, Lúcia Bastos (http://coloradasnaarea.blogspot.com/), sempre com comentários muito pertinenetes, e das "Meninas da Mureta" (http://meninasdamureta.blogspot.com).

quarta-feira, 26 de maio de 2010

NÃO SOMOS SECADORES

A atual gestão clube solidificou uma prática muito comum nos regimes totalitários, que se espalha perigosamente entre a torcida. Trata-se da tentativa de desqualificar qualquer manifestação contrária ao discurso oficial. Sempre que alguém diz algo que difere da palavra da direção, não tarda a ser chamado de “secador”, “corneteiro” e coisas do tipo. Apontar erros (que são muitos) tornou-se absolutamente proibido. De quem ousa dizer que os rumos que estão sendo seguidos são perigosos, logo se diz que está torcendo para o Inter perder.

Ora, a prática democrática, ao longo da história, nunca prescindiu do debate entre visões antagônicas. Tomo como exemplo a participação do Inter na Libertadores. Quase caímos na primeira fase. Tomamos três gols do Banfield e estivemos a cinco minutos de ser desclassificados diante do Estudiantes. Mesmo assim, se alguém disser que o desempenho não é bom, coitado!

É óbvio que torcemos para o Inter ser campeão de tudo novamente, mas não podemos fechar os olhos para tudo o que está acontecendo. Não vou ficar aqui apontando os erros, pois é só procurar nas postagens anteriores para saber do que estamos falando.

O futebol vive de resultados, sim. As necessidades do time são imediatas, claro. Acontece que se ficarmos pensando só nos resultados momentâneos de campo, corremos sério risco de trilhar o caminho do time da Azenha/Medianeira, que num ano era milionário e semi-finalista da Libertadores e no outro penava na segundona, que é, a propósito, a sua divisão adequada.

Ao dizer isso, não estamos indo contra os interesses do Inter. Pelo contrário, estamos sustentando a ideia de um crescimento sólido, alicerçado em bases firmes, como sempre ocorreu no Clube do Povo.

Pergunto aos que nos criticam: o que o Inter ganhou depois de 2006? E antes disso, desde 2002? Claro que é bom ganhar Recopa, Sul-Americana, Suruga, Gauchão, torneio de cuspe à distância, enfim, o Inter deve ganhar toda a competição que disputar, mas é preciso que saiba por que ganhou e que mantenha as bases dessas conquistas. Não é o que estamos vendo atualmente. Estamos chegando aos trancos e barrancos, sempre com a corda no pescoço e sem a menor certeza de que vamos conseguir. É bom ganhar desse jeito? Sim, é bom ganhar sempre, mas é preciso que seja assim? A capacidade de investimento do Inter não é enorme? A possibilidade de trazer grandes jogadores não é real? Então por que precisamos penar e sofrer desse jeito?

Entendam, Colorados, dizer isso não é secação, é apenas o desejo de que o Inter mantenha-se sempre no nível de excelência que atingiu e que nós, Colorados, possamos acompanhar as vitórias, como sempre acompanhamos.

Hoje, as parcelas menos favorecidas da torcida não têm acesso ao Beira-Rio. Também não podem acompanhar pela TV. Sabemos que o futebol moderno exige certas adaptações, mas é preciso que a ruptura seja tão drástica? É preciso cobrar preços exorbitantes pelos ingressos e majorá-los em 100% nas competições mais importantes? É preciso abrir cada vez mais espaços elitizados no estádio, sem propor soluções populares para o desparecimento da coreia, por exemplo?

É contra isso que nos revoltamos. Por favor, pensem nisso e vejam se é justo que sejamos chamados de “secadores” e “corneteiros”, quando tudo o que queremos é somente o que todos os Colorados querem: que o Inter continue sendo o clube mais vencedor do Brasil e um dos maiores do mundo.

CONSIDERAÇÕES SOBRE A RESPOSTA À CARTA

Prezado Andreas:

Em nome do nosso grupo de torcedores, agradeço a tua atenção em responder aos nossos questionamentos. Tenho algumas considerações a fazer acerca da tua manifestação, não sem antes lembrar e deixar claro que todas as nossas manifestações encerram-se no âmbito institucional, sem nenhuma implicação de ordem pessoal .

1. Quanto ao seminário sobre a profissionalização, pouco importa o objetivo do evento, mas, na nossa opinião, quando se trata de um assunto de tamanha importância, ele deve ser difundido e debatido da mais ampla forma possível. Principalmente quando a sua chamada inclui as seguintes declarações do PRESIDENTE do clube:

“Com um faturamento de 163 milhões de reais no ano passado, atrás apenas do São Paulo Futebol Clube, a diretoria está sentindo falta de mais controle sobre a administração e, por isso, quer mudar.”

"Nós conseguimos controlar muito pouco do que nós deveríamos. Sempre que há uma negociação ou novos contratos, temos a sensação de que a administração está recebendo menos do que deveria. O clube não consegue controlar na ponta do lápis as contas.”

Ratifico o que eu disse na carta: essas declarações deveriam ensejar um processo de impedimento de quem as deu, porém, ao contrário do que se poderia esperar, não soube de nenhuma manifestação de vocês, conselheiros e membros do BV, sobre o assunto. Agora que já ocorreu o evento, será que não deveria haver algum comunicado ou qualquer tipo de informação aos torcedores? Não sabemos de absolutamente nada do que aconteceu lá dentro. Talvez tenham sido encaminhadas decisões importantíssimas. Ou não. Como saber? Desculpe-me, mas não posso concordar com a ideia de que isso signifique transparência.

2. Faremos contato pelo e-mail, conforme tu sugeriste, entretanto, eu mesmo já enviei diversos e-mails para o BV e NENHUM, isso mesmo, NENHUM obteve resposta. Já entrei nos fóruns de discussão do blog BV e NUNCA, repito, NUNCA consegui um retorno. Já propus questionamentos, por exemplo, acerca dos absurdos que a atual direção comete contra os sócios do Parque Gigante e não houve NENHUMA manifestação por parte dos conselheiros ou dos membros do BV.

3. Quanto às maneiras com que vocês se comunicam com os torcedores, tenho a dizer que o meu acesso ao mundo virtual é feito basicamente pela minha conta de e-mail, e recentemente pelo nosso blog, e desde a eleição NUNCA recebi nenhum e-mail do movimento, algo bem diferente do que ocorria quando da campanha para a eleição, quando diariamente recebia informações. Participei de uma reunião realizada na churrascaria Giovanaz, no ano passado, preenchi um cadastro informando e-mail, telefone, etc., e NUNCA recebi nenhum comunicado.

No que diz respeito às demais formas de comunicação, meus amigos que administram junto comigo o blog “Inter de Todos – o blog do torcedor que torce e vota!”, os quais acessam com muita frequência o orkut, o twiter e outros meios, me passam informações dando conta de que as manifestações são sempre vagas e superficiais, tanto que nenhum de nós, além de outros Colorados com quem conversamos, sabe de fato qual o posicionamento político do BV, e agora do Convergência, frente à eleição que se aproxima. Como podemos apoiar um movimento que não declara de que lado está? Dizer que o trabalho está baseado em ideias e não em nomes é uma resposta absolutamente evasiva, pois, por exemplo, temos convicção que se a próxima gestão for capitaneada pelo sr. Luigi, tudo ficará como está e tenderá a piorar, porque entendemos que são os nomes que expressam e conduzem as ideias. Assim, não acho que esperar até bem pouco tempo antes da eleição para definir a posição do movimento seja uma atitude condizente com quem se diz tão próximo ao torcedor.

Por outro lado, tu falas que há grande envolvimento de associados que não são conselheiros nas atividades do movimento. Pergunto: por que falar apenas em associados? Acaso aqueles que não são sócios são menos Colorados? Obviamente o ideal é que todo Colorado seja contribuinte do clube, mas não esqueçamos que há muita, mas muita gente mesmo (milhares e quase milhões, eu diria), que assistia aos jogos na coreia, por exemplo, que não tem condições de pagar as mensalidades sociais, por menores que sejam (e elas não são baixas!) . Esses devem ser mantidos à margem, apenas porque não representam massa votante? É bem provável que essas pessoas tenham excelentes contribuições a dar. Pois essa é justamente uma das nossas indignações em relação à postura da atual direção, que nas suas falas só se dirige aos sócios, como se só esses tivessem direito de ouvir as manifestações oficiais.

4. Dizer que esse tipo de diálogo é inédito na história política do CLUBE DO POVO é desconhecer a sua própria história, construída na participação maciça dos TORCEDORES dentro do clube. Claro que antes não existia internet, mas existia Portão 8. E antes do Portão 8 existia o Estádio Eucaliptos, onde a torcida conversava (e protestava) com jogadores, treinadores e diretores diretamente (sei disso por notícias que o meu falecido pai, frequentador do Eucaliptos desde o seu início, me passava) e por aí afora. O torcedor SEMPRE teve participação direta nas decisões do Inter, daí o seu histórico apelido de CLUBE DO POVO, o qual esta gestão faz questão de omitir.

Claro que a partir dos anos 80, coincidentemente a partir da ascensão ao poder do chamado Império Otomano, o torcedor começou a ficar cada vez mais afastado do clube. E esse processo se intensificou muito a partir de 2002, com a tomada do poder pelos novos “donos” do Inter. Contudo, dizer que foi o Movimento BV que inaugurou o sistema de aproximação com a torcida é como avalisar o discurso subliminar da direção, que quer fazer parecer que o Inter só se tornou um grande clube depois de 2002. É uma postura arrogante com a qual jamais vamos concordar!

Nesse ponto, a propósito, quero fazer uma colocação sobre uma afirmação que fizeste anteriormente, dizendo que nenhum outro movimento destaca o seu coordenador geral para responder aos questionamentos feitos por torcedores. Primeiramente, não me manifesto em relação a outros movimentos porque votei e apoiei o BV e é para ele que entendo que devo dirigir as minhas cobranças. Por outro lado, tu consideras um grande diferencial que o coordenador geral faça as comunicações com a torcida? Pois eu considero isso apenas o cumprimento mínimo de uma obrigação! Ou será que devo imaginar que o coordenador geral está acima do bem e do mal? Pela tua colocação, parece que tu estás fazendo um grande favor em nos responder. Não me parece ser esta a postura ideal de quem representa os interesses de uma torcida junto a um Conselho Deliberativo e que, inclusive, contou com esses representados para lá chegar e para lá se manter.

5. Por último, sim, gostaríamos, meus amigos e eu, de ter maiores informações acerca da atuação do BV e, principalmente, do seu posicionamento na política do clube. Para tanto, poderíamos começar por esclarecer quem faz parte do Convergência Colorada, sem respostas evasivas, como “mais de 80 conselheiros”, e qual a tendência de apoio na eleição presidencial. Não é necessário dizer que ainda não podem ser citados nomes, porque não há nenhuma candidatura aberta até o momento, mas pelo menos digam se estão afinados com a situação ou não, se formam ou não um bloco oposicionista, enfim, digam a que vieram!

Esses são alguns questionamentos, os quais, entre outros, podem ser analisados com maiores detalhes no nosso blog.

Atenciosamente,

Rodrigo Navarro Lins de Aguiar.