NOTA DE ESCLARECIMENTO INICIAL

Somos COLORADOS e estamos preocupados com os rumos do CLUBE DO POVO. Por isso criamos este blog. Nosso maior objetivo é resgatar a alma do Sport Club Internacional, cujos alicerces estão fincados nas classes populares, que sempre deram sustentação e transformaram o INTER no GIGANTE que ele é.


O Inter NÃO nasceu em 2002!!!



domingo, 29 de julho de 2012

O PRÍNCIPE E O BOBO

Não sei se este moço, Jajá, é casado, mas imagino que seja e que estivesse comemorando o aniversário de casamento no jogo contra o Juventude. Só isso explica o bom futebol que ele apresentou naquele dia. Hoje, depois de três ou quatro jogos como titular, ele provou que não joga nada.

Um cara como esse não pode começar o jogo e muito menos terminar como titular. Na melhor das hipóteses ele pode ser um reserva pra entrar em hora de desespero. E olhe lá! Não bastassem as pífias apresentações anteriores, os 45 minutos iniciais de ontem, uma apresentação pornográfica, como diria o mestre Cabral, deveriam ter sido mais do que suficientes para ele não voltar a campo. O cara errou tudo! Não acertou um passe, um chute a gol, não fez uma tabela, uma parede, um cabeceio, nada, nada, nada. E mesmo assim ficou até o fim. Até os deuses erram, e ontem o Fernandão errou. Feio!

Não sei se o Maurides melhoraria alguma coisa, porque parece ser outro cabeça-de-bagre, mas era obrigação do técnico tentar mudar, porque pior do que estava não poderia ficar. Não sei o que foi pior, a manutenção do sujeito até o fim ou as explicações na coletiva. Dizer que o cara está ainda em adaptação, que no futebol europeu o time jogava pra ele, que ele jogava mais enfiado e blá, blá, blá, é brincar com a inteligência da torcida. É óbvio que o técnico não pode queimar um jogador publicamente, por pior que ele seja, mas não há nada de mal em admitir que o cara não fez uma boa partida, que ele sentiu a falta de entrosamento com o Forlán, que o esquema tático não o favoreceu, ou qualquer coisa parecida. Querer contestar o que o mundo inteiro viu não é uma boa, Fernandão.

O Inter até não jogou tão mal, considerando que o Vasco é um adversário qualificado, mas se o Forlán tivesse uma companhia um pouquinho melhor a história poderia muito bem ter sido outra.

Sem D'Alessando, sem Dagoberto, sem Dátolo, sem Damião, sei lá o que o Fernandão vai conseguir tirar do melhor elenco do Brasil. Uma coisa, porém, é certa, o time já apresentou muitas melhoras em relação ao período Do Rival. Vamos ver.

Ah, e outra coisa, urge que o rapaz passe a ser chamado pelo nome de batismo, porque se já tivemos o PRÍNCIPE, esse Jajá só pode ser o bobo...

terça-feira, 24 de julho de 2012

MARKETING INTELIGENTE

O meu amigo André, que vende até casa pegando fogo, mandou um mail para o nosso outro amigo, Paolo, conselheiro do Inter (Convergência Colorada), com excelentes sugestões para alavancar o nosso quadro social. Vale a pena ler e levar adiante:




"Quando falamos que temos o maior numero de sócios concordo mas não acredito que estamos fazendo o melhor. Estou em SP, que tem 11 milhões de habitantes, mas vamos ver só o RS, pra não ficar feio demais...


Abaixo link IBGE população:


População residente de 10 anos ou mais de idade
Total 10.187.798
Homens 4.994.719
Mulheres 5.193.079
Urbana 8.317.984
Rural 1.869.814
Total Alfabetizada 7.929.511 
Taxa de alfabetização (%) 93.9

Se imaginarmos que temos 50% da torcida do RS, considerando que temos 120.000 sócios, temos 2,36% de sócios possíveis.

Isso é nada! Nada! Temos 97,64% de mercado aberto esperando pra ser sócios. Estamos falando na pior das hipóteses e teríamos que ter meio milhão de sócios.

Hoje temos um jogador como D'Alessandro e até mesmo o Forlán. Pois bem, deveríamos:

1º.   Aproveitar que o Beira-Rio está em obras e, sim, jogar no interior e fazer campanhas para aumentar o numero de sócios. Se imaginar que, por exemplo, Caxias, onde poderíamos mandar os jogos, tem 360mil habitantes e 50% são colorados temos mais que o quadro atual de sócios só em uma cidade.

2º.  Como trazer estes colorados pra terem sua carteirinha?

- Nessas idas ao interior montar campanha com estes jogadores , Forlán , Juan, etc. "Te associas e terás direito a encontrar teu ídolo colorado."

- Sócio que indicar um novo sócio tem 50% de desconto no mês de inscrição; se indicar 2 sócios tem desconto integral.  Como para ser sócio o pagamento é à vista, depois que o novo sócio indicado pagar, o sócio que indicou terá o credito, ou seja, o Inter nunca perde e dobra o numero de sócios em pouco tempo.

- campanhas atuais sorteiam 2 sócios e dão duas camisas. Isso não é campanha, pois somos mais de 100mil sócios e nossa chance de ganhar é ridícula, quase nula, não motiva nada. Agora se souber que vou encontrar meu ídolo, que tenho desconto no mês, indico outros colegas pois eu quero ter este beneficio de desconto... É como milhagem, quanto mais você viaja mais você ganha. Quanto mais eu indico menos eu gasto e mais eu ganho.

- Nossa carteira de sócio pode também acumular milhagens, que gerariam descontos na compra de produtos por cada novo sócio colorado que eu trouxer.

- Lojas do Inter: onde temos lojas do Inter. Onde não temos e porquê? Aqui em SP, em quase todos os shoppings tem uma franquia do timão "o todo poderoso". E agora o São Paulo também. Eles espalharam lojas pra todo canto. Essas lojas também podem incentivar nessas cidades os colorados a virar sócios. Fica mais próximo do povo. Fica mais fácil comissionar as lojas por inscrição de sócios.

Bom, ideias todos têm, e entendo que já devem estar vendo isso, pois tem gente competente aí, mas como bom colorado quero ver meu time cada vez melhor."

 Por André Germano Foletto.



NOTAS DO FIM DE SEMANA

E daí que o adversário era o lanterna? Assim como estreou fazendo o gol 1000 dos g...NAIS, o Capitão do Mundo começou empurrando 4. Ou seja, o cara é o cara!

VAMO VAMO INTER!


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Sempre vou a pé pro Beira-Rio. No domingo levei minhas filhas e meu sobrinho, Pedro. Resolvi ir de carro. Antes cobravam 5 pila pra estacionar o carro no Parque Gigante. Cheguei lá e os caras me assaltaram em 10 reais! O meu título PATRIMONIAL do Parque Gigante data de 1982. O Parque foi fundado em 1983. Nesses 30 anos, nunca deixei de pagar a mensalidade. Os caras já cortaram o ingresso liberado dos dependentes, agora extorquem o sócio para estacionar. Tá na hora de alguém fazer alguma coisa.

Quando nós passávamos na frente da Capela, falei com o Luciano Périco e pedi pra ele dar um toque sobre isso. Ele não demonstrou muito interesse, mas, justiça seja feita, como não escuto a jornada na Gaúcha não sei se ele falou ou não.


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No sábado de manhã, eu voltava de Três Coroas, onde a Patrícia está fazendo um retiro no Templo, escutando o Super Sábado, na Gaúcha. Lá pelas tantas o assunto era violência no futebol, por causa da série de reportagens que a ZH está fazendo. Liguei pro programa e pedi a opinião do Wianey sobre o dirigente do g...mio que queria mandar o Neymar pra UTI depois dele humilhar a zagueirada preta, branca e azul. A Gabrieli Chanas, que apresenta o programa junto com o Wianey, falou da minha mensagem e ele disse, de forma bem sucinta mais ou menos isto: "Este dirigente deveria ser denunciado e punido." Liguei de novo e disse que mandei várias mensagens para a imprensa, inclusive para o mail dele Wianey, e que não ouvi ninguém dizer nada. Acrescentei perguntando, que se ele acha que o sujeito tinha que ser punido, por que então não usou a potência do microfone  ou a coluna no jornal ou ainda o blog para denunciar? Pergunto agora: acham que esta última mensagem foi referida no ar?...

sexta-feira, 20 de julho de 2012

VAMO VAMO INTER!!!!

Em dezembro de 2006 eu vi, junto com o meu amigo Vicente, um cara enlouquecido quebrar todos os protocolos e assumir o microfone da festa de comemoração do Mundial para gritar VAMO, VAMO INTER!!!! Este cara era o Fernandão.

Já há algum tempo eu disse que o Figueroa transformou o Inter no maior time do Brasil e que com o Fernandão ele virou o maior do mundo.

Antes que digam que eu estou me iludindo e confundindo o ídolo com o profissional, repito que tive a oportunidade de ouvir o Fernandão falar sobre futebol durante mais ou menos 1 hora e meia, tempo durante o qual ele mostrou que conhece muito o futebol. Some-se a isso o fato dele ter um currículo espetacular, com uma folha de serviços prestados ao Inter que poucos atletas têm em algum clube, e também estar trabalhando no clube e, portanto, conhecer bem o grupo de jogadores, e temos um PROFISSIONAL altamente credenciado para assumir o comando técnico.

Tem muita gente caindo de pau na direção pela escolha. O argumento mais usado é a repetição do mantra da imprensa: "ele não tem experiência". Engraçado, quando é pra cornetear o Abel, essas mesmas pessoas dizem que foi o Fernandão que comandou o time no Mundial. Se ele foi tão bom lá ao ponto de fazer o Inter Campeão Mundial em cima do poderoso Barcelona, por que não pode ser agora de forma oficial? Coerência não se compra em farmácia...

O 1 E O 9 DO MUNDO!!

Clemer era o nº 1 e Fernandão era o nº 9. E o Inter pintou a Terra de vermelho!



VAMO, VAMO INTER!!!!

quinta-feira, 19 de julho de 2012

ACORDA GIOVANI!!

Não somos oportunistas e não é de hoje que usamos este espaço para criticar o que há de errado no Inter. Elogiar é fácil. Difícil é dar a cara pra bater e criticar quando tudo parece uma maravilha. Eu, particularmente, manifestei publicamente o meu descontentamento pela postura da direção, que secava os jogos do Atlético Mineiro, porque quanto mais perdesse mais fácil seria do Dorival cair e vir pro Inter. Critiquei isso por contrariar absolutamente a lógica, pelo menos a minha, porque acho que o Inter sempre tem que contratar profissionais vencedores.

Neste momento, poderia fazer uma lista das razões técnicas que justificam a saída do Dorival, a começar pelo fato dele estar há um ano treinando o elenco mais caro do Brasil, e dos mais caros do mundo, e mesmo assim não conseguir montar um time pelo menos mediano. Também seria possível listar os fatores disciplinares e anímicos que levam o Inter a esse fracasso que estamos vivendo. Mas quero examinar a situação sob outro aspecto.

O Dagoberto é experiente, jogou muito tempo no São Paulo, trabalhou com diversos técnicos e grupos de jogadores, disputou grandes competições e sabe muito bem que meter a mão na bola é motivo pra amarelo. Sabe mais ainda que se isso acontecer no primeiro minuto vai comprometer a sua atuação durante todo o jogo. E sabe sobretudo que isso se agrava por ser ele o único atacante em campo.

O D'Alessandro tem mais de 30 anos, já jogou na Europa, foi convocado pra seleção argentina em diversas oportunidades, ganhou Sul-Americana, Recopa, Libertadores, conhece como poucos o Beira-Rio e a torcida Colorada, e sabe que se der um vassoura no adversário na intermediária de ataque vai tomar o amarelo e se, ato contínuo, for pra cima do juiz, vai ser expulso. E fundamentalmente sabe que se isso acontecer ainda no primeiro tempo, as chances de sucesso de um time desfalcado e mal escalado vão bater na casa de zero por cento.

Ou seja, os jogadores estão boicotando o técnico. E faz tempo!

A direção só tem duas alternativas:

1ª - pedalar a porta do vestiário, enquadrar os jogadores e fazer com que eles passem a respeitar na marra um treinador que mesmo com o vestiário na mão não vai levar o Inter a lugar nenhum;

2ª - pedalar a porta do vestiário, enquadrar os jogadores e trazer um técnico que não faça mais que comandar com firmeza e escalar os jogadores nas suas posições e funções certas.

Se optar pela segunda alternativa, a direção estará dando um passo muito grande para conquistar o tetra. E não venham me dizer que não há opções de técnico no mercado. Tirando o padeiro de Guaporé, o incompetente Celso Roth, o folclórico Tio Jejão e a dupla mau-caráter adílson e nelsinho batista, até o Argel é capaz de fazer esse time jogar.

Há uns dias assisti, por intermédio do meu amigo Paolo, a uma explanação do Fernandão. Ele é um eterno ídolo Colorado, tem excelentes ideias sobre futebol e se derem tempo vai fazer um grande trabalho no Inter. É preciso que exista um vice-presidente de futebol com culhão e bala na agulha, além de respaldo da presidência, pra fazer isso. Pela entrevista de ontem, acho, e por enquanto só acho, que o Luciano Davi pode ser esse cara.

Então, acorda Giovani, antes que seja tarde.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

REFORÇOS IMPORTANTES

Achei muito boa a contratação do Juan, a quem considero um excelente zagueiro. Vai se encaixar muito bem ao lado do Índio. Só que eu não duvido que o genial Do Rival monte a zaga com Juan e Moledo...

Mas para mim a grande negociação do momento é o reforço que o Inter está proporcionando ao Chelsea para bater o "todo poderoso" (?) corinthians. Sem árbitro próprio e tendo o Oscar pela frente as coisas vão ficar bem difíceis para o pastor Tite e suas ovelhinhas amestradas.

terça-feira, 17 de julho de 2012

SÓBIS COM O MANTO SAGRADO DE NOVO?

Ouço que o Inter quer trazer o Sóbis outra vez. Na boa, se um cara que deu volta olímpica com a Sagrada Bandeira Colorada depois de ganhar a América, não vem a público em alto e bom som desfazer a boataria e dizer que JAMAIS vestiria o pijama preto, branco e azul, quero mais é que ele vá para a Azenha/Medianeira/Humaitá/Vila Farrapos e pro inferno!!!! E vou esquecer tudo o que ele fez pelo Inter, sim!! Me chamem do que quiserem! Futebol não pode ser tão profissional assim!

domingo, 15 de julho de 2012

E FEZ-SE JUSTIÇA (no Cazaquistão, talvez...)

E aí, isenta crônica esportiva gaúcha, tirando uma notinha de pé de página na coluna do Wianey, nem uma palavrinha sobre a exemplar punição de 20 mil pila imposta pelo glorioso STJD ao time da Azenha/Medianeira/Humaitá/Vila Farrapos pela inofensiva faixa que chamava a mãe do Ronaldinho de prostituta?

Por que na hora que tem que fazer alguma coisa os caras simplesmente se escondem? Depois vêm pregar moral de cuecão, dizendo que a "violência no futebol tem que acabar", que a "CBF é corrupta", que a "FIFA é uma máfia" e blá, blá, blá.

 Na boa, um dos maiores motivos do Brasil estar desse jeito é essa imprensa comprometida e omissa, que come na mão dos bacanas.

Depois ninguém sabe porque os "meninos da geral" continuam fazendo essas coisas...

Como diria um amigo meu: VÃO SE FUDEREM!!!!

segunda-feira, 9 de julho de 2012

DA ISENÇÃO E DA IMPARCIALIDADE

Nos  últimos dias tenho me ocupado exclusivamente com assuntos ligados ao clube da Azenha/Medianeira/Humaitá/Vila Farrapos. Isso parece estranho, mas há justificadas razões para que eu o faça.

É histórica a postura de parte da imprensa esportiva gaúcha, que sempre tenta equilibrar as coisas na marra. Se o Inter ganha a Libertadores, eles exaltam a conquista heroica da segunda divisão. Se o Inter contrata o Fórlan, eles dizem que o Conca (depois o Riquelme) vai vestir o pijama. E vem o Elano... E assim a coisa vai.

Acontece que a coisa começa a ficar preocupante quando se percebe que essa postura ultrapassa os muros de parcialidade erguidos por uma parte da mídia, que, por exemplo, tenta, com os mais rasteiros artifícios, a todo custo levar a Copa do Mundo para a zona norte, e aparece nas instituições, como os tribunais desportivos e mesmo o Ministério Público. Para comprovar, basta perguntar por que, mesmo diante de fatos notórios como os que a gente tem comentando aqui neste espaço, inclusive fazendo as remissões legais, as autoridades permanecem inertes e a imprensa, salvo raras exceções, silente. Enquanto isso, no lado Rubro, ao menor de sinal de problema, quase sempre existente apenas nas iluminadas mentes de gremistas sem dúvida isentos, o que se vê é uma atuação célere e eficaz, como no caso do pedido de interdição do Beira-Rio. É preciso, então, que os acontecimentos do lado de lá sejam denunciados com veemência e que as cobranças sejam feitas.

É o caso, por exemplo, da notícia publicada no Correio do Povo de sábado, dizendo que os torcedores poderão visitar as dependências do novo estádio. Não tenho informações de que tenham acabado as obras por lá. Aguardo, então, ansiosamente a atuação zelosa do isento Promotor de Justiça, Dr. Fábio   Sbardellotto, a não ser, é claro, que a proximidade do Guaíba torne as obras mais perigosas no Beira-Rio... Aliás, deixo a pergunta aos senhores Promotores: o fato de o estádio estar sendo erguido, salvo eu esteja muito equivocado, sobre o que antes era um aterro sanitário ou "lixão", não deveria ser alvo perícias técnicas visando à aferição das condições ambientais para o seu uso? Elas foram feitas? Por quem?

Voltando aos temas mais próximos do campo de jogo, a declaração de um cidadão de nome Scapini (perdoe-me se errei a grafia), diretor do Grêmio e, se não me trai a memória, desembargador, dada ao repórter Flávio Dal Pizzol, da Guaíba, ao final da partida de ontem, na qual o tricolor foi inapelavelmente batido, é estarrecedora e, de certo modo, revela a postura institucional do clube, já que ele é uma voz oficial. Comentando a atuação do Neymar e o que ele fez com a zagueirada preta, branca e azul, esse senhor disse que se fossem outros tempos o jogador sairia do campo diretamente para a UTI! Está lá gravado para quem quiser ouvir. Não foi um mero torcedor que disse isso. Foi, repito, uma voz oficial do clube! Inexplicavelmente, não ouvi nenhuma repercussão na rádio sobre essa infeliz incitação explícita à violência, vinda de quem, mais do que qualquer outro, pela posição de destaque que ocupa, deveria promover a paz nos estádios. É possível que se a cor da camisa de quem falou essa atrocidade fosse outra, também outra fosse a postura da crônica esportiva.

Como eu disse, a história mostra que a ideologia do clube tricolor, explicitada na declaração do dirigente, é esta: a violência e o anti-jogo, travestidos de futebol objetivo e por resultados, devem se sobrepor ao espetáculo. Foi assim que eles ganharam seus títulos (pelo menos os poucos que eu pude acompanhar), tendo como baluartes jogadores de técnica duvidosa, mas pródigos na pancadaria, como Baidek (ah, não, esse nos trouxe o Fórlan), Dinho e Sandro Goiano, técnicos retranqueiros e avessos ao futebol bonito (Espinosa, Scolari), que privilegiavam a defesa sob qualquer custo, e dirigentes truculentos e dados a promover invasões de campo e outras baixarias, como um que hoje virou respeitado homem de imprensa e que, por razões que só uma ética própria pode explicar, não se afastou das suas funções no conselho deliberativo para poder atuar na mídia com alguma isenção.

Enfim, essas são algumas razões que me levam a ocupar momentaneamente este espaço tratando de coisas de um clube, que, não fosse pela força da mídia, teria passado pelo menos mais um ano na divisão inferior do campeonato brasileiro, que é, aliás, aonde eles se sentem bem, visto que lá voltaram outra vez e para onde vão de novo, a julgar pela forma como as coisas andam.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

IMPUNIDADE, A QUEM INTERESSA?


Começo a ficar de fato preocupado. A quem interessa a manutenção da impunidade do Grêmio e de (uma grande) parte da torcida azul? Tenho distribuído para a imprensa e para os órgãos competentes manifestações sobre os crimes praticados no estádio Olímpico. Não recebo nenhuma resposta. Os meus amigos do Inter de Todos, que têm mais afinidade com o mundo virtual, divulgam pelas redes sociais essas manifestações, acrescidas dos seus comentários e de outras notícias. E mesmo assim as coisas parecem não ter repercussão. Será que não há ninguém interessado no assunto? Será que realmente há um poder extraordinário na camisa preta, branca e azul, que faz com que o clube da Azenha/Medianeira/Humaitá/Vila Farrapos se mantenha acima da lei?

Em outro texto aqui mesmo no blog eu transcrevi os artigos do CBJD que determinam as punições aplicáveis em virtude de fatos como os que foram protagonizados no último domingo e em tantas outras ocasiões pela torcida do Grêmio. Acho desnecessário copiar os dispositivos da legislação penal que tipificam esses atos.  Por que nunca acontece nada? Por onde andam os auditores e procuradores dos tribunais desportivos? Por onde andam os promotores de justiça do MP gaúcho? Por onde andam os militantes dos direitos humanos? Por onde andam os cidadãos, que assistem a tudo isso e se mantêm na pasmaceira?

Provavelmente tem muita gente que recebe os meus textos e nem lê. Certamente há outros tantos que se dignam a ler só pra poder dizer: “lá vem este mala de novo”. A esses digo que não pretendo desistir enquanto não encontrar alguém disposto a fazer alguma coisa.

Vou copiar aí em baixo uma mensagem que mandei para as redações AM e FM da rádio Guaíba e para o email do Sr. Sílvio Almeida, coordenador de jornalismo da rádio. Tenho pouquíssima esperança que dê algum resultado, mas ainda estou tentando descobrir o email da Sra. Solange Calderón, que é diretora da Guaíba. Alguém vai ter que se manifestar. Se os mails não tiverem resposta, vou mandar cartas registradas e, se preciso, vou lá na Caldas Júnior tentar falar com essa gente. Segue o texto:

“`Venho, por intermédio desta, manifestar meu descontentamento com algumas atitudes do Sr. Jurandir Soares, apresentador interino do Programa Bom Dia.

Na última quarta-feira, dia 4 de julho, o Sr. Juremir Machado da Silva, que integrava a bancada do programa, fez referência a uma mensagem eletrônica que lhe enviei, que trata das questões de racismo e violência no Estádio Olímpico. Ao falar da faixa ofensiva à mãe do jogador Ronaldinho, amplamente divulgada pela imprensa, o Sr. Jurandir disse que ela havia sido recolhida por determinação da direção do Grêmio. Enviei mensagem eletrônica contestando-lhe, pois tinha notícia de que o árbitro da partida foi quem exigiu a retirada da faixa.  A mensagem não foi lida. Na quinta-feira, enviei novamente a mensagem, que, mais uma vez, foi ignorada. Hoje, dia 6, enviei uma mensagem um pouco mais extensa, que, sob essa alegação, foi lida apenas parcialmente. O Sr. Jurandir disse, então, com veemência, que nada do que eu havia dito era verdadeiro, afirmando que estava presente ao jogo e que comprovou o fato de que a direção ordenou a retirada da faixa. Mandei outra mensagem, contendo cópia da notícia publicada na versão eletrônica do Correio do Povo do dia 2, a qual continha uma declaração do árbitro Paulo César de Oliveira, dizendo que ele havia pedido para a Brigada Militar a retirada da faixa.

Como imaginei que também essa mensagem seria desconsiderada pelo Sr. Jurandir, telefonei para o número 3215.6310 e falei com um homem que trabalha na produção do programa, do qual lamentavelmente me esqueci de perguntar o nome, mas que imagino seja o Sr. Otto Bede, relatei  o caso e pedi que o Sr. Jurandir fizesse uma observação no ar, a fim de restituir a verdade dos fatos e também para que não se fixasse a ideia de que eu estaria inventando situações comprometedoras para a direção gremista. Para minha surpresa, nada foi falado até o fim do programa.

Não é esse o tipo de jornalismo que caracteriza a Rádio Guaíba. Os profissionais que trabalham nos meios de comunicação devem privilegiar a informação, deixando de lado as suas paixões, principalmente clubísticas. Entendo que como torcedor e conselheiro do Grêmio, o Sr. Jurandir Soares não tenha gosto em noticiar fatos desabonatórios ao clube, mas, repito, como jornalista, a sua obrigação é transmitir as notícias com a máxima isenção. Pior do que a omissão, no caso em tela, foi a explícita tentativa de minimizar os gravíssimos fatos ocorridos no estádio gremista. Parece claro que foi essa a intenção do Sr. Jurandir ao atribuir à direção do Grêmio um procedimento que deveria ter tomado, mas que, por omissão, conivência, falta de interesse ou coisa que o valha, não fez.

Assim apresento esta reclamação, aguardando uma resposta e acreditando que atitudes serão tomadas a fim de que esse tipo de procedimento não se repita, vindo a manchar a reputação e a belíssima tradição da Rádio Guaíba.   

Atenciosamente,”

quinta-feira, 5 de julho de 2012

A MÍSTICA DA CAMISA TRICOLOR


Não, não estou me referindo a "batalhas épicas", pretensas "imortalidades" (e usei o plural porque para aguentar tantas mortes sucessivas é preciso de fato ser muitas vezes “imortal"), muito menos a qualquer fator diretamente ligado ao gramado de jogo. Falo, isto sim, do inexplicável poder que uma camisa azul, preta e branca confere a quem vesti-la de permanecer acima da lei. Sim, pois nas bandas da Azenha/Medianeira tudo é permitido.

Enquanto isentos membros do Ministério Público, imbuídos do zelo pelas suas obrigações institucionais, buscam incessantemente fechar um estádio, que, embora em obras, não oferece qualquer risco aos seus frequentadores, e digo isso com base no grande número de jogos que já foram realizados lá após o início da reforma sem que tenha havido sequer um registro de incidente, em outra praça de esportes, uma grande massa pode passar 90 minutos entoando cânticos racistas e incentivando a violência. Desta feita o alvo foi um ex-atleta do clube, que foi chamado de macaco durante todo o tempo do jogo e teve a sua mãe chamada de prostituta numa faixa exibida pela torcida. E isso tudo é visto como se fosse a coisa mais normal do mundo.

Em outra ocasião, integrantes dessa mesma torcida incendiaram banheiros químicos instalados para o seu conforto e os atiraram para dentro do campo, justamente no estádio que agora se quer ver fechado, e, por mais surreal que isto possa parecer, esse evento, protagonizado única e exclusivamente pela torcida gremista, hoje serve para justificar a necessidade de interdição do Beira-Rio, na ótica de um dos Promotores de Justiça signatários da Ação Civil Pública que trata desse tema. Talvez, após mais de três décadas frequentando o Beira-Rio e outros estádios bem menos seguros, eu ainda não tenha condições de discernir o que é ou não perigoso durante um jogo de futebol e por isso esteja escrevendo essas coisas. Banheiros em chamas arremessados para dentro do campo certamente são bem menos perigosos que canteiros de obras devidamente isolados...

No aspecto jurídico, não teria sido o caso, naquela oportunidade, deste mesmo MP ter envidado esforços para investigar e punir os delinquentes responsáveis por aqueles atos? E a própria direção gremista não deveria concorrer para tentar eliminar essa prática? A verdade é que os gestores daquele tempo, que, casualmente são os mesmo de agora, parecem ter orgulho dos atos criminosos dos seus torcedores. Lembro muito bem que, na ocasião, o mandatário do Grêmio, a saber, Sr. Paulo Odone Chaves de Araújo Ribeiro, ilustre parlamentar gaúcho, membro suplente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, que, recentemente, em entrevista coletiva, apresentou o novo treinador do clube oferecendo-lhe uma camisa com o número do seu partido (proselitismo político? Não...), afirmou que isso era apenas uma atitude reativa de "meia dúzia de meninos", revoltados com as condições que lhes foram oferecidas. Está tudo gravado nos arquivos das rádios.

As imagens captadas pelas câmeras de segurança espalhadas pelo estádio (sim, há câmeras de segurança no Beira-Rio!)  puderam, na época, identificar, entre os revoltados meninos, filhos e parentes de conselheiros do clube tricolor, o que certamente teria facilitado o trabalho da polícia, do Ministério Público e de qualquer pessoa ou instituição, pública ou privada, interessada e responsável por promover a segurança nos estádios.

Mas a coisa ficou por isso mesmo. Lá, onde se veste uma camisa de três cores, é claro. Porque do lado de cá, onde a cor é vermelha, as coisas funcionam de outra forma. Uma briga acontecida no jogo de despedida de um atleta que, aliás, desde os anos 90 é persona non grata no Olímpico, deflagrou uma campanha punitiva que culminou na prisão de pelo menos um dos responsáveis pelo tumulto. Pois esse fato, que, ao contrário do ocorrido no episódio dos banheiros químicos, foi objeto de uma ação eficaz do poder público, também sustenta o pedido de interdição do estádio. Qual a relação disso com as obras é coisa que talvez os isentos Promotores ainda venham a público esclarecer...

Os órgãos de segurança e jurisdicionais devem ser aplaudidos pela eficiência demonstrada no que se convencionou informalmente chamar de “Caso Hierro”. Não vou usar eufemismos para dizer que bandidos e criminosos devem ser punidos, mas também não vou deixar de dizer que a punição desses bandidos e criminosos deve desconsiderar a paixão clubística. Ou será que a cor da camisa faz de uns bandidos e de outros apenas “meninos inconsequentes”?

Os atos racistas e violentos promovidos pela torcida do Grêmio, não são, como querem algumas vozes gremistas, praticados apenas por “meia dúzia”. São generalizados, recorrentes e notórios. Por morar nas proximidades do Olímpico, eu escuto dezenas, talvez centenas, de torcedores gremistas passarem em frente à minha casa gritando coisas do tipo: "chora macaco imundo", independentemente de ser ou não Gre-Nal. É possível, com o auxílio das câmeras de segurança e das imagens veiculadas pelas emissoras de televisão, identificar pelo menos os principais responsáveis, os líderes que incentivam os demais. A Brigada Militar e os agentes de segurança do próprio clube, se estiverem atentos ao que acontece nas arquibancadas, podem flagrar o exato momento em que as coisas acontecem. E nada se faz.

Enquanto isso, as obras do Beira-Rio...

Há ainda outra esfera em que a ilicitude tricolor é plenamente tolerada. O Código Brasileiro de Justiça Desportiva é claro ao determinar a punição aos responsáveis pelos atos verificados no último domingo no estádio Olímpico:

 "Art. 243-D. Incitar publicamente o ódio ou a violência. (Incluído pela Resolução CNE nº 29 de 2009).
PENA: multa, de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais), e suspensão pelo prazo de trezentos e sessenta a setecentos e vinte dias. (Incluído pela Resolução CNE nº 29 de 2009).- 61 -
Parágrafo único. Quando a manifestação for feita por meio da imprensa, rádio, televisão, Internet ou qualquer meio eletrônico, ou for praticada dentro ou nas proximidades da praça desportiva em que for realizada a partida, prova ou equivalente, o infrator poderá sofrer, além da suspensão pelo prazo de trezentos e sessenta a setecentos e vinte dias, pena de multa entre R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) e R$ 100.000,00 (cem mil reais). (Incluído pela Resolução CNE nº 29 de 2009)."


Inequivocamente, quem entoa cânticos racistas e exibe faixas ofensivas à honra da mãe de um jogador adversário, que por si só desperta a animosidade da torcida, está incitando a violência.

Por outro lado, o artigo 243-G, do CBJD, tem a seguinte redação:

" Art. 243-G. Praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência: (Incluído pela Resolução CNE nº 29 de 2009).
PENA: suspensão de cinco a dez partidas, se praticada por atleta, mesmo se suplente, treinador, médico ou membro da comissão técnica, e suspensão pelo prazo de cento e vinte a trezentos e sessenta dias, se praticada por qualquer outra pessoa natural submetida a este Código, além de multa, de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais). (Incluído pela Resolução CNE nº 29 de 2009).
§ 1º Caso a infração prevista neste artigo seja praticada simultaneamente por considerável número de pessoas vinculadas a uma mesma entidade de prática desportiva, esta também será punida com a perda do número de pontos atribuídos a uma vitória no regulamento da competição, independentemente do resultado da partida, prova ou equivalente, e, na reincidência, com a perda do dobro do número de pontos atribuídos a uma vitória no regulamento da competição, independentemente do resultado da partida, prova ou equivalente; caso não haja atribuição de pontos pelo regulamento da competição, a entidade de prática desportiva será excluída da competição, torneio ou equivalente. (Incluído pela Resolução CNE nº 29 de 2009).
§ 2º A pena de multa prevista neste artigo poderá ser aplicada à entidade de prática desportiva cuja torcida praticar os atos discriminatórios nele tipificados, e os torcedores identificados ficarão proibidos de ingressar na respectiva praça esportiva pelo prazo mínimo de setecentos e vinte dias. (Incluído pela Resolução CNE nº 29 de 2009).
§ 3º Quando a infração for considerada de extrema gravidade, o órgão judicante poderá aplicar as penas dos incisos V, VII e XI do art. 170. (Incluído pela Resolução CNE nº 29 de 2009)."
(Grifos meus.)

Por que, diante de tudo isso, o Grêmio nunca é punido? Por que as autoridades administrativas, policiais e jurisdicionais se mostram tão eficientes quando o assunto é interditar estádios ou impedir que jogadores supostamente inscritos de forma irregular joguem, mas não são tão ciosas de suas obrigações institucionais quando se trata de punir os odiosos atos criminosos praticados ano após ano pela torcida gremista? 


Acho que aí está a verdadeira mística da camisa tricolor.




quarta-feira, 4 de julho de 2012

RACISMO LIBERADO?

Mandei um mail com o texto abaixo para a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa:


Exmo. Senhor Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, Deputado Miki Breier:

No último domingo, dia 01 de junho, o estádio Olímpico, praça de esportes do Grêmio Foot-Ball Portoalegrense, foi, novamente, palco de atos racistas, preconceituosos e que incitavam a violência, protagonizados pela torcida daquele clube.

O alvo, desta vez, foi o jogador Ronaldinho, cuja origem esportiva é o próprio Grêmio. Segundo notícias veiculadas pela imprensa e em diversos sítios na internet, grande número de torcedores presentes ao estádio entoavam cânticos ofensivos cada vez que o jogador tocava na bola, chamando-o de macaco, além de outros impropérios. Essa atitude resultou, inclusive, numa manifestação de desabafo do atleta contra a torcida ao final do jogo, que foi registrada pelo microfone do repórter João Batista Filho, da rádio Guaíba, e cujo áudio encontra-se disponível em http://www.correiodopovo.com.br/Esportes/?Noticia=439248.

Não bastasse isso, antes do início do jogo, o árbitro precisou determinar a retirada de uma faixa exibida pela torcida contendo ofensa gravíssima à mãe do jogador, que, independentemente de qualquer outra circunstância, é uma pessoa já de certa idade, que, segundo consta, encontra-se enferma, e que, em última análise, não tem qualquer relação com o ódio nutrido pela torcida gremista contra o seu filho. A foto da faixa segue nesta mensagem como arquivo anexo.

Lamentavelmente esse tipo de manifestação não é uma novidade entre a torcida do Grêmio. Quem já teve oportunidade de assistir a um gre-nal é testemunha disso. Da mesma forma, se pode comprovar a tendência racista de um número considerável de torcedores gremistas em mensagens veiculadas nas redes sociais.

Inexplicavelmente, quando questionados sobre esses problemas, os dirigentes gremistas tentam minimizá-los, atribuindo-os a atos inconsequentes de "meia dúzia de meninos", que não têm representatividade na torcida. Foram essas as palavras usadas pelo atual presidente do clube, Paulo Odone, por ocasião do célebre episódio da queima dos banheiros químicos no Beira-Rio, protagonizado pela torcida do Grêmio, há alguns anos. A situação torna-se ainda mais grave quando se sabe que o citado presidente é parlamentar nessa Casa e membro suplente da CDH, e que, por isso mesmo, deveria demonstrar maior zelo pelas questões sociais, quanto mais quando os problemas se originam na instituição que preside. Ou seja, se atitudes dessa gravidade não têm, obviamente, natureza institucional, os gestores são, no mínimo, coniventes, eis que não tomam nenhuma providência efetiva no sentido de coibi-las e ainda tentam encobri-las como se fossem problemas menores.      

A mim estranha muito, também, a inércia do poder estatal, como por exemplo o Ministério Público, tão eficaz em outras situações, como no recente caso do pedido de interdição do Beira-Rio, e que, diante de fatos notórios e recorrentes, de profunda gravidade e repercussão social, não promove ações para solucionar esse problema. Se já foi tomada alguma iniciativa, peço desculpa pela desinformação, mas não posso deixar de dizer que restou inócua, pois as coisas continuam a acontecer. E cada vez em proporções maiores.

Os fatos descritos, e todo o seu contexto, não podem continuar a ser tolerados, muito menos ser vistos como atitudes isoladas, como pretendem os mandatários gremistas. Pessoas capazes de chamar seus semelhantes de macacos, na acepção  mais pejorativa do termo, que se orgulham de desfraldar uma faixa chamando a mãe de um atleta de prostituta, enfim, que promovem todos esses atos desprezíveis e muitos outros, devem ser alvo de atuação das autoridades competentes.

Assim, informando que já encaminhei mensagens semelhantes ao Ministério Público Estadual, à Federação Gaúcha de Futebol e à Confederação Brasileira de Futebol, envio esta, pedindo que essa Comissão de Direitos Humanos tome as atitudes que lhe competem para erradicar esse tipo de manifestação preconceituosa e violenta, que, antes de ser apenas um problema restrito ao mundo esportivo, reflete uma condição de desajuste social, que deve ser atacada de todas as formas.

Atenciosamente,



terça-feira, 3 de julho de 2012

O ISENTO PROMOTOR E O RACISMO

Do ponto de vista técnico e jurídico, o isento Promotor de Justiça, Dr. Fábio Sbardelotto, cumpriu plenamente as suas funções institucionais, pois cabe ao Ministério Público agir sempre que houver questão de interesse público.

Comecei a pensar, então, se não seria o caso de recorrer ao isento Promotor para pedir a intervenção do MP em outro caso de relevante repercussão social. Decidi, então, mandar a seguinte mensagem para a Ouvidoria do Ministério Público, que recebeu o número de protocolo PR.01229.02337/2012-0:


"Recentemente, por ocasião do pedido de interdição do estádio Beira-Rio, o Promotor de Justiça, Dr. Fábio Sbardelotto, demonstrou profundo zelo por suas funções institucionais, agindo com grande rapidez e eficiência.

No último domingo, a exemplo do que acontece com muita frequência no estádio Olímpico, a torcida gremista promoveu odiosos atos de racismo e violência (cânticos preconceituosos, incitação à agressão física, etc.), dirigidos ao jogador Ronaldinho, oriundo do próprio clube, e palavras extremamente ofensivas à mãe do atleta, que foi chamada de prostituta em uma faixa exibida por torcedores. Tais fatos podem ser comprovados pela divulgação feita na imprensa e por sítios na internet, inclusive com áudios e fotografias.

Tais atitudes, repita-se, notoriamente são recorrentes entre a torcida do Grêmio. Quem já assistiu a um Gre-Nal é testemunha. Quando questionados, os dirigentes costumam dizer que se trata de "meia dúzia" de "meninos" que não têm representatividade na torcida (palavras do atual primeiro mandatário da agremiação em ocasiões passadas), o que significa apenas uma manobra visando a justificar a omissão de quem tem obrigação de promover ações para coibir essas manifestações.

Assim, tendo em vista a gravidade da situação e a sua repercussão social, e considerando a ligação do ilustre Dr. Sbardelotto com o futebol e, particularmente, com o Grêmio, do qual, segundo informações que não tenho como confirmadas, foi ou é conselheiro e integrante de movimentos políticos, o que, a propósito, pode auxiliar na obtenção de informações para a apuração dos fatos, sugiro que lance mão da sua comprovada competência e proponha aos setores competentes desse Parquet uma atitude efetiva visando à punição dos responsáveis diretos e indiretos por esses atos desprezíveis, que envergonham o povo gaúcho e não são dignos das nossas respeitáveis tradições, quer sejam eles meros torcedores, conselheiros ou mesmo membros da diretoria do clube.

Atenciosamente."

A MURALHA E A MURETA

A saída pela porta dos fundos (mais um que se vai assim!) do goleiro gremista motivou uma comparação absolutamente ridícula e estapafúrdia, que denuncia a patética mania da imprensa gaúcha de tentar equilibrar as coisas da terrinha na marra. (Lembram que chegaram a comparar os capitães Fernandão e Tcheco?)

Achei que não viveria para ver o grande Cláudio André Mergen Taffarel ser colocado no mesmo nível de um Vítor qualquer. Pois não é que eu ouvi isso? O demente que levantou essa questão, em uma rádio da capital, disse que os dois eram excelentes goleiros, ídolos da torcida, mas se igualavam por não terem conquistado títulos de vulto em suas passagens por Porto Alegre.

Meus amigos, o Taffarel é o melhor goleiro brasileiro de todos os tempos. Lamento pelos que não o viram ao vivo, mas eu vi e digo pra quem quiser ouvir que ninguém foi e muito provavelmente ninguém será melhor que ele.  Foi um dos jogadores que mais vestiu a camisa da seleção brasileira, disputou três copas do mundo, foi, ao lado de Romário e Dunga, o maior responsável pelo tetra de 94, foi jogar na Europa num tempo em que os times de lá nem pensavam em importar goleiros do novo mundo, deixou saudades na Itália, alçou ao patamar dos grandes um time da Turquia, país sem nenhuma tradição no mundo do futebol, foi escolhido o melhor goleiro do mundo por diversas vezes, competindo com excepcionais mortais, como Walter Zenga, e mesmo com semideuses, da estirpe de Michel Preud'Homme, e por aí afora. No Inter, assim como aconteceu com outro monstro sagrado, que é o Gamarra, o Taffa não alcançou grandes títulos, de fato. Mas isso só aconteceu porque nos anos 80 e 90 o Colorado foi sucateado por sucessivas direções absolutamente incompetentes (a não ser para os seus interesses pessoais...), para dizer o mínimo, que raramente conseguiam montar bons times e, quando conseguiam, esses duravam pouquíssimo tempo, pois havia atraso de salários, problemas de vestiário, etc., etc. e etc. E vejam que mesmo nesse quadro quase caótico, muitas vezes tendo como companheiros gente como Nórton e Sandro Becker (nada contra as pessoas, mas que eram muito ruins, isso eram) ele conseguiu se consolidar como um dos maiores ídolos da torcida Colorada.

Por outro lado, o ex-arqueiro da Azenha/Medianeira e que não chegou no Humaitá/Vila Farrapos, não é mais do que um goleiro mediano, que se beneficiou da citada prática da nossa mídia em buscar fatores de equilíbrio entre o Inter e o time vizinho. Na falta de qualquer outro elemento para tentar forjar uma inatingível equanimidade, durante algum tempo os cronistas elegeram o guarda-valas azul como o grande diferencial técnico. É possível que se a comparação ficar restrita aos muros da Azenha/Medianeira eles tenham razão, afinal o que teria de mais interessante naquelas bandas para destacar? Só que, como se costuma dizer no jargão futebolístico, o moço "estava de aniversário" e, quando caiu na real, os comentaristas e a própria torcida começaram a repensar os seus outrora inquestionáveis predicados técnicos. E, então, para honrar uma tradição tricolor, um belo dia o "melhor goleiro do mundo" (pasmem, mas eu ouvi isso mais de uma vez e da boca de gente grande), que em inúmeras ocasiões levou o time nas costas (para onde mesmo?), resolve pegar o boné e se mandar de forma um tanto quanto, digamos obscura, deixando pra trás uma " bela história de glórias". E se é para comparar, tenho certeza que nenhum jogador com algum destaque trocaria o Inter pelo Atlético Mineiro, com todo o respeito ao Galo.

Assim, senhores, vamos parar de comparar o que não tem comparação. TAFFAREL é a eterna muralha, enquanto alguns outros, bem, esses não passam de muretinhas inexpressivas...

segunda-feira, 2 de julho de 2012

COMENTÁRIO


O meu amigo/irmão André, que mora em Sampa, mas é de Ijuí, tentou fazer um comentário sobre o último post, só que não conseguiu. São muito pertinentes as observações dele, por isso estou publicando o comentário. 

Faço apenas uma necessária observação: o time da Azenha/Medianeira/Humaitá/Vila Farrapos NUNCA ganhou um campeonato mundial. Eles ganharam apenas uma copa menor, disputada em um único jogo, promovida pela Toyota e não reconhecida pela FIFA, que não despertava o menor interesse dos europeus, e a prova disso é que na ocasião o Hamburgo levou um time reserva e chegou no Japão um ou dois dias antes do jogo.

Segue o texto:

"Quando este técnico foi para o Inter fiquei feliz pois estava em SP     e em times menores ele fez chover. Mas infelizmente me decepcionei, pois é um técnico que não tem o grupo mesmo e  não consegue ter pois é de time pequeno, acaba transformando o Inter nisso que vemos.

Porem
Se olharem com mais calma e com muito critério vão ver o seguinte :

1º desde 2006 quando ganhamos o titulo mundial, não conseguimos ter um time realmente que convença.....é so comparar o elenco de 2005 e 2006 e o de hoje.
Jogadores que decidiam sempre como Alex, Fernandão, etc...
2º Temos o elenco + caro do pais, nossos reservas ganham mais do que times inteiros que disputam o campeonato brasileiro, (por isso a pressão nossa como torcedores de vencer) obrigação de vencer. Exemplo : Gilberto – reserva no inter e ainda não convenceu - ganhava quando foi contratado R$ 1.200 mil ano...fora prêmios etc...
Dalessadro Ganha mais de R$ 7 milhões ano... pra jogar quando quer a hora que acha que quer pois sabe e tem o apoio da torcida que o ama !! porém nos torcedores estamos sendo complacentes com ele ...
Jogadores ultrapassados que ainda jogam ( saga de domingo - / Indio e Bolivar ....Indio fez o Gol)
3º Se olhares o Corinthias (que esta para ser campeão da libertadores) olha o elenco deles....podemos dizer que é mais inferior que o do Inter ainda >>>mas tem pressão da torcida ....que cobra resultado...se é craque tem que jogar mesmo não fazer de conta...
4º Hoje nossa direção esta preocupada em manter os jogos no Beira-Rio ( ISSO É UMA VERGONHA ) POIS SE ENTENDEM DE CONSTRUÇÃO E OBRAS SABEM QUE SE um torcedor apenas um ...que pode ser até gremista, quebrar um pé ou se machucar interditam a obra toda ... ai não tem COPA...
Sem contar que perdemos os últimos jogos no Beira-Rio, e tampouco ganhamos em nosso estádio...
5º perdemos a mão do que é uma equipe , time .....seremos no futuro um grêmio piorado ...que depois de ganhar o mundial deles....só ganharam a 2ª divisão...
Muito dinheiro e soberba de alguns faz isso...abre o olho......
6º Um time que enrolam , enrola, enrola e nunca tem objetividade, desde 2007....meio de campo...que gira bola mas sempre lateralmente...pois não sabe e não tem no sangue espírito de vencedor....aguerrido....
Lembra do Tempo de Batista Falcão...ou ate mesmo da época de Dunga ....
Não temos técnico...mas também não temos...time...também não temos estádio....mas temos torcida que pode e deve mudar Tudo isso !!

Veja se este elenco tem como ser campeão Brasileiro / libertadores/e mundial ....
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Agenor - 22
goleiro
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Alisson Becker - 30
goleiro
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Muriel - 1
goleiro
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Renan - 12
Goleiro
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Bolívar - 2
zagueiro
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Dalton - 29
zagueiro
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Índio - 3
zagueiro
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Jackson
Zagueiro
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Rodrigo Moledo - 13
zagueiro
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Romário - 28
zagueiro
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Edson Ratinho - 26
lateral
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Fabrício - 14
Lateral
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Kleber - 6
lateral
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Nei - 4
lateral
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Bolatti - 8
volante
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Elton - 15
Volante
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Guiñazu - 5
volante
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Josimar - 27
volante
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D'Alessandro - 10
meia
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Dátolo - 23
Meia
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Fred
meia
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João Paulo - 11
meia
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Oscar - 16
meia
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Zé Mário - 31
Meia
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Dagoberto - 20
atacante
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Gilberto - 19
atacante
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Jajá - 17
atacante
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Leandro Damião - 9
atacante
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Marcos Aurélio - 25
atacante"