NOTA DE ESCLARECIMENTO INICIAL

Somos COLORADOS e estamos preocupados com os rumos do CLUBE DO POVO. Por isso criamos este blog. Nosso maior objetivo é resgatar a alma do Sport Club Internacional, cujos alicerces estão fincados nas classes populares, que sempre deram sustentação e transformaram o INTER no GIGANTE que ele é.


O Inter NÃO nasceu em 2002!!!



segunda-feira, 31 de maio de 2010

SEM TÉCNICO E SEM RUMO - CADÊ O PLANEJAMENTO?

A saída de Jorge Fossati do comando do Inter era iminente - pelos maus desempenhos do time, embora resultados até certo ponto razoáveis, como na libertadores, e pela relação atritada com a imprensa e desgaste com parte da torcida por conta da teimosia do uruguaio em escalar determinados jogadores e na formatação equivocada do time como um todo. Fossati não era, todavia, o grande vilão nessa história. Eu me arrisco a dizer que ele era vítima, tão vítima quanto nós colorados, de uma completa falta de planejamento (palavra tão cara à atual gestão) dos dirigentes que comandam o Inter há quase uma década.

Eis um trecho do livro “De Belém a Yokohama”, do Fernando Carvalho:

“Saída de treinador é sempre uma coisa problemática, ainda mais para nós, que damos valor para o planejamento de longo prazo, para a visão estratégica. (CARVALHO, 2009, pp. 112-114)"

Colorados, já são 14 treinadores em 9 anos, o que dá uma média de mais de um técnico por ano no comando do Inter. Eu pergunto: CADÊ O PLANEJAMENTO DE LONGO PRAZO??? ONDE ESTÁ A VISÃO ESTRATÉGICA DO SR. FERNANDO CARVALHO???

Fossati, bem ou mal, nos deixou na semifinal da Libertadores para enfrentar o São Paulo (este sim um clube que tem planejamento e dá continuidade ao trabalho dos treinadores que eles contratam por convicção). Mesmo assim, quase todos os colorados e a imprensa apontavam problemas no time do Inter e na forma como ganhávamos as partidas (aos trancos e barrancos). Mas o Sr. Fernando Carvalho e a direção que ele sustenta teimavam em dizer que estava tudo bem. Até que a situação ficou insustentável e demitiram o comandante uruguaio. Onde está a convicção do Sr. Fernando Carvalho? Ou era mera teimosia e arrogância, como no caso Fernandão?

Por sorte, temos esta parada para a Copa do Mundo e o Inter poderá arrumar a casa. Tempo não falta. Nem dinheiro. O que falta é convicção, planejamento e atitude dos dirigentes! Especula-se que o Inter estaria apostando alto na contratação do técnico gremista Luiz Felipe Scolari (é, parece que não aprenderam nada com os erros homéricos dos últimos dois anos...). Tal contratação obrigaria o Clube a desembolsar uma quantia astronômica - cerca de 700 mil reais, segundo dados veiculados na imprensa.

É público e notório que o grupo do Inter carece de alternativas, de jogadores diferenciados, sobretudo no ataque. Ora, por mais competente que seja o Luiz Felipe ou qualquer outro técnico, técnico não faz gol! Quem faz gol, em regra, é o centroavante! Então, de nada adiantaria contratar um treinador renomado (mesmo que ele não seja capaz de ganhar da gloriosa Grécia na estréia nem na final da Eurocopa, jogando em casa...) se o time não for reforçado. Com a quantia que esta direção trapalhona está disposta a desembolsar na contratação de um grande treinador seria possível contratar 2 (dois) centroavantes de alto nível para, estes sim, resolverem o problema do Inter.

Quando o Fred, jogador em nível de seleção, estava retornando ao futebol brasileiro dizia-se que ele era muito caro (cerca de 500 mil reais). O Nilmar foi vendido por uma quantia irrisória. Mas trouxeram Edu e Kléber Pereira que custam quase a mesma coisa e o retorno é zero. Para fazer um comparativo entre treinadores, basta lembrar que Luxemburgo e Muricy, dois dos técnicos mais vitoriosos do Brasil e do futebol, estavam livres, desempregados há bem pouco tempo e num momento em que o Inter precisava de um técnico experiente, motivador, vencedor como agora. Lembram o que os atuais dirigentes falaram naquele momento? A desculpa para não contratar Luxemburgo e Muricy foi o alto salário de ambos. E trouxeram o Fossati, uma aposta. Hoje o Inter está sem técnico e sem rumo, por total falta de convicção e planejamento dos nossos dirigentes.

Vejam a incoerência que impera no Beira-Rio: Luxemburgo e Muricy não foram contratados por serem caros (será que foi só por isso?), mas agora estão dispostos a pagar bem mais caro para contratarem o Luiz Felipe Scolari, gremista de quatro costados e que não ganha na hora "H" (vide final do intercontinental em 1995 e 1999 e final da eurocopa em 2004).

Colorados, reflitam: o que é mais importante para o Inter neste momento, um técnico renomado (apesar dos tropeços citados acima), custando uma fortuna, ou um centroavante matador, capaz de resolver a inoperância e ineficiência do ataque colorado?

sexta-feira, 28 de maio de 2010

DEMOCRACIA PLENA

Atendendo a uma sugetão do Pedro Castiel, e honrando o nosso compromisso de transparência e democracia, publico a seguir a resposta do Coordenador Geral do Movimento INTERnet/BV, Andreas Müller à carta que enviamos ao Movimento.

Caro Rodrigo,

Meu nome é Andreas Müller. Sou o atual coordenador geral do INTERnet/BV, um dos movimentos que compõem o projeto Convergência Colorada. Gostaria de fazer alguns esclarecimentos em relação a sua carta aberta:

1. O evento "Profissionalizar: sim ou não?" não tinha o objetivo de definir "como" o clube seria profissionalizado. O evento foi restrito a dirigentes do clube conselheiros. O objetivo era, apenas, sensibilizá-los sobre esse assunto, mostrando a eles o que existe de mais novo em termos de profissionalização.

2. As ideias que defendemos para esse assunto (profissionalização) estão sendo construídas no âmbito do projeto Convergência Colorada. Em breve, teremos eventos abertos para debatê-las com A TORCIDA e levá-las para dentro do clube. Tu e todos os leitores do "Inter De Todos" estão convidados participar. Existem dois caminhos para fazê-lo: a) por meio de sugestões, pedidos e críticas enviados ao e-mail conv.colorada@gmail.com; b) indo aos eventos abertos propriamente ditos -- nesse caso, é preciso aguardar a confirmação, já que não temos condições de receber todos os interessados.

3. Fico muito chateado de saber que o INTERnet/BV o decepcionou na missão de levar a voz do torcedor para dentro do Conselho Deliberativo. Dentro de nossas limitações, fizemos sempre tudo que pudemos para cumprir essa missão. Nenhum outro movimento mantém integrantes permanentemente em contato com o torcedor no Orkut, no Twitter e na blogosfera em busca de ideias e posições a serem levadas ao CD. Nenhum outro movimento presta contas de suas atividades abertamente em qualquer local em que seja questionado sobre isso. Finalmente, nenhum outro movimento destaca seu coordenador geral para responder esse tipo de questionamento que tu fizeste. Arriscaria mais: nenhum outro movimento envolve tão fortemente torcedores associados (que não são conselheiros, mas participam do movimento) em suas atividades, em suas principais decisões e até em seus trabalhos realizados dentro do clube.

4. Se este tipo de diálogo com o torcedor, inédito na história política do clube, ainda é insuficiente ou "decepcionante", na tua avaliação, então eu devo reconhecer que o INTERnet/BV é incapaz de satisfazê-lo a pleno.

5. Se quiseres conhecer melhor o nosso trabalho para ter uma visão mais clara de como o INTERnet/BV trabalha, é só avisar. Como sempre, estamos e continuamos abertos á participação do torcedor. Teremos prazer em recebê-lo.


Abraço,
Andreas Müller.

24 de maio de 2010 16:40

quinta-feira, 27 de maio de 2010

AINDA A CARTA AO BV

Andreas, como as nossas duas manifestações anteriores foram publicadas em postagens no blog, é justo que essa, que não têm críticas tão, digamos, pontuais, seja também publicada dessa forma.

Em primeiro lugar, agradeço novamente a tua disposição em discutir as questões levantadas por nós. Fico muito satisfeito em saber que também pensas como nós em relação à obrigação de dirigentes, coordenadores, ou seja lá que nome recebam em outros grupos, dos movimentos em conversar com os torcedores, particularmente com aqueles que são seus eleitores.

Por outro lado, quero dizer que entendi os teus esclarecimentos, principalmente em relação à distinção entre o blog e o movimento, sobre o que realmente eu fazia alguma confusão. Isso não quer dizer que deixaremos de cobrar posições mais claras quando entendermos necessário. Como o movimento situa-se no campo político da oposição, é possível até que em alguns momentos sejamos a "oposição da oposição".

Sobre o posicionamento político, acredito que avançamos um pouco nas possibilidades de comunicação, porque agora conhecemos a linha básica do movimento.

Sobre a questão do "impeachment", claro que é muito radical essa ideia, mas de qualquer forma, considero as declarações do presidente gravíssimas e acho que não basta o simples reconhecimento de que há erros, mesmo porque chamar de erros é um eufemismo em se tratando de um faturamento astronômico como o do Inter. Há palavras mais adequadas, as quais, por motivos óbvios, não declinarei aqui. É preciso lembrar que essa gestão assumiu o Inter em 2002, ou seja, 8 anos atrás. Será que esse tempo todo não foi suficiente para aprender a administrar o clube? Não obstante, todo o tempo em que eles disseram estar se preparando para chegar ao poder não deveria servir para alguma coisa? Não bastasse tudo isso, é preciso ter em mente que os membros da direção são empresários, profissionais liberais, enfim, têm seus próprios negócios, cujo movimento financeiro não deve ser tão alto como o do clube. Será que lá eles também têm problemas em relação à administração? Acho difícil. A diferença é que na esfera privada de suas vidas o dinheiro não é "público" como no Inter e se eles cometerem alguns desses "erros" que cometem à frente do SCI, terão de responder por eles de forma muito mais séria e com consequências muito mais graves.

No seu livro, o Fernando Carvalho seguidamente refere-se ao nosso rival da Azenha/Medianeira como tendo servido de algum modo como exemplo para sua trajetória no futebol. Acho que o Inter é que deu exemplos para eles durante toda a história, porque tudo nós ganhamos antes. Fora das quatro linhas, o exemplo que ele deveria seguir, mas exatamente para não repetir, é aquele da gestão Guerreiro, que transformou o gfpa num clube milionário e logos depois mandou-o de volta para a sua divisão adequada, de onde nunca deveriam ter saído, a propósito. As consequências disso tudo são sentidas até hoje por lá. O problema é que o deslumbramento, a arrogância e a prepotência que se viam por lá naquela época, parecem ter se transferido para o Beira-Rio. É contra isso que nos rebelamos e exigimos ações fortes de quem está em condições de praticá-las, que, nesse caso, são os conselheiros para cuja campanha trabalhamos na eleição, ou seja, vocês! Tal é o motivo das nossa manifestações.

De qualquer sorte, acho que para o momento os esclarecimentos feitos de ambas as partes estão se mostrando suficientes. Gostaria de pedir, então, que seja estreitado o canal de comunicação entre nós. Procuraremos nos manter mais informados das ações do Convergência Colorada, mas sempre que quiser as portas virtuais do nosso blog estarão abertas.

Grande abraço.

PARA REFLEXÃO

A frase não é minha:



"A direção do Inter incendiou o Beira-Rio e subiu no Morro Santa Teresa pra ver o circo pegar fogo."



Seu autor, Cláudio Quintana Cabral, que, para quem não sabe, é comentarista da Rádio Bandeirantes AM, e integrou o célebre grupo dos Mandarins, nos anos 70, a proferiu durante o prgrama de debates Apito Final, por volta das 13 horas de hoje, entre outras críticas bastante contundentes aos atos da atual gestão Colorada.

Vejamos o que diz outro ilustre Colorado, talvez não por coincidência integrante daquele grupo vencedor dos 70's:

"Saia, Fossati. Ou fique.

Quando o Internacional venceu o Estudiantes no Beira-Rio (gol de Sorondo, 43 minutos do 2º tempo) dei uma longa entrevista na Rádio Gaúcha, ao Sílvio Benfica, como antes escrevera um artiguete em ZH sob o título Perceba, Fossati. Alguns colorados criticaram minhas críticas, menos pelo conteúdo e mais pelo que definiam como inoportunas, certamente pelo momento de vitória. Pois acho que foi o que houve de melhor, a oportunidade.

Aprendi no futebol que o momento ideal para mudar é o das vitórias. Mudar o time, o treinador e até os diretores. Basta olhar o passado. Foi em tempos vencedores que o Inter trocou Pontes por Figueroa, Tovar por Carpegiani, Carbone por Falcão, como Daltro por Dino Sani, e este por Minelli. Sempre vencendo. Assim também trocou dirigentes nos gloriosos anos 70.

Nas derrotas, tendemos a ver só os defeitos, quando não os inventamos ou aumentamos, daí a velha terra arrasada. Na vitória, temos a oportunidade da análise equilibrada. Foi o que fiz, naquele momento, e tento fazer agora novamente, quando o Inter está entre os quatro melhores da América. Ver, por exemplo, que o grupo é muito bom. Tão bom que resiste à instabilidade das constantes mudanças de escalação e de sistema de jogo.

Este é o ponto: o grupo semifinalista da Libertadores é muito bom. Instável é o tratamento coletivo, o processo de escolha e de definição, não tanto de escalação (naturalmente variável por lesões ou cartões), mas principalmente de orientação, ou falta dela. Prova: com esquema retranqueiro, o colorado toma gol demais. Com atacantes em excesso ou carência, faz gol de menos. Passa a impressão de que Fossati olha muito para as duas áreas e não para o meio-campo. Falo antes do jogo com o Vasco e me atrevo: se arrumar a meia-cancha e proteger a defesa, ganha. Se não tomar gol, na frente alguém faz, como está provado desde Gabiru. Do contrário, nem empata.¹

Triste é que a permanência ou troca do treinador dependa só dos efeitos, o resultado, e não das causas, as suas decisões.² Pior é se Fossati ficar ou sair só pelos resultados, botando fora este período de quatro jogos para acertar definitivamente o time ou permitir que outro o faça. Adiando ou reavaliando, como diz Fossati, só vai prorrogar a incerteza e a agonia até a véspera das semifinais, que pode ser tarde, conforme a advertência de domingo passado. Decida logo, Fossati: saia ou fique. Já.
IBSEN PINHEIRO* (*) Conselheiro do Inter e deputado federal"


Fonte: http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2917523.xml&template=3898.dwt&edition=14771&section=1010

¹ Alguém vai dizer que o Ibsen está secando o Inter contra o Vasco?

² Uma frase do Nélson Rodrigues sempre citada pelo Douglas: "No futebol, pior cego é o que só enxerga a bola."

Nota-se, portanto, que não estamos "vendo chifre em cabeça de cavalo" e que não somos os únicos a conseguir enxergar um pouquinho além do discurso oficial.

Aproveito para agradecer a participação frequente da grande Colorada, Lúcia Bastos (http://coloradasnaarea.blogspot.com/), sempre com comentários muito pertinenetes, e das "Meninas da Mureta" (http://meninasdamureta.blogspot.com).

quarta-feira, 26 de maio de 2010

NÃO SOMOS SECADORES

A atual gestão clube solidificou uma prática muito comum nos regimes totalitários, que se espalha perigosamente entre a torcida. Trata-se da tentativa de desqualificar qualquer manifestação contrária ao discurso oficial. Sempre que alguém diz algo que difere da palavra da direção, não tarda a ser chamado de “secador”, “corneteiro” e coisas do tipo. Apontar erros (que são muitos) tornou-se absolutamente proibido. De quem ousa dizer que os rumos que estão sendo seguidos são perigosos, logo se diz que está torcendo para o Inter perder.

Ora, a prática democrática, ao longo da história, nunca prescindiu do debate entre visões antagônicas. Tomo como exemplo a participação do Inter na Libertadores. Quase caímos na primeira fase. Tomamos três gols do Banfield e estivemos a cinco minutos de ser desclassificados diante do Estudiantes. Mesmo assim, se alguém disser que o desempenho não é bom, coitado!

É óbvio que torcemos para o Inter ser campeão de tudo novamente, mas não podemos fechar os olhos para tudo o que está acontecendo. Não vou ficar aqui apontando os erros, pois é só procurar nas postagens anteriores para saber do que estamos falando.

O futebol vive de resultados, sim. As necessidades do time são imediatas, claro. Acontece que se ficarmos pensando só nos resultados momentâneos de campo, corremos sério risco de trilhar o caminho do time da Azenha/Medianeira, que num ano era milionário e semi-finalista da Libertadores e no outro penava na segundona, que é, a propósito, a sua divisão adequada.

Ao dizer isso, não estamos indo contra os interesses do Inter. Pelo contrário, estamos sustentando a ideia de um crescimento sólido, alicerçado em bases firmes, como sempre ocorreu no Clube do Povo.

Pergunto aos que nos criticam: o que o Inter ganhou depois de 2006? E antes disso, desde 2002? Claro que é bom ganhar Recopa, Sul-Americana, Suruga, Gauchão, torneio de cuspe à distância, enfim, o Inter deve ganhar toda a competição que disputar, mas é preciso que saiba por que ganhou e que mantenha as bases dessas conquistas. Não é o que estamos vendo atualmente. Estamos chegando aos trancos e barrancos, sempre com a corda no pescoço e sem a menor certeza de que vamos conseguir. É bom ganhar desse jeito? Sim, é bom ganhar sempre, mas é preciso que seja assim? A capacidade de investimento do Inter não é enorme? A possibilidade de trazer grandes jogadores não é real? Então por que precisamos penar e sofrer desse jeito?

Entendam, Colorados, dizer isso não é secação, é apenas o desejo de que o Inter mantenha-se sempre no nível de excelência que atingiu e que nós, Colorados, possamos acompanhar as vitórias, como sempre acompanhamos.

Hoje, as parcelas menos favorecidas da torcida não têm acesso ao Beira-Rio. Também não podem acompanhar pela TV. Sabemos que o futebol moderno exige certas adaptações, mas é preciso que a ruptura seja tão drástica? É preciso cobrar preços exorbitantes pelos ingressos e majorá-los em 100% nas competições mais importantes? É preciso abrir cada vez mais espaços elitizados no estádio, sem propor soluções populares para o desparecimento da coreia, por exemplo?

É contra isso que nos revoltamos. Por favor, pensem nisso e vejam se é justo que sejamos chamados de “secadores” e “corneteiros”, quando tudo o que queremos é somente o que todos os Colorados querem: que o Inter continue sendo o clube mais vencedor do Brasil e um dos maiores do mundo.

CONSIDERAÇÕES SOBRE A RESPOSTA À CARTA

Prezado Andreas:

Em nome do nosso grupo de torcedores, agradeço a tua atenção em responder aos nossos questionamentos. Tenho algumas considerações a fazer acerca da tua manifestação, não sem antes lembrar e deixar claro que todas as nossas manifestações encerram-se no âmbito institucional, sem nenhuma implicação de ordem pessoal .

1. Quanto ao seminário sobre a profissionalização, pouco importa o objetivo do evento, mas, na nossa opinião, quando se trata de um assunto de tamanha importância, ele deve ser difundido e debatido da mais ampla forma possível. Principalmente quando a sua chamada inclui as seguintes declarações do PRESIDENTE do clube:

“Com um faturamento de 163 milhões de reais no ano passado, atrás apenas do São Paulo Futebol Clube, a diretoria está sentindo falta de mais controle sobre a administração e, por isso, quer mudar.”

"Nós conseguimos controlar muito pouco do que nós deveríamos. Sempre que há uma negociação ou novos contratos, temos a sensação de que a administração está recebendo menos do que deveria. O clube não consegue controlar na ponta do lápis as contas.”

Ratifico o que eu disse na carta: essas declarações deveriam ensejar um processo de impedimento de quem as deu, porém, ao contrário do que se poderia esperar, não soube de nenhuma manifestação de vocês, conselheiros e membros do BV, sobre o assunto. Agora que já ocorreu o evento, será que não deveria haver algum comunicado ou qualquer tipo de informação aos torcedores? Não sabemos de absolutamente nada do que aconteceu lá dentro. Talvez tenham sido encaminhadas decisões importantíssimas. Ou não. Como saber? Desculpe-me, mas não posso concordar com a ideia de que isso signifique transparência.

2. Faremos contato pelo e-mail, conforme tu sugeriste, entretanto, eu mesmo já enviei diversos e-mails para o BV e NENHUM, isso mesmo, NENHUM obteve resposta. Já entrei nos fóruns de discussão do blog BV e NUNCA, repito, NUNCA consegui um retorno. Já propus questionamentos, por exemplo, acerca dos absurdos que a atual direção comete contra os sócios do Parque Gigante e não houve NENHUMA manifestação por parte dos conselheiros ou dos membros do BV.

3. Quanto às maneiras com que vocês se comunicam com os torcedores, tenho a dizer que o meu acesso ao mundo virtual é feito basicamente pela minha conta de e-mail, e recentemente pelo nosso blog, e desde a eleição NUNCA recebi nenhum e-mail do movimento, algo bem diferente do que ocorria quando da campanha para a eleição, quando diariamente recebia informações. Participei de uma reunião realizada na churrascaria Giovanaz, no ano passado, preenchi um cadastro informando e-mail, telefone, etc., e NUNCA recebi nenhum comunicado.

No que diz respeito às demais formas de comunicação, meus amigos que administram junto comigo o blog “Inter de Todos – o blog do torcedor que torce e vota!”, os quais acessam com muita frequência o orkut, o twiter e outros meios, me passam informações dando conta de que as manifestações são sempre vagas e superficiais, tanto que nenhum de nós, além de outros Colorados com quem conversamos, sabe de fato qual o posicionamento político do BV, e agora do Convergência, frente à eleição que se aproxima. Como podemos apoiar um movimento que não declara de que lado está? Dizer que o trabalho está baseado em ideias e não em nomes é uma resposta absolutamente evasiva, pois, por exemplo, temos convicção que se a próxima gestão for capitaneada pelo sr. Luigi, tudo ficará como está e tenderá a piorar, porque entendemos que são os nomes que expressam e conduzem as ideias. Assim, não acho que esperar até bem pouco tempo antes da eleição para definir a posição do movimento seja uma atitude condizente com quem se diz tão próximo ao torcedor.

Por outro lado, tu falas que há grande envolvimento de associados que não são conselheiros nas atividades do movimento. Pergunto: por que falar apenas em associados? Acaso aqueles que não são sócios são menos Colorados? Obviamente o ideal é que todo Colorado seja contribuinte do clube, mas não esqueçamos que há muita, mas muita gente mesmo (milhares e quase milhões, eu diria), que assistia aos jogos na coreia, por exemplo, que não tem condições de pagar as mensalidades sociais, por menores que sejam (e elas não são baixas!) . Esses devem ser mantidos à margem, apenas porque não representam massa votante? É bem provável que essas pessoas tenham excelentes contribuições a dar. Pois essa é justamente uma das nossas indignações em relação à postura da atual direção, que nas suas falas só se dirige aos sócios, como se só esses tivessem direito de ouvir as manifestações oficiais.

4. Dizer que esse tipo de diálogo é inédito na história política do CLUBE DO POVO é desconhecer a sua própria história, construída na participação maciça dos TORCEDORES dentro do clube. Claro que antes não existia internet, mas existia Portão 8. E antes do Portão 8 existia o Estádio Eucaliptos, onde a torcida conversava (e protestava) com jogadores, treinadores e diretores diretamente (sei disso por notícias que o meu falecido pai, frequentador do Eucaliptos desde o seu início, me passava) e por aí afora. O torcedor SEMPRE teve participação direta nas decisões do Inter, daí o seu histórico apelido de CLUBE DO POVO, o qual esta gestão faz questão de omitir.

Claro que a partir dos anos 80, coincidentemente a partir da ascensão ao poder do chamado Império Otomano, o torcedor começou a ficar cada vez mais afastado do clube. E esse processo se intensificou muito a partir de 2002, com a tomada do poder pelos novos “donos” do Inter. Contudo, dizer que foi o Movimento BV que inaugurou o sistema de aproximação com a torcida é como avalisar o discurso subliminar da direção, que quer fazer parecer que o Inter só se tornou um grande clube depois de 2002. É uma postura arrogante com a qual jamais vamos concordar!

Nesse ponto, a propósito, quero fazer uma colocação sobre uma afirmação que fizeste anteriormente, dizendo que nenhum outro movimento destaca o seu coordenador geral para responder aos questionamentos feitos por torcedores. Primeiramente, não me manifesto em relação a outros movimentos porque votei e apoiei o BV e é para ele que entendo que devo dirigir as minhas cobranças. Por outro lado, tu consideras um grande diferencial que o coordenador geral faça as comunicações com a torcida? Pois eu considero isso apenas o cumprimento mínimo de uma obrigação! Ou será que devo imaginar que o coordenador geral está acima do bem e do mal? Pela tua colocação, parece que tu estás fazendo um grande favor em nos responder. Não me parece ser esta a postura ideal de quem representa os interesses de uma torcida junto a um Conselho Deliberativo e que, inclusive, contou com esses representados para lá chegar e para lá se manter.

5. Por último, sim, gostaríamos, meus amigos e eu, de ter maiores informações acerca da atuação do BV e, principalmente, do seu posicionamento na política do clube. Para tanto, poderíamos começar por esclarecer quem faz parte do Convergência Colorada, sem respostas evasivas, como “mais de 80 conselheiros”, e qual a tendência de apoio na eleição presidencial. Não é necessário dizer que ainda não podem ser citados nomes, porque não há nenhuma candidatura aberta até o momento, mas pelo menos digam se estão afinados com a situação ou não, se formam ou não um bloco oposicionista, enfim, digam a que vieram!

Esses são alguns questionamentos, os quais, entre outros, podem ser analisados com maiores detalhes no nosso blog.

Atenciosamente,

Rodrigo Navarro Lins de Aguiar.

terça-feira, 25 de maio de 2010

BRASILIEIRÃO E REFLEXOS NA LIBERTADORES

By França
Ao final do jogo do último domingo, confesso que me bateu um certo "pessimismo" para o jogo da Libertadores contra o São Paulo. Mas depois, de cabeça fria, e analisando o VT do jogo no 39, observei que com a entrada do Tinga no meio campo e uma aplicação tática um pouco mais firme, temos plenas condições de passar pelos caras. Quanto ao adversário, na minha opinião, não passa de um time com uma ou duas boas peças, e bem aplicado taticamente.

Pra finalizar, acho que devemos esperar pra sofrer depois da copa, quando a bola começar a rolar no gigante. Mas reforço, ainda assim, minha posição perante a direção de futebol segue a mesma.

RÁPIDAS

1 - NILMAR - Segundo José Aldo da Gaúcha


No fechamento do Plantão dos Esportes na gaúcha, na noite de segunda-feira dia 24, o jornalista José Aldo Pinheiro disse que, com forte certeza, o Inter estaria tentando dar uma cartada para repatriar NILMAR durante o período da Copa do Mundo

Foi um pouco antes do início do programa Brasil na Madrugada

E eu pergunto mais uma vez, independente da veracidade da notícia ou não

VALEU A PENA TEREM VENDIDO O NILMAR ANTES DO FIM DO CAMPEONATO BRASILEIRO?

2 - SURPREENDENTE, MAS NEM TANTO

Ontem, também na Rádio Gaúcha, Cláudio Bier levantou alguns fatos, entre eles a presença no clube e, por conseguinte, gastos com jogadores do quilate de BUSTOS e JI-PARANÁ. Até quando o Inter vai ser dadivosa TETA de jogadores encostados?

Até quando os empresários, e não o técnico (ou como queiram chamar o carinha na beira do campo) definirão as escalações dos times?

Até quando?


quinta-feira, 20 de maio de 2010

CARTA AO BV

Porto Alegre, 20 de maio de 2010.

Senhores Conselheiros:

No último dia 13 recebi, por intermédio do blog Supremacia Colorada, que se diz o blog do torcedor do Inter, um mail contendo uma postagem feita pela senhora Luciana Carvalho, que, a propósito, pode ser ou não da família do Sr. Fernando Carvalho, dado o seu sobrenome. Esta postagem recebeu o título “O Inter quer reestruturar a gestão”. A seguir aponto alguns detalhes que não foram bem compreendidos por mim e por alguns Colorados com quem comentei o assunto.

“Com um faturamento de 163 milhões de reais no ano passado, atrás apenas do São Paulo Futebol Clube, a diretoria está sentindo falta de mais controle sobre a administração e, por isso, quer mudar.”

Gostaria de saber se os senhores entendem como admissível que a direção de um clube que tem este faturamento milionário admita que não tem um controle eficaz sobre a sua administração. Cabe lembrar que a gestão atual está por completar oito anos à frente da administação e os seus integrantes sempre afirmaram que a chegada ao cargo máximo foi precedida por um largo tempo de preparo e estudo sobre o clube.

As palavras do presidente são estarrecedoras e por si só ensejariam um processo de impedimento da atual diretoria: "Nós conseguimos controlar muito pouco do que nós deveríamos. Sempre que há uma negociação ou novos contratos, temos a sensação de que a administração está recebendo menos do que deveria. O clube não consegue controlar na ponta do lápis as contas.”

Outrossim, no que diz respeito especificamente ao Movimento Inter BV, e que motiva esta carta, é o seguinte trecho da notícia: “Para tentar reorganizar a gestão do clube e propor soluções, dirigentes e conselheiros vão se reunir nos dias 14 e 15 deste mês no seminário "Profissionalização, sim ou não?", no complexo Beira-Rio, estádio do clube.”

Quando da última eleição para o Conselho Deliberativo, eu, assim, como muitos outros Colorados que fazem parte das minhas relações pessoais, fomos conclamados a apoiar a chapa do Movimento BV. Fizemos campanha, arregimentamos eleitores, convencemos outros sócios para que fizessem parte da nominata, a fim de viabilizar a candidatura, enfim, trabalhamos com afinco em prol do projeto do Movimento, o qual supunhamos contemplasse uma atuação efetiva no âmbito do Conselho, caso eleitos alguns nomes, em benefício dos sócios e da torcida Colorada de uma forma geral.

Dois anos passados e as expectativas vão se frustrando mais a cada dia. Não conseguimos observar nada do trabalho que imaginamos seria feito pelos conselheiros eleitos pelo Movimento. O ápice, porém, ocorreu quando da divulgação da notícia da realização deste seminário. Um evento desta importância, cujas deliberações poderão alterar em todos os níveis o Sport Club Internacional, clube para o qual dedicamos uma boa parte de nossas vidas, nos é comunicado com um dia de antecedência e sem que tenhamos nenhuma possibilidade de refletir sobre o assunto e expor algumas das nossas ideias, para que fossem levadas aos participantes do seminário. Sentimo-nos traídos e não poderia ser de outra forma!

Não podemos ver nisso uma atitude condizente com a atual condição dos senhores, que devem ser os representantes da torcida junto às instâncias administrativas do clube, s.m.j., como gostam de anotar os bacharéis. Teriam os senhores, porventura, passado a desconsiderar que só alcançaram os objetivos propostos com a nossa ajuda? Estariam agindo como boa parte dos agentes políticos tradicionais, que vão ao povo no momento de angariar votos e depois simplesmente viram as costas para esse mesmo povo? Pois não é outra a impressão que temos diante da sua atuação até o momento, impressão esta que se transforma quase em certeza quando percebemos que somos alijados da possibilidade de participação de um processo de extrema importância para o clube, que pode mesmo transformar a sua natureza, o que se depreende particularmente a partir da idéia de criar uma empresa para administrar o Internacional. Nós, fiéis torcedores do Clube do Povo, que contribuímos mensalmente há muito tempo, por intermédio do pagamento das nossas mensalidades sociais e que apoiamos o Inter em todos os jogos no Beira-Rio e, dentro de nossas possibilidades, até em outros estádios, devemos ser os últimos a saber das notícias do clube? Devemos aceitar passivamente o fato de que um dia poderemos acordar torcedores de uma empresa e não mais de um clube de futebol?
Que a direção delibere e tome decisões importantes ao arrepio da torcida nós entendemos, embora não aceitemos, porque se trata de prática da gestão, mas isso vindo de conselheiros que ajudamos a eleger É UM ABSURDO!

Senhores, avalizados pela condição de eleitores dos conselheiros que integram o seu Movimento, exigimos explicações quanto a esse lamentável fato, que indica com bastante força para a possibilidade de que o seu verdadeiro projeto esteja relacionado a uma satisfação pessoal de cada um, dado o status conferido pela posição de conselheiro, e não a um trabalho voluntário em benefício do Sport Club Internacional e de sua torcida.

Escrevo em meu nome e em nome dos meus companheiros Colorados que, junto comigo, criaram o blog “Inter de Todos – o blog do torcedor que torce e vota”, que pode ser acessado no endereço eletrônico http://interdetodos.blogspot.com. Aproveito para convidá-los a visitar o nosso blog e conhecer um pouco das nossas ideias e das nossas ações, como por exemplo a nossa atuação junto aos órgãos de imprensa, que, sem falsa modéstia, foi decisiva no recuo momentâneo da direção em substituir definitivamente o nosso histórico mascote, o Saci, pelo macaquinho, que deveria aparecer somente como símbolo dos projetos sociais do Internacional. Esse e outros assuntos da maior importância são debatidos naquele espaço, de forma democrática e aberta à mais ampla participação de todos, como exige toda e qualquer iniciativa que envolva o eterno Clube do Povo.

Aguardamos a sua manifestação.

Atenciosamente,

Rodrigo Navarro Lins de Aguiar,Sócio Fundador do Parque Gigante.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Goiás 2X3 INTER

Irmãos colorados,

Os 15 minutos iniciais do jogo de ontem entre Inter e Goiás foram os piores momentos que eu já vi em mais de vinte anos de futebol (quiçá os piores da história do futebol). No entanto, após uma sucessão de passes errados e lances grotescos de ambos os lados, Taison e Walter começaram a dar algum alento para o torcedor com suas jogadas individuais. Walter jogou muitíssimo bem, e Taison não estava mal. Quem estava mal, como sempre, fazendo parecer que o Inter jogava com dez, era Edu. Ele deveria ter saído já no intervalo. Aliás, não deveria nem ter iniciado a partida, não deveria sequer ter sido contratado.

Taison errou ao sair reclamando publicamente da troca e, conseqüentemente, do técnico. Mas eu pergunto: quem está mais errado, Taison ou Fossati e Fernando Carvalho? A quem estes dois querem enganar?

Em 2008, Iarley foi escorraçado do Beira-Rio com a desculpa de que estava velho e deveria abrir espaço para os jovens. Já estamos em 2010 e nenhum jovem teve oportunidade ainda. Marinho foi contratado por uma fortuna há mais de ano e ainda sequer estreou. Fernandão não foi repatriado porque, supostamente, estaria velho e em vias de se aposentar. Contudo, as "soluções" escolhidas para o ataque foram Edu e Kléber Pereira - ambos mais velhos ou com idade semelhante a do eterno Capitão e do gigante Iarley. Walter teve que se esconder durante um mês em casa para receber uma oportunidade, enquanto o ineficiente Alecsandro tem cadeira cativa no time (deve ter uma cláusula de titularidade no contrato dele...). Alex (o único que arriscava chutes a gol e cobrava pênalti e faltas com maestria) foi vendido com a desculpa esfarrapada de que Taison estava pronto para assumir a titularidade. Não estava e, agora, não lhe permitem sequer terminar uma partida pelo time reserva.

Desde 2007 somos comandados por dirigentes contraditórios, incoerentes e incompetentes. Há uma filosofia e uma política de futebol completamente equivocada, hoje, no Beira-Rio. Até quando a atual gestão pensa que vai se sustentar com Fernando Carvalho e o ano mágico, porém já distante, de 2006? Ou eles retomam o rumo certo, ou, como eles mesmos disseram aos nossos ídolos, A FILA ANDA...

sábado, 15 de maio de 2010

INTER x Estudiantes

O Inter jogou ontem o suficiente pra ganhar, o que não é tão pouco, levando em conta que o adversário é o atual campeão.

A defesa foi sólida e jogou com tranquilidade. Sim, vai se dizer que os caras não atacaram, mas isso é também é só uma parte da verdade, porque se eles não atacaram certamente foi porque de alguma maneira o Inter dificultou as possibilidades para que eles fizessem isso.

Acho que faltou mais movimentação no ataque (o nosso 9 continua se escondendo atrás da zaga), tanto que o time melhorou com a entrada do Taison, e que o meio jogou de forma excesivamente burocrática, com muitos passes laterais, sem profundidade, o que se explica, em parte, pelo ferrolhão que os caras montaram na marcação.

Faltou, também, um pouco de orientação para que as jogadas fossem mais pelas pontas, porque pelo meio desde o início do jogo ficou claro que ia ser praticamente impossível.

E finalmente o Sorondo aproveitou a estatura privilegiada. Tomara que continue sempre assim.

Por último, o que não se explica de jeito nenhum é que o time tenha um escanteio faltando segundos pra acabar o tempo de acréscimo e os caras não arrisquem meter a bola na área. Na pior das hipóteses, a zaga ia afastar e o juiz ia terminar o jogo, como aconteceu logo que a cobrança curta aconteceu.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

JOGO E DIVULGAÇÃO

Hoje estaremos, como sempre, no Gigante da Beira-Rio, ajudando a empurrar o Inter para mais uma vitória gloriosa sobre os hermanos.

Aproveitaremos a oportunidade para fazer uma rápida divulgação do nosso blog, por intermédio de um pequeno panfletinho por nós elaborado.

VAMO INTER!

FERNANDOS

Aos seus detratores, Fernandão mostrou ontem as suas atuais condições. Enquanto isso, o Fernando daqui diz que não conseguiu ligar pra ele.

E dá-lhe Kléber Pereira...

segunda-feira, 10 de maio de 2010

INTER X BANFIELD

O Inter finalmente fez um jogo como se espera que faça. Manteve o controle durante todo o tempo. Não se apressou e teve um aproveitamento razoável, pelo menos eficiente para a classificação. A escalação foi apropriada. Continuo não gostando da nossa zaga, mas para um jogo decisivo, contra um time argentino, não havia muita opção. Era preciso escalar jogadores experientes. O Bolívar e o Sorondo jogaram bem, mesmo que não tenham sido exigidos. Há que se lembrar que em outras ocasiões, mesmo sem que fosse exigida, a nossa zaga naufragou. O Eller pela lateral não comprometeu e ainda deu o cruzamento para o gol do Walter. Neste lance, a propósito, como em muitos outros, a participação do D'Alessandro foi fundamental, pois praticamente obrigou o Eller a passar para receber a bola e cruzar.

O meio esteve bem, com Andrezinho fazendo feijão-com-arroz e com o D'Alessandro com vontade de jogar, depois de muito tempo.

O ataque cumpriu a missão de fazer dois gols, mas poderia ter feito mais se o Alecsandro não tivesse uma fixação por se esconder atrás da zaga, ou fugir da área no momento do ataque. Aliás, observando o jogo, começo a pensar que os nossos laterais/alas às vezes levam uma culpa que não é deles. Explico: temos pouquíssimos cruzamentos perigosos durante o jogo, mas eu acho que a gente tem que observar se o problema está nos próprios cruzamentos ou no mau posicionamento do avante.

No aspecto coletivo o Inter esteve bem, embora o Banfield não tenha feito absolutamente nada para comprometer a nossa atuação.

O plano físico, que era a grande incógnita, em função dos problemas da semana, apresentou um resultado satisfatório. Pela primeira vez no ano, talvez, o time tenha terminado o jogo inteiro.

As substituições foram bem feitas e deram boa resposta. A entrevista do Fossati depois do jogo também foi bem interessante.

Não ouvi o presidente e o FC falou as mesmas coisas de sempre, mas admitiu que cometeu erros no planejamento, dizendo que o Inter ainda não encontrou a melhor maneira de contemplar duas competições simultâneas, o que é um absurdo, considerando que a gestão já está lá há oito anos. Um time grande, que quer estar entre os melhores do mundo, não pode ter problemas para enfrentar duas competições, sendo que numa delas joga contra adversários de baixíssimo nível (Gauchão).

Gostei da atitude do Abbodanzieri, que chamou os jogadores para saudar a torcida após o jogo. Pode ter sido meramente uma jogada de efeito, pra ganhar o apoio da torcida, mas sempre funciona. O Clemer fazia muito isso e sempre deu certo.

Essa é, em síntese, a minha opinião sobre o jogo.

Encerro com algumas perguntas: por que o Inter não joga sempre com essa vontade? Por que o time não consegue manter esse ritmo de jogo em todos os jogos? Por que o técnico insistia em Edu e Kléber Pereira? Por que o D'Alessandro leva tanto tempo para resolver mostrar o seu futebol, como fez ontem? Por que a nossa zaga não joga ocupando os espaços da defesa, como ontem? Teria mais uma série de perguntas, mas por enquanto deixo apenas essas para reflexão.

Espero que o jogo contra o Banfield tenha representado efetivamente uma mudança de postura do time, do técnico e mesmo da direção. Vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

A seleção do gauchão e o S.C. Internacional.

As notícias se atropelam e, por vezes, deixamos escapar uma ou outra coisa. Foi o que aconteceu com a notícia da divulgação da seleção do último gauchão. Então, antes tarde do que nunca, vamos aos fatos:


A eleição para a escolha dos melhores do campeonato foi feita pela internet;

Como resultado final o gfpa se fez representar por oito jogadores, o S.E.R. Caxias por dois jogadores, o E. C. Novo Hamburgo teve dois jogadores indicados e o E. C. São José um jogador indicado. Já o S. C. Internacional não teve nenhum de seus bem pagos atletas escolhido para compor o referido selecionado;


O Assessor de Futebol do Inter, Roberto Siegmann, disse que “isso é uma vergonha” e que discorda sobre a forma como a eleição ocorreu.

Segue texto publicado por Hiltor Mombach em sua coluna do Correio do Povo no último dia 04 de maio:


“VOTAÇÃO

Do site do Grêmio (www.gremio.net): GRÊMIO FORMA A BASE DA SELEÇÃO DO CAMPEONATO GAÚCHO. Site do Inter ignora a votação. Seleção não tem nem um jogador do vice-campeão. Incrível: colorados não conseguiram botar um jogador na seleção do Gauchão!!!! A votação se deu por Internet. Incrível: o Caxias teve o craque do campeonato e os colorados não colocaram nenhum jogador na Seleção!!! Incrível!!! O Novo Hamburgo teve Paulinho na Seleção e os colorados não conseguiram colocar Kleber!!! Incrível. Torcedor colorado não tem computador ou não gosta de votar? O NH tem torcedor na Seleção, o Zequinha tem, o Caxias tem e o Inter não tem!!! Que coisa, minha gente. Como ficaria a votação se o Inter tivesse vencido por 2 a 0 domingo e conquistado o regional nas penalidades??? Divulgariam um selecionado sem nenhum jogador do Inter????


Postado por Hiltor Mombach - 03/05/2010 22:13 - Atualizado em 04/05/2010 11:14

http://www.correiodopovo.com.br/Opiniao/?Blog=Hiltor%20Mombach&Post=134198


Senhor Siegmann. Sou obrigado a concordar com o senhor. Isto é uma VERGONHA realmente. Uma vergonha para todos os que torcem para o Colorado, mas principalmente para quem o conduz.


Mas vamos analisar o que ocorreu: As eleições foram pela internet e o Internacional não sabia? Me parece óbvio que sabia, pois isso foi amplamente divulgado, tanto que milhares de pessoas votaram.


Podemos interpretar isto de duas maneiras: o Internacional realmente não se mobilizou para que seus torcedores votassem em seus jogadores, ou isso não ocorreu simplesmente porque o desempenho do time não motivou seus torcedores a votarem.


O Hiltor Mombach fala bem quando diz que se o Colorado fosse campeão, em função de a eleição ter sido finalizada antes do último jogo das finais, mesmo assim não teria sido representado na tal seleção. É lamentável e certamente a culpa não é do torcedor.

Estamos utilizando este espaço(agora com outro nome) há algumas semanas e, naturalmente, temos recebido muitas críticas. Gostaria de saber se algum dos que nos criticam aqui, votou na tal eleição.


Viva o Colorado!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

DESMISTIFICANDO A ATUAL DIREÇÃO

Eis um dos principais problemas da imprensa:

A incapacidade de analisar os fatos, ou melhor, analisá-los como lhe convém. Além de jogar "informações" distorcidas no ar.

Atentem para este trecho (retirado do blog do Nando Gross em http://wp.clicrbs.com.br/nandogross/2010/05/05/as-coisas-se-repetem/?topo=77,1,):

"Isto já tinha acontecido na gestão Fernando Miranda e o resultado não foi bom, tanto que o ex-presidente tratou de se afastar completamente do clube depois de dois anos sem ganhar nada, nem ao menos um Gre-Nal."

O fato de o ex-presidente colorado Fernando Miranda não ter ganhado nenhum gre-NAL e ter se afastado do Clube depois de terminado seu mandato não tem nada a ver com policiar ou não a imprensa. Fernando Miranda talvez seja o dirigente mais injustiçado da história política do Inter. Se dentro de campo as equipes montadas por ele não foram um primor e não obtiveram resultados satisfatórios, a reorganização e a reestruturação do Inter enquanto Clube, instituição, deve-se muito ao seu trabalho sério e corajoso.

O trecho acima, do blog do Nando – que é um jornalista sério (um dos poucos jornalistas sérios deste país, aliás), serve apenas para aumentar o número de alienados e iludidos eleitores da atual gestão, encabeçada por Fernando Carvalho.

Explico: este comentário descontextualizado sobre a gestão F. Miranda faz com que aqueles que se deixam levar única e exclusivamente por resultados a curto prazo e que não acompanham o dia a dia do Clube caiam naquele velho papo maniqueísta de que “ruim com FC & cia., pior como era antes”.

Mas não é bem assim! Vamos aos fatos:

1 - F. Miranda teve seu projeto abortado antes do tempo. Durante a gestão dele em 2000/01, o Inter nunca passou perto da divisão do gfbpa. Ao contrário do que ocorreu no primeiro mandato de F. Carvalho, quando o Inter quase foi rebaixado em 2002.

2 – A gestão F. Miranda não ganhou nenhum gre-NAL, é verdade. Mas cabe lembrar que, na época, o gfbpa contava com uma parceria da I$L que injetava milhões de dólares nos cofres deles (e num período em que o dólar estava em alta). Enquanto isso o Inter tratava de pagar as contas e resgatar credibilidade no mercado após sucessivas gestões desastrosas e maléficas nos anos 80 e 90 (das quais, inclusive, FC era parte integrante, como ele mesmo relata em seu livro “De Belém a Yokohama”, nas páginas 55-64).

3 – F. Miranda teve um grande mérito: ele, e seus companheiros de gestão, foi voz isolada contra as tais parcerias, que eram moda na época e atiçavam os ditos grandes clubes brasileiros. O tempo se encarregou de mostrar que F. Miranda tinha razão sobre esta questão. Quando os outros faliram e caíram ou retornaram para a 2ª divisão (casos de Palmeiras e gfbpa, respectivamente), o Inter permaneceu firme e forte, retomando um crescimento, lento, mas gradativo

4 – Os resultados de campo da gestão F. Miranda são pífios se comparados a 2006. Mas 2006 só pode ser comparado a 1940/45 e 1975/76/79. No campo, as coisas não foram tão ruins como, hoje, se faz pensar.

Em 2000, no brasileirão, o Inter chegou até as quartas-de-final (o campeonato ainda era disputado no mata-mata) e só foi eliminado pela total infantilidade do Leandro Guerreiro, hoje no Botafogo, que perdeu uma bola na lateral do campo e permitiu que o Cruzeiro fizesse o gol da classificação lá no Mineirão. Ficamos em 6º.

O time comandado por Zé Mário - ilustre desconhecido e desacreditado, mas que fez um trabalho imensamente mais competente do que Celso Roth, Ivo Wortman, Lori Sandri, Joel Santana, Alexandre Gallo, estes todos contratados de FC.

Em 2001, lutamos até a última rodada para ficar entre os oito que se classificavam à fase seguinte do brasileirão, mas a escassez de recursos e a conseqüente escassez de qualidade do time, aliada à teimosia ancestral do Parreira, não permitiu que fossemos adiante no campeonato. Acabamos em 9º.

5 - Já o F. Carvalho ganhou a América e o Mundo apenas no último ano de gestão, graças a uma mudança estrutural e administrativa que iniciou bem antes e que possibilitou a ele e seus asseclas executarem uma política de futebol vitoriosa a longo prazo (leia-se em 2005/06). Cabe lembrar que o FC teve um primeiro mandato pífio, pior do que o único mandato do F. Miranda.

Recordar é viver:

Já sob a gestão F. Carvalho, em 2002, o Inter esteve à beira do rebaixamento, escapando na última rodada de forma dramática (e até suspeita para muitos). Ficamos apenas na 21ª colocação.

Em 2003, acabamos em sexto lugar no brasileirão, perdendo a vaga na libertadores na última rodada de forma melancólica e vexatória (5x0 diante do São Caetano, quando bastava um empate). Ou seja, mesma posição obtida em 2000 na gestão F. Miranda.

Então: sob a gestão F. Miranda 2000/01 atingimos o 6º e o 9º lugar. Sob a primeira gestão de F. Carvalho atingimos apenas o 21º e o 6º lugar.

Agora, digam-me: qual gestão esteve mais próxima do sucesso?

Daí, em 2004, vem um mandato tampão de F. Carvalho, por aclamação, sob a alegação de que assim as eleições para presidente e para o conselho deliberativo seriam unificadas.

Mas o futebol foi mal de novo. Após sucessivas trocas de técnicos, acabamos o brasileirão apenas na 8ª colocação, sem disputar absolutamente nada (e FC & Cia. ainda falam em planejamento...).

Só em 2005 e 2006, já no terceiro mandato de F. Carvalho, as coisas se ajeitaram e o Inter ganhou títulos relevantes (como havia sugerido João Paulo Medina, lá em 2000, quando foi ridicularizado pelo famoso “Relatório Medina”. O curioso é que até hoje ninguém da imprensa teve a decência de se retratar sobre isso. Pelo menos eu não vi).

Digo isso tudo para que fique bem claro para os alienados e oportunistas de plantão que a questão política e institucional no Inter não se resume a “antes de FC" e "depois de FC", nem que “só o FC pode ganhar títulos". A questão tampouco se resume à dicotomia “reeleger eternamente FC e seus asseclas ou retornar aos anos 80 e 90". É curioso isso, porque no livro “De Belém a Yokohama", páginas 102-106, o próprio FC lembra que durante sua campanha como candidato à presidência enfrentou muita resistência de torcedores e conselheiros por ter feito parte das gestões de Asmuz, Záchia & Cia. nos anos 80 e 90. Teve, inclusive, que promover um amplo debate para desvincular sua imagem dessas gestões nefastas.

Ouço/leio também muita gente que diz o seguinte: “o FC fez do Inter um Clube grande de verdade". NÃO, NÃO e NÃO!!!

O Inter SEMPRE foi grande, desde 1909, porque nasceu sob o ideal nobre de dar espaço aos desfavorecidos e excluídos também, ao contrário de outros Clubes que não aceitavam pobres e negros em seus quadros sociais, por exemplo!

O Inter ficou ainda maior nos anos 40 e 50 (bem antes do seu FC nascer) e atingiu um patamar superior nos anos 70, quando o FC era apenas um torcedor anônimo, como muitos de nós.

O FC, eis o seu grande mérito, ajudou a retomar o rumo das vitórias, porque grandeza nunca deixamos de ter. O problema é que o próprio F. Carvalho está virando as costas para tudo isso.

Estamos aqui justamente para lembrá-los de tudo isso e resgatar nossos valores, nossas tradições, nossa História!

ACORDEM!!! O Inter NÃO nasceu em 2002!

terça-feira, 4 de maio de 2010

"OS JOGADORES NÃO ESTÃO ENTENDENDO 50% DO QUE EU DIGO"

A declaração estarrecedora que estampa o título desta postagem foi dita pelo titular da preparação física do Internacional, sr. Alejandro Valenzuela. Transcrevi toda a entevista, publicada na Zero Hora de hoje, no caderno de esportes, para evitar que alguém suspeitasse que eu retirei frases do contexto. Ei-la:

“Os jogadores não estão entendendo 50% do que digo”
Alejandro Valenzuela, Preparador físico do Inter

É o próprio Alejandro Valenzuela, o preparador físico do Inter, quem admite: o time tem caído de rendimento no segundo tempo. Aos 45 anos, o profissional, que acompanha Jorge Fossati há quase duas décadas, revela seu desapontamento com a resistência dos jogadores em aceitar e entender o trabalho no Beira-Rio. Valenzuela se queixa de que muitos deles não levam a sério a sua forma de aplicar a atividade diária.

Em entrevista concedida a ZH durante 30 minutos no gramado suplementar, um dia após a perda do título gaúcho, o preparador falou em tom de desabafo. Não esperava encontrar tamanha dificuldade por parte dos brasileiros do grupo. A língua poderia ser entrave. Mas até no Catar não houve tamanho obstáculo.

– Eu falo e, quando olho para eles, sinto que não entenderam 50% ou 60% do que disse – lamenta.

Não é o mesmo que acontece com Guiñazu. O volante é exemplo de dedicação nos treinos, porque compreende o que está sendo pedido. Ontem, por uma hora e 30min, o treino foi de cruzamentos e chutes a gol. Nem todos encararam o trabalho com a entrega que Valenzuela queria. Suspeita que os brasileiros, por serem naturalmente talentosos, não se dediquem tanto aos treinos. Como o seu trabalho e o de Fossati são integrados, os treinos físicos são realizados com bola. Como na escola europeia, valoriza espaços reduzidos – e isso não estaria sendo bem aceito pelo grupo.

Ainda assim, atesta: o pico da preparação física deverá ocorrer nesta quinta-feira, quando o Inter decidirá o seu futuro na Libertadores contra o Banfield. Os principais trechos da entrevista:

Zero Hora – O Inter está cansando no segundo tempo?

Alejandro Valenzuela – Sim, nos últimos jogos o time tem caído no segundo tempo. A equipe corre a 140km/h no primeiro tempo e gasta mais nafta (combustível). No segundo, a velocidade baixa para 100km/h. Além disso, pegamos um Grêmio bem preparado e mais descansado.

ZH – Por quê?

Valenzuela – Estamos jogando duas decisões por semana desde o dia 18 de abril. E a preparação não está homogênea. Por exemplo: Sandro e Giuliano cansaram no segundo tempo do Gre-Nal. Giuliano estava ansioso para jogar, queria ganhar de qualquer jeito. Sandro vem de um desgaste grande. Eller e Walter tiveram paradas nessa temporada.

ZH – Mas, no futebol, é comum jogar às quartas e aos domingos.

Valenzuela (suspiros) – Muitas vezes o jogador não interpreta o treino que eu dou como trabalho físico. O Guiñazu compreende bem isso, trabalha com afinco até ficar esgotado. Quando a produção começa a cair, paramos o treino, encerramos o dia para não passar do ponto. Sinto que falta esta consciência para alguns, que não se esforçam. Acho que ainda não entenderam que eu e Fossati trabalhamos a tática e o físico juntos.

ZH – O senhor se refere ao problema de falar espanhol?

Valenzuela – Não sei se é só isso. Eu falo e, quando olho para eles, sinto que não entendem 50% ou 60% do que digo. Mas pode ser algo cultural também. Como o brasileiro tem muita técnica, ele acha que não precisa se esforçar tanto, se dedicar ao máximo aos treinos, como eu gostaria.

ZH – Mas isso não pode ser exigido dos jogadores? Uma dedicação maior?

Valenzuela (suspiros) – Estou chateado. Não consegui fazer com que os jogadores acreditassem no meu trabalho. Comprassem a ideia. Só sei que a parte psíquica, com a qual eu sempre trabalhei, a parte motivacional, não foi entendida até agora. Trabalhei em diversos países, e até no Catar. Eles falam árabe. Lá, treinava com um tradutor ao meu lado. Eu era totalmente compreendido. No Catar, me entende?

ZH – E para quinta-feira, como estará o pulmão do time?

Valenzuela – Nosso trabalho foi dividido em duas etapas. Uma espécie de Apertura e Clausura. A primeira fase vai até 6 de junho, antes da parada para a Copa. Devemos atingir o pico da preparação física no jogo contra o Banfield. Como a partida será na quinta-feira, ganhamos um dia.

ZH – Um dia faz tanta diferença assim?

Valenzuela – Já mudará as coisas. Até porque dormir e descansar é fundamental para a recuperação. O futebol gaúcho exige muito mais da parte física do jogador do que o carioca, por exemplo.

Há poucos dias fui acusado de secador por ter dito que o Inter não seria campeão gaúcho. Nós, que administramos este blog, temos sido alvo de críticas por parte da torcida Colorada, que nos chama de “corneteiros” e diz que preferimos o Inter das décadas de 80 e 90 a este Inter “vencedor”, comandado pela atual direção. Aceitamos essas críticas como parte do jogo democrático, que envolve troca de ideias. Todavia, esses que nos atacam não apresentam dados concretos que possam sustentar as suas ideias. Nós fazemos o contrário. Apresentamos opiniões alicerçadas em fatos e fornecemos as fontes. É o caso desta entrevista, que eu diria no mínimo inoportuna, quando estamos nas vésperas de uma decisão de vaga na Libertadores. Passo a analisar particularmente alguns trechos.

“resistência dos jogadores em aceitar e entender o trabalho no Beira-Rio” – Se há resistência dos jogadores ao trabalho proposto, pode restar alguma dúvida acerca da falta de comando no vestiário do beira-Rio? NÃO! O grupo de jogadores faz o que bem entende e a direção omissa, preocupada apenas com o tilintar das moedas, assiste a tudo passivamente, sem tomar nenhuma atitude!


“Nem todos encararam o trabalho com a entrega que Valenzuela queria” – Quando se contrata um preparador físico a pedido do técnico, mesmo contando com um dos melhores do país e do mundo, imagina-se que o seu trabalho vai ser respaldado pela direção. Se o próprio profissional diz que os seus comandados não se entregam ao trabalho, alguma coisa está muito errada. E o que faz a direção? NADA!

“Muitas vezes o jogador não interpreta o treino que eu dou como trabalho físico.” – Das duas uma: ou o jogador é muito burro, que não consegue entender a proposta de trabalho, ou não tem nenhum comprometimento profissional, estando lá só pra ganhar o seu gordo salário no fim do mês. Seja qual for, a situação exige uma intervenção efetiva da direção, que NÃO ACONTECE!

“Sinto que falta esta consciência para alguns, que não se esforçam.” – Esta frase fala por si só e responde inclusive ao questionamento anterior.

“Como o brasileiro tem muita técnica, ele acha que não precisa se esforçar tanto, se dedicar ao máximo aos treinos, como eu gostaria.” – Talvez Tesourinha, Garrincha, Pelé e alguns outros tivessem tanta técnica que pudessem prescindir de condicionamento físico. Há no grupo do Inter, atualmente, algum que esteja no nível dos exemplos citados? NÃO, NÃO E NÃO!!!

“a parte psíquica, com a qual eu sempre trabalhei, a parte motivacional, não foi entendida até agora.” – Bom se a parte física não funciona e a parte motivacional também não, entendo o salário pago a este profissional, que não deve ser baixo, como uma doação que a altruísta direção do Inter faz mensalmente para que ele não deixe de prover o seu sustento e de sua família... Por falar em parte motivacional, o Evandro Motta ainda presta serviços ao Inter?

“Devemos atingir o pico da preparação física no jogo contra o Banfield.” – Depois de tudo o que ele disse, uma declaração dessas parece um pouco estranha, não acham? Que Inter devemos esperar na quinta-feira? Aquele que morre no segundo tempo, como o próprio responsável pela preparação física assumiu, ou um novo Inter, corredor, pegador, marcador, com fôlego o tempo todo? Se este segundo Inter aparecer, o que eu espero, ainda assim restará saber o que mudou tanto em 5 dias, pois no g...Nal o que se viu foi o primeiro Inter.

Pergunto pelo planejamento alardeado por esta direção? Contratar um preparador físico que espera a derrota num campeonato, após 4 meses de trabalho, para declarar que algo muito estranho está acontecendo no trabalho diário não me parece ser o melhor exemplo de planejamento estratégico. Muito menos deixar o grupo de jogadores dominar completamente a situação e fazer o que bem entende, como ficou claro a partir da entrevista.

ACORDEM, MEUS AMIGOS COLORADOS, o Internacional está sem comando e sem rumo!!

Antes de nos criticarem por estarmos querendo defender e resgatar a história do nosso clube, preocupem-se, então, vocês também com as questões práticas do futebol.

Antes de dizerem que secamos o time por apontarmos os desmandos desta direção, reflitam sobre o que está acontecendo no momento e principalmente sobre o que nos espera logo ali na frente.

Antes de dizerem que somos saudosistas que perdemos o trem da história por não entendermos as políticas adotadas pelo padrão moderno de gestão desta direção, pensem se é normal que isso aconteça com um time que vem ano após ano sendo apontado como um dos melhores do país, mas que não faz com que isso se converta em vitórias e títulos.

De que adianta termos um belíssimo museu, um projeto de estádio de primeiríssimo mundo (que nunca sai do papel), uma administração perfeitamente afinada com as tendências do futebol moderno, se chegamos no meio do ano que sucede ao do centenário com uma produção ridícula dentro do campo e tendo que ouvir o próprio preparador físico dizer que o vestiário Colorado está totalmente esculhambado?

Tenho certeza que este não é o Inter que vocês querem.

Então venham conosco, vamos lotar o Beira-Rio para torcer pelo título da Libertadores e depois do Brasileiro, mas não vamos fechar os olhos para o que esta direção mercantilista e entreguista está fazendo do NOSSO clube!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

TRADIÇÃO X "MODERNIZAÇÃO"

Desde 01/01/2007 a atual gestão que comanda o Inter há quase uma década vem implementando uma política e filosofia de futebol mercantilista e uma administração elitista e arbitrária sob o pretexto da "modernização" do futebol, da "globalização", de "exigências do mercado". E, para explicar os desmandos e os erros sucessivos, usam uma palavrinha surrada e vazia: planejamento!

A geração conformista e passiva que já nasceu campeã do mundo em 2006 aceita tudo calada e ainda aplaude. Só podem ser cegos, ou burros, ou ambos! Não devem conhecer a história do Inter, o Clube do Povo, e seus ideais fundadores. É a única explicação plausível para tamanha acomodação e alienação. O momento é muito preocupante, a despeito dos resultados de campo - que já não são satisfatórios há quatro anos, mas podem iludir um ou outro oportunista de plantão.

Há um filme muito interessante nesse sentido, que opõe a tradição ao modernismo e ao modismo a qualquer custo: "O último samurai". A fala final do Imperador japonês no filme sintetiza bem o dilema atual do Clube do Povo:

“Eu tenho sonhado com um Japão unido, um país forte, independente e moderno.
E agora temos ferrovias, canhões e roupas ocidentais.
Mas não devemos esquecer quem somos ou de onde viemos
Embaixador Swanbeck, concluí que o seu tratado não atende os interesses do meu povo."

Passei longos treze anos esperando para ver o Inter campeão de algo que não fosse o campeonato gaúcho. Foram anos difíceis, de muita flauta dos rivais, mas me mantive firme e forte, orgulhoso do Clube para o qual eu torcia, porque o Inter tinha uma identidade, uma história bonita e ideais nobres e eu sabia que um dia a gangorra mudaria de lado novamente.

Torço para o Inter e não para os títulos. Durante muito tempo estive lá "de camiseta vermelha, o antigo escudo orgulhosamente no peito, desafiando todas as provações", como disse o Veríssimo numa belíssima crônica intitulada "Não me acordem". Se fosse preciso, eu agüentaria mais treze anos sem conquistas. Mas eu não agüento nenhum dia sequer que alterem a identidade do Sport Club Internacional, que é o que a atual gestão vem fazendo.

Já mudaram o emblema (várias vezes), a cor da camisa, nosso manto sagrado, sumiram com o Saci, fecharam a "coréia". Agora, acham normal e até comemoram derrota para o gfbpa. Onde tudo isso vai parar???

Ao contrário do Veríssimo, eu clamo: ACORDEM!!!
O que acontece de bom ou ruim no campo é reflexo direto do que acontece fora dele. É preciso resgatar urgentemente as tradições do Inter antes que seja tarde demais.

O Inter NÃO foi fundado em 2002.
DEVOLVAM O CLUBE DO POVO

domingo, 2 de maio de 2010

CRÔNICA DE UMA MORTE ANUNCIADA - II

Quando soube que não jogariam Sorondo, D'Alessandro e Alecsandro me animei e cheguei a cogitar de ir no g...Nal. Acabei mantendo a posição original e fiquei vendo pela tv.

O primeiro tempo foi promissor, com o time jogando bem, tendo bom volume de ataque e controlando o jogo. Quando foi necessário, o Abbodanzieri, que alguns dizem não servir pro Inter, mostrou, como já tinha feito o velho Clemer, que goleiro bom se vê na hora da decisão, mas isso é assunto pra outro momento.

No segundo tempo, inexplicavelmente, o time parou e eles dominaram o jogo. Será que o neófito Silas é tão mais técnico que o experiente e internacional Fossati? Não sei dizer, mas tirar o único atacante do time não parece ser a melhor estratégia pra quem precisa fazer pelo menos um gol no segundo tempo.

Ademais, optando por tirar um zagueiro, por que tirar o que está jogando melhor? Terá alguma coisa a ver com folha de pagamento, nome, etc.?...

Finalmente, enquanto alguém (direção, empresário, papa, ou seja lá quem for) obrigar o treinador a escalar o tal do Kléber pereira, não vamos a lugar nenhum.

O PIOR RESULTADO POSSÍVEL...

Explico:

1 - O fato de termos ganho do Grêmio por 1 x 0 será louvado aos quatro cantos do Beira-rio, em detrimento de uma realidade triste e fria, com um ataque inoperante onde a cereja do bolo (ou alegria tricolor, chamem do que quiser) chama-se KLÉBER PEREIRA, um jogador que está aposentado no mínimo há uns BONS dois anos. Agora, neste exato momento, estou ouvindo na Rádio Guaíba o nosso presidente dizendo que não queria ganhar o gauchão mesmo, que a taça do Grêmio foi carimbada e adjacências.

2 - Uma imagem vale mais do que mil palavras. A torcida do Inter festejava junto com a do Grêmio ao final da partida. Em outras épocas, o fato de fazer uma FESTA lá dentro da casa do rival, mediante qualquer circunstância, realmente serviria de alento no âmbito TORCIDA, entretanto, dado o retrospecto NEFASTO de omissão, de apoio incondicional equivocado e total evasão das críticas da torcida colorada em relação ao clube, o que está ruim só tende a piorar. Nunca nos esqueçamos que, por mais bonita que seja a festa, torcida nunca ganhou e NUNCA GANHARÁ jogo. Provavelmente a vitória de hoje contabilizará uns 5.000 torcedores a mais contra o Banfield, porém o time vai corresponder à tamanha expectativa?

3 - Apesar do resultado, NADA MUDOU. Se o Alecsandro não produz, seu substituto provavelmente não produzirá também. Foi o caso do Walter hoje. Giuliano, ao contrário do que muitas vozes bradavam, NÃO recuperou o bom futebol, pois apesar do gol, mal apareceu no jogo no segundo tempo. Os destaques positivos da jornada hoje foram SANDRO e o goleiro ABBONDANZIERI, e como qualquer entendedor de futebol básico sabe, quando a DEFESA se sobressai, algo está errado.

4 - Não podemos nos esquecer que, por trás de um time que não funciona COMO UM TODO, está um treinador que tem medo da própria sombra, e que, no frigir dos ovos, não é experiente nem em futebol de botão, pois o futebol sul-americano, ao contrário que muito COLORADOS NEÓFITOS pensam, não é e NUNCA SERÁ parâmetro pro futebol Brasileiro (especialmente o futebol equatoriano)

5 - A taça está, MERECIDAMENTE, no museu do Olímpico (que não é padrão FIFA)

CONSELHEIROS E DIRIGENTES DO SPORT CLUB INTERNACIONAL
A TORCIDA EXIGE MUDANÇAS DE PLANTEL E DE ATITUDE
MUDEM AGORA PARA NÃO TERMOS QUE NÓS, NO FINAL DO ANO, MUDAR

PROJETO SACI COLORADO – SUMIU TAMBÉM?

Até pouco tempo o Inter tinha um projeto social destacado, reconhecido e elogiado, chamado SACI COLORADO. Vejam:

“O Projeto Saci Colorado surgiu em 2005 como meio de viabilizar o cumprimento de obrigação judicial de forma alternativa, em substituição à pena de multa pecuniária imposta nos autos da ação movida pelo Ministério Público do Trabalho da 4ª Região. Conseqüentemente, o Sport Club Internacional, através da Fundação de Educação e Cultura (FECI), passou a desenvolver ações sociais voltadas para comunidades de Porto Alegre em situação de vulnerabilidade social, especificamente no aspecto educacional, buscando valorizar a realidade local e tornar a escola um espaço prazeroso de construção do conhecimento e resgate da cidadania”.

Mas de um tempo pra cá parece que o projeto foi escanteado, assim como o Saci. Tentei achar informações atualizadas sobre o projeto Saci Colorado no site oficial do Clube, mas a busca foi em vão. Nada consta lá. Apelei, então, para o Google, que tudo sabe. Encontrei esta página:

http://www.internacional.com.br/pagina.php?modulo=5&setor=61

No link acima há algumas informações (provavelmente desatualizadas) sobre o - antigo? modificado? extinto? – projeto:

Desde 2005, o Projeto já atendeu mais de 90 mil pessoas, demonstrando seu compromisso permanente com a inclusão social.”

O Saci Colorado, hoje, é um projeto âncora que se divide em ações sociais de caráter lúdico, artístico e esportivo que, através dos educadores sociais inseridos nas comunidades, leva aprendizado e informação às crianças, adolescentes e seus familiares. Isso com o objetivo de reduzir os níveis de evasão e de violência nas escolas, promovendo a inclusão social e resgatando a auto-estima dessa população, transformando sua realidade social.”

E pensar que dias atrás o Sr. Avancini justificou o sumiço do Saci porque supostamente a mascote oficial do Inter sofria “rejeição” por parte das crianças... Como um símbolo do Clube do Povo, do folclore brasileiro, personagem da obra de um dos maiores escritores da Literatura Brasileira, que dava nome a um projeto tão bonito e importante poderia ser rejeitado justamente pelo público alvo e beneficiário das ações desenvolvidas em nome dele??? É cada uma que inventam...

No fim do referido link há o endereço do site do projeto Saci Colorado (que sumiu também):

http://www.sacicolorado.org/

Tentei acessar este site, mas fui redirecionado para outra página:

http://www.cidadeescola.org/site/

Parece que o projeto Saci Colorado mudou de nome, ou também foi substituído. Será que os responsáveis pelo projeto Saci Colorado têm uma explicação pra isso? (e, se tiverem, espero que não seja tão pífia quanto a que deram para o sumiço do Saci e a imposição do macaco infantil).

O curioso é que se digitarmos no Google “Projeto Saci Colorado” aparecerá uma porção de sites e links relacionados, todos tecendo vários elogios ao projeto (que, ao que tudo indica, foi abortado sabe-se lá por que).

Por exemplo, no dia 06/03/2009, no site: http://educarparacrescer.abril.com.br/blog/isto-da-certo/page/4/ temos a promessa do presidente Vitório Piffero de que este projeto se transformaria em ação definitiva, conforme texto de Bettina Monteiro:

O projeto pouco tem a ver com futebol, mas fortaleceu o nome do Inter. “O clube tem de estar integrado à sociedade, às carências da população”, diz o presidente Vitorio Piffero, empolgado com os resultados de algo que nasceu como uma pena a ser cumprida… Mas que, ele promete, vai se transformar em ação definitiva.”

Bom, estamos cansados de saber que as promessas da atual gestão raramente são cumpridas... Eles prometeram também que não venderiam mais jogadores quando o Clube tivesse 50 mil sócios. Hoje já ultrapassamos a marca de 100 mil sócios e as vendas aumentaram... em vez de um jogador vendido por ano, agora são dois, ou quatro como no ano passado – o ano do centenário!

Mas, enquanto isso, a geração 2006 bate palmas, “canta, bebe e briga”... eis o “apoio incondicional”.

ACORDEM!!!

Hoje, dão um sumiço no Saci e impõem um macaco goela abaixo, trocam o nome ou abortam um projeto vitorioso, brincam de redesenhar o emblema e pintar com outras cores nossa camisa, nosso manto.

Amanhã, se nada for feito, nos impedirão de votar, de assistir aos jogos no Estádio (porque aos treinos já nos impedem há tempos), alterarão o nome e mudarão a sede do Clube pra São Paulo ou algum outro lugar onde o lucro seja maior.

O Inter NÃO foi fundado em 2002!!!

ETERNAMENTE O CLUBE DO POVO!!!