NOTA DE ESCLARECIMENTO INICIAL

Somos COLORADOS e estamos preocupados com os rumos do CLUBE DO POVO. Por isso criamos este blog. Nosso maior objetivo é resgatar a alma do Sport Club Internacional, cujos alicerces estão fincados nas classes populares, que sempre deram sustentação e transformaram o INTER no GIGANTE que ele é.


O Inter NÃO nasceu em 2002!!!



segunda-feira, 9 de julho de 2012

DA ISENÇÃO E DA IMPARCIALIDADE

Nos  últimos dias tenho me ocupado exclusivamente com assuntos ligados ao clube da Azenha/Medianeira/Humaitá/Vila Farrapos. Isso parece estranho, mas há justificadas razões para que eu o faça.

É histórica a postura de parte da imprensa esportiva gaúcha, que sempre tenta equilibrar as coisas na marra. Se o Inter ganha a Libertadores, eles exaltam a conquista heroica da segunda divisão. Se o Inter contrata o Fórlan, eles dizem que o Conca (depois o Riquelme) vai vestir o pijama. E vem o Elano... E assim a coisa vai.

Acontece que a coisa começa a ficar preocupante quando se percebe que essa postura ultrapassa os muros de parcialidade erguidos por uma parte da mídia, que, por exemplo, tenta, com os mais rasteiros artifícios, a todo custo levar a Copa do Mundo para a zona norte, e aparece nas instituições, como os tribunais desportivos e mesmo o Ministério Público. Para comprovar, basta perguntar por que, mesmo diante de fatos notórios como os que a gente tem comentando aqui neste espaço, inclusive fazendo as remissões legais, as autoridades permanecem inertes e a imprensa, salvo raras exceções, silente. Enquanto isso, no lado Rubro, ao menor de sinal de problema, quase sempre existente apenas nas iluminadas mentes de gremistas sem dúvida isentos, o que se vê é uma atuação célere e eficaz, como no caso do pedido de interdição do Beira-Rio. É preciso, então, que os acontecimentos do lado de lá sejam denunciados com veemência e que as cobranças sejam feitas.

É o caso, por exemplo, da notícia publicada no Correio do Povo de sábado, dizendo que os torcedores poderão visitar as dependências do novo estádio. Não tenho informações de que tenham acabado as obras por lá. Aguardo, então, ansiosamente a atuação zelosa do isento Promotor de Justiça, Dr. Fábio   Sbardellotto, a não ser, é claro, que a proximidade do Guaíba torne as obras mais perigosas no Beira-Rio... Aliás, deixo a pergunta aos senhores Promotores: o fato de o estádio estar sendo erguido, salvo eu esteja muito equivocado, sobre o que antes era um aterro sanitário ou "lixão", não deveria ser alvo perícias técnicas visando à aferição das condições ambientais para o seu uso? Elas foram feitas? Por quem?

Voltando aos temas mais próximos do campo de jogo, a declaração de um cidadão de nome Scapini (perdoe-me se errei a grafia), diretor do Grêmio e, se não me trai a memória, desembargador, dada ao repórter Flávio Dal Pizzol, da Guaíba, ao final da partida de ontem, na qual o tricolor foi inapelavelmente batido, é estarrecedora e, de certo modo, revela a postura institucional do clube, já que ele é uma voz oficial. Comentando a atuação do Neymar e o que ele fez com a zagueirada preta, branca e azul, esse senhor disse que se fossem outros tempos o jogador sairia do campo diretamente para a UTI! Está lá gravado para quem quiser ouvir. Não foi um mero torcedor que disse isso. Foi, repito, uma voz oficial do clube! Inexplicavelmente, não ouvi nenhuma repercussão na rádio sobre essa infeliz incitação explícita à violência, vinda de quem, mais do que qualquer outro, pela posição de destaque que ocupa, deveria promover a paz nos estádios. É possível que se a cor da camisa de quem falou essa atrocidade fosse outra, também outra fosse a postura da crônica esportiva.

Como eu disse, a história mostra que a ideologia do clube tricolor, explicitada na declaração do dirigente, é esta: a violência e o anti-jogo, travestidos de futebol objetivo e por resultados, devem se sobrepor ao espetáculo. Foi assim que eles ganharam seus títulos (pelo menos os poucos que eu pude acompanhar), tendo como baluartes jogadores de técnica duvidosa, mas pródigos na pancadaria, como Baidek (ah, não, esse nos trouxe o Fórlan), Dinho e Sandro Goiano, técnicos retranqueiros e avessos ao futebol bonito (Espinosa, Scolari), que privilegiavam a defesa sob qualquer custo, e dirigentes truculentos e dados a promover invasões de campo e outras baixarias, como um que hoje virou respeitado homem de imprensa e que, por razões que só uma ética própria pode explicar, não se afastou das suas funções no conselho deliberativo para poder atuar na mídia com alguma isenção.

Enfim, essas são algumas razões que me levam a ocupar momentaneamente este espaço tratando de coisas de um clube, que, não fosse pela força da mídia, teria passado pelo menos mais um ano na divisão inferior do campeonato brasileiro, que é, aliás, aonde eles se sentem bem, visto que lá voltaram outra vez e para onde vão de novo, a julgar pela forma como as coisas andam.

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