Não somos oportunistas e não é de hoje que usamos este espaço para criticar o que há de errado no Inter. Elogiar é fácil. Difícil é dar a cara pra bater e criticar quando tudo parece uma maravilha. Eu, particularmente, manifestei publicamente o meu descontentamento pela postura da direção, que secava os jogos do Atlético Mineiro, porque quanto mais perdesse mais fácil seria do Dorival cair e vir pro Inter. Critiquei isso por contrariar absolutamente a lógica, pelo menos a minha, porque acho que o Inter sempre tem que contratar profissionais vencedores.
Neste momento, poderia fazer uma lista das razões técnicas que justificam a saída do Dorival, a começar pelo fato dele estar há um ano treinando o elenco mais caro do Brasil, e dos mais caros do mundo, e mesmo assim não conseguir montar um time pelo menos mediano. Também seria possível listar os fatores disciplinares e anímicos que levam o Inter a esse fracasso que estamos vivendo. Mas quero examinar a situação sob outro aspecto.
O Dagoberto é experiente, jogou muito tempo no São Paulo, trabalhou com diversos técnicos e grupos de jogadores, disputou grandes competições e sabe muito bem que meter a mão na bola é motivo pra amarelo. Sabe mais ainda que se isso acontecer no primeiro minuto vai comprometer a sua atuação durante todo o jogo. E sabe sobretudo que isso se agrava por ser ele o único atacante em campo.
O D'Alessandro tem mais de 30 anos, já jogou na Europa, foi convocado pra seleção argentina em diversas oportunidades, ganhou Sul-Americana, Recopa, Libertadores, conhece como poucos o Beira-Rio e a torcida Colorada, e sabe que se der um vassoura no adversário na intermediária de ataque vai tomar o amarelo e se, ato contínuo, for pra cima do juiz, vai ser expulso. E fundamentalmente sabe que se isso acontecer ainda no primeiro tempo, as chances de sucesso de um time desfalcado e mal escalado vão bater na casa de zero por cento.
Ou seja, os jogadores estão boicotando o técnico. E faz tempo!
A direção só tem duas alternativas:
1ª - pedalar a porta do vestiário, enquadrar os jogadores e fazer com que eles passem a respeitar na marra um treinador que mesmo com o vestiário na mão não vai levar o Inter a lugar nenhum;
2ª - pedalar a porta do vestiário, enquadrar os jogadores e trazer um técnico que não faça mais que comandar com firmeza e escalar os jogadores nas suas posições e funções certas.
Se optar pela segunda alternativa, a direção estará dando um passo muito grande para conquistar o tetra. E não venham me dizer que não há opções de técnico no mercado. Tirando o padeiro de Guaporé, o incompetente Celso Roth, o folclórico Tio Jejão e a dupla mau-caráter adílson e nelsinho batista, até o Argel é capaz de fazer esse time jogar.
Há uns dias assisti, por intermédio do meu amigo Paolo, a uma explanação do Fernandão. Ele é um eterno ídolo Colorado, tem excelentes ideias sobre futebol e se derem tempo vai fazer um grande trabalho no Inter. É preciso que exista um vice-presidente de futebol com culhão e bala na agulha, além de respaldo da presidência, pra fazer isso. Pela entrevista de ontem, acho, e por enquanto só acho, que o Luciano Davi pode ser esse cara.
Então, acorda Giovani, antes que seja tarde.
quinta-feira, 19 de julho de 2012
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