NOTA DE ESCLARECIMENTO INICIAL

Somos COLORADOS e estamos preocupados com os rumos do CLUBE DO POVO. Por isso criamos este blog. Nosso maior objetivo é resgatar a alma do Sport Club Internacional, cujos alicerces estão fincados nas classes populares, que sempre deram sustentação e transformaram o INTER no GIGANTE que ele é.


O Inter NÃO nasceu em 2002!!!



quinta-feira, 3 de junho de 2010

PAIXÃO OU PROFISSIONALISMO?

Quero perguntar a vocês o seguinte: o que leva milhares de pessoas aos estádios de futebol? O que faz com que um cara gaste 150 pila ou mais pra comprar uma camisa de um time? Ou mesmo quem não tem 150 e gasta 10, 20 pra comprar uma de camelô? O que faz um cara juntar os amigos pra fazer um churra antes de um jogo importante do seu time? O que faz um piá, desde bem piá mesmo, vestir uma camisa do time do coração e ir pro colégio jogar uma bola no recreio, sonhando em ser um dos seus ídolos? O que move, enfim, esse inexplicável (principalmente para algumas - hoje em dia talvez poucas - mulheres) interesse por "22 marmanjos correndo atrás de uma bola"?

Eu respondo: a paixão! Ou alguém tem outra explicação para o fato de que cada vez que aparecem aqueles negrinhos que em geral não tem nem o que comer lá na África, invariavelmente eles dizem que amam o futebol brasileiro? Claro, porque o futebol brasileiro, apesar de todos os problemas CBF/Nike/Ricardo Teixeira/empresários, etc., etc., etc., ainda é uma coisa mística. Considerando mesmo a seleção de 82, que apesar de todo o belíssimo futebol apresentado, tinha coisas como o Valdir Perez no gol, essa coisa quase mitológica do futebol brasileiro se formatou desde a década de 50, no mínimo, e se consolidou definitivamente em 70. Pois é, já se foram 40 anos disso, então como é que existe toda essa paixão, levada adiante por gente que nem era nascida nesa época? Isso comprova a força do futebol.

Sim, há muita gente que não dá a mínima pro futebol. Pra esses, tanto faz como tanto fez quem é o técnico do Inter ou do Flamengo. Outros, gostam de futebol, mas só se preocupam com o resultado do jogo de hoje. Há, entretanto, muitos, eu diria a grande maioria, que se interessam pelo futebol, e consequentemente pelos seus times, um pouco além do que acontece nos 90 e poucos minutos de um jogo. Pois esses é que movem essa engrenagem que movimenta valores astronômicos e que faz o mundo todo parar de quatro em quatro anos pra ver a copa do mundo.

Digo tudo isso pra perguntar qual o papel do dirigente de futebol hoje em dia? Defender os interesses do clube, que são, em última análise, os interesses de sua torcida, em se tratando de um clube de massas, como o Internacional, ou agir pela sua própria cabeça, mandando às favas a opinião e desconsiderando a paixão daqueles que são a razão de ser da existência de um clube de futebol?

Honestamente, não pode, na minha opinião, um dirigente dar uma declaração como a que está destacada abaixo, e ficar impune. Quando esse capitãozinho meia-bomba (capitão de verdade foi o Figueroa, também o Falcão, e talvez mais ainda o Fernandão) disse que ia torcer pro Barcelona, carimbou definitivamente a sua condição de anti-Colorado. Vejam que isso é muito pior do que declarar amor eterno ao clube da Azenha/Medianeira, porque naquela situação eles não tinham nenhum envolvimento no que estava acontecendo e não havia nenhuma necessidade de dizer aquilo. E agora vem o vice-presidente de futebol do Inter dizer que isso não passa de uma bobagem? Ele está dizendo, de forma muito clara, que a paixão do torcedor Colorado não é mais que uma bobagem e que as coisas que são ditas, que ferem o orgulho e/ou provocam um sentimento profundo de raiva e repulsa na grande Nação Colorada, são irrelevantes. Ou seja, ele está chamando o torcedor Colorado de burro e sem memória.

Sei que vão me dizer um monte de desaforos, me chamar de tudo quanto é coisa, dizer que eu sou um idiota, que sou arrogante e penso que sou mais Colorado do que os outros, que sou secador e etc., etc. e tal, mas eu digo e assumo: se esse sujeito vier a ser contratado para treinar o Inter, quem aplaudir essa decisão não é digno de vestir o Sagrado Manto Rubro!

E o tal do profissionalismo no futebol que vá pro inferno!!!

03 de junho de 2010 N° 16355

INTER Cotação cresce no Beira-Rio

Carvalho diz que só define após a Copa, mas imprensa mineira dá negócio como certo

Há alguns dias o prefixo 47 insiste em piscar no celular de Fernando Carvalho. Que não atende. Trata-se de um critério eliminatório. Ele não atende números desconhecidos ao celular. Mas desde ontem à noite, se o prefixo do visor for o 31, de Belo Horizonte, o vice de futebol do Inter vai atender na hora. Pode ser Adilson Batista.

Os contatos iniciais já foram feitos: o técnico do Cruzeiro anunciou ontem à noite, após empate em 0 a 0 com o Santos, que está deixando a Toca da Raposa após dois anos e meio. Ele se despede do Cruzeiro domingo no jogo contra o Atlético-GO, no Serra Dourada. A imprensa mineira dá como certa a sua vinda para o Beira-Rio.

– Tudo tem um fim. Sou grato por tudo ao Cruzeiro, mas acho que chegou a hora de procurar outro caminho. Estou chateado com algumas coisas. Acho que é só cego que não vê o que é trabalhar uma equipe, organizar – explicou Adilson

Fernando Carvalho tem dito que o novo técnico só deverá aportar no beira-Rio após o recesso da Copa do Mundo.

– O 47 deve ser de algum empresário de Tubarão ou Joinville me oferecendo técnico – brincou ontem à tarde.

O prefixo 47 é de Joinville, mas o fato é que, desde a última sexta-feira, quando Jorge Fossati foi demitido, Carvalho adotou uma cartilha em sua busca por um novo técnico. O processo só seria acelerado depois de a bola rolar na Copa da África, mas o súbito desemprego de Adilson deve mudar tudo. Carvalho é fã confesso e público do seu trabalho. Vamos à cartilha de Carvalho à procura de treinador.

1) Só atender a ligações de números identificados.

2) Se for empresário, ouvi-lo com atenção e não descartar ninguém. Mesmo que o nome oferecido seja PC Gusmão, como aconteceu dia desses. Mesmo que seja um ex-gremista. Adilson disse que ia secar o Inter no Mundial há quatro anos, mas Carvalho acha isso bobagem. E sai em defesa do treinador, agora livre para assumir o Inter e alcançar o que tentou no Cruzeiro nos dois últimos anos: ser campeão da América.

– Se fosse por isso, o Felipão nunca poderia treinar o Inter. E não teríamos sido campeões da Sul-Americana com o Tite – diz o dirigente.

3) A frase “quem está vendo isso é o Fernando” vale até para o presidente Vitorio Piffero. É a orientação para os homens do futebol e principalmentepara quem tentar emplacar algum nome.

4) Relaxar. Ontem, antes de ligar a esteira da academia um homem postou-se à sua frente como jeito de Guiñazu antes do carrinho e perguntou, o semblante sério como se estivesse numa reunião do conselho de segurança da ONU:

– O téc-ni-co: quem (pausa) é (nova pausa) o (mais uma) téc-ni-co?

Como não dá para responder, o melhor é brincar. Na esteira logo atrás, após meia hora de corrida, alguém arrisca corajosamente, ainda que sem muita confiança:

– Beto Almeida?

O Inter está em São Paulo para enfrentar o Corinthians de Mano Menezes no Pacaembu, à noite. Ontem, no Beira-Rio, os comentários indicavam que o celular de Carvalho, longe de casa, seria mais acionado do que de costume. Se aparecer o número mágico 31 de Belo Horizonte como prefixo, ele atenderá. Pode ser o futuro treinador do Inter.

DIOGO OLIVIER


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