Hoje é um dia simbólico e, como tudo neste Continente de São Pedro, motiva manifestações apaixonadas pra tudo quanto é lado. O Juremir Machado da Silva adora fazer propaganda dos seus livros. Uma das diferenças fundamentais entre ele e o Paulo Coelho é que este último não faz nenhum esforço pra vender as porcarias que escreve. Bueno, mas tem um livro do Juremir, "História Regional da Infâmia", que conta a história da Guerra dos Farrapos por outro viés, apresentando uma versão bem menos heroica, por exemplo, do episódio conhecido como Massacre de Porongos, quando, segundo o autor, os Lanceiros Negros foram traídos pelo seu comandante, David Canabarro, e entregues desarmados para morrer na mão dos imperiais. Muito bem.
Hoje recebi um texto pelo facebook, atribuído ao Eron Dal Molin, em que ele critica duramente o "ufanismo farroupilha" e cita, também, o tratamento desumano recebido pelos negros durante o decênio heroico. Muito bem.
Admirável a preocupação desses homens de imprensa com o resgate de verdades históricas mascaradas e manipuladas pela historiografia oficial. Me pergunto, porém, porque eles não transferem essa preocupação com a causa do negro para os nossos dias e começam a usar o microfone para denunciar as práticas racistas de torcedores e dirigentes gremistas? A torcida chama os Colorados de macacos imundos a cada gre-Nal, entre outras coisas e o sr. Paulo Pelaipe é detido no Rio de Janeiro por ter chamado um segurança do Engenhão de macaco. Por que os nossos paladinos da justiça e da ética silenciam diante desses fatos, ao meu ver tão nojentos quanto o episódio histórico que eles criticam?
Eu acho que vou escrever um livro: "A história regional da hipocrisia"...
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
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