NOTA DE ESCLARECIMENTO INICIAL

Somos COLORADOS e estamos preocupados com os rumos do CLUBE DO POVO. Por isso criamos este blog. Nosso maior objetivo é resgatar a alma do Sport Club Internacional, cujos alicerces estão fincados nas classes populares, que sempre deram sustentação e transformaram o INTER no GIGANTE que ele é.


O Inter NÃO nasceu em 2002!!!



quinta-feira, 13 de setembro de 2012

RAIO-X

Recebi o texto por mail e transcrevo. Quase perfeito.

"Internacional 2006 a 2012: De Yokohama ao Olímpico

Publicado em 31 de agosto de 2012

Por Alexandre Perin

Há alguns anos, o ex-presidente Fernando Carvalho escreveu um livro
intitulado “De Belém a Yokohama: Como o Inter conquistou o Mundo”.
Leiam, é uma leitura obrigatória do case de sucesso que levou o clube
até seu Centenário no auge de sua história. Pois creio que está na
hora de uma segunda versão, contando tudo que ocorreu desde o título
mundial e que pode terminar na última rodada deste Campeonato
Brasileiro, no estádio do arquirrival. No zênite da desesperança.

Chegou o momento de mudar. Que outros errem, por suas cabeças. Que
acertem. Mas que façam diferente. Desde o 2º semestre de 2009 ocorre
um acentuado decréscimo técnico dentro do time colorado. Da formidável
equipe do 1º semestre do Centenário até hoje, é notório que o futebol
vermelho involuiu. Ainda com a base formada de 2009, o Inter levantou,
aos trancos e barrancos, a Libertadores em 2010.

Mas não soube a hora de mudar, trocar a fotografia, renovar o clube. A
idéia de “manter uma base de um ano para o outro”, desandou quando
alguns jogadores se tornaram intocáveis no elenco colorado. Hoje quem
fica são os jogadores que não dão mais resposta, mas que recebem
renovações de contrato, na melhor das hipóteses, “inexplicáveis”. É
necessário saber a hora de mudar os jogadores.

A falta de coerência no perfil dos treinadores é outra coisa que
impressiona: Roth, Falcão, Dorival, Fernandão só possuem em comum as
diferenças na maneira de pensar. A existência de dirigentes neófitos
no Departamento de Futebol, ou que não agregam valores mesmo há anos
nesta posição, é consequência da não-formação de dirigentes e do
isolamento político da diretoria. O orçamento de futebol do
Internacional é muito alto para ser colocado em mãos tão inexperientes
no assunto, com um conhecimento raso sobre o esporte-motor do clube.

A escolha de dois ídolos do clube como treinadores se mostrou
desastrada: sem apoio de um vice-de-futebol experiente, Falcão e
Fernandão rapidamente desandaram. Clemer e André Doring estavam há
mais tempo trabalhando no dia-a-dia do futebol, são identificados com
o clube. Deveriam ter sido as primeiras opções, mas o “bruxismo”
prevaleceu.

Com um Fernando Carvalho ou um Vittorio Piffero ao lado, pessoas mais
experientes, talvez fosse diferente. Colocar Falcão no meio da
Libertadores (2011) ou Fernandão no Brasileirão (2012) se mostrou um
desastre. Um dirigente disse que Fernandão era a pessoa certa após
conversar e saber que ele tinha “boas idéias”. Outro sequer sabia a
posição para a qual determinado jogador havia sido contratado. Um
terceiro virou Vice-Presidente com uma única contratação em 2 anos de
futebol no currículo: Kléber Pereira.

O isolamento político e posturas pessoais de confronto afastaram
pessoas competentes. Tudo foi feito sozinho, e o resultado foi
desastroso. Se o Inter não houvesse jogadores de tanta qualidade como
Oscar, D’Alessandro, Damião, etc, poderíamos ter tido trágicas
consequências.

Dentro das quatro linhas, o time é montado sempre com um excesso de
preocupação defensiva, seja com 3 volantes (quase uma norma no
Beira-Rio, como o “tiki-taka” do Barcelona ou o “futebol direto” do
Stoke City), seja com apenas um atacante (desde 2010 assim). Contra
todos os ideais da torcida colorada. Não há equilíbrio, jogadores com
perfis complementares no elenco. Pouca ou nenhuma avaliação técnica na
contratação de jogadores, comparando os mesmos com valores das
categorias de base.

No aspecto interpessoal, os problemas são claros: os jogadores mandam.
O “dono do vestiário” é o maior exemplo. Em fase deplorável, Bolívar
renovou por 30 meses em maio de 2011, com proposta do Santos.
Inexplicável. Depois, a torcida ‘deu um jeito’ de tirá-lo do time, mas
ele voltou sem nenhum motivo, explicação racional, coerência. Outros
atletas em fase técnica deplorável não são barrados, como Nei.

Jogadores que servem apenas para grupo (Élton) ou nem isto (Josimar)
possuem um inexplicável apreço da diretoria. Para piorar, as viciadas
relações interpessoais trazem jogadores como Édson Ratinho, que em 3
jogos virou reserva do volante improvisado, e dispensam laterais como
Diogo e Cláudio Winck (este das Seleções Brasileira de base). Qual é a
motivação que os jovens possuem, se eles serão reservas no
contra-cheque? Está tudo errado neste quesito.

A derrota em Abu Dhabi foi construída no 2º semestre de 2010:
jogadores em má-fase, esquema tático equivocado (4-2-3-1), reservas
desprestigiados jogando mais que titulares intocáveis. Depois do
fracasso, era de se esperar uma limpa, até em respeito aos dez mil
colorados que invadiram os Emirados Árabes.

O que ocorreu? Rigorosamente nada e, em uma comédia bufa, o técnico
Celso Roth renovou contrato. Prêmio por ter deixado Renan, Wílson
Matias, Tinga (como meia), Rafael Sóbis e Alecsandro como titulares,
punindo Pato Abbondanzieri, Giuliano, Oscar e Leandro Damião. Ontem,
ao perder para o Coritiba, os quatro defensores eram exatamente os
mesmos do Mazembe e todos em péssima fase. É surreal.

Os salários extrapolaram quaisquer limites razoáveis: o Inter hoje
gasta mais de um milhão de reais por mês com três zagueiros acima de
32 anos. Em 2013, a perspectiva é pior: todos os veteranos seguem com
contratos em vigor (exceção de Kléber), o banco de reservas tem uma
qualidade muito baixa. Do time campeão da Sul-Americana em 2008 e dos
vice-campeonatos nacionais de 2009, hoje o Inter tem um elenco em
escombros.

Até 2010, o clube investia o dinheiro da venda em jogadores com
potencial de revenda no futuro. Isto não ocorre mais. Desde então, a
política de vender jovens para contratar veteranos por passe livre tem
custado um decréscimo de talento no elenco. Hoje o Internacional gasta
mais de 7 milhões de reais em salários, com resultados medíocres. Ano
passado, quase perdeu a vaga da Libertadores para Figueirense e
Coritiba, times muito abaixo do seu patamar. Este ano, está há quatro
pontos do Náutico. Náutico. Não há um planejamento focado no sucesso
em determinada competição, e sim uma morosidade lancinante.

A preparação física é uma espécie de ‘case de insucesso’: Ao ser
contratado em julho de 2008, o preparador-físico Fábio Mahseredjian
prometeu o time voando em setembro, algo rigorosamente cumprido. As
lesões musculares eram raras e o time corria em campo até o final.
Porém em 2010 o preparador-físico da Seleção Brasileira foi rebaixado
a auxiliar do profissional indicado pelo técnico Jorge Fossatti. Um
ano depois, ocorreu o mesmo com Dorival Júnior. Em setembro de 2011,
na primeira proposta concreta, Fábio foi para o Corinthians, aonde fez
o time voar em campo, marcando pressão e ajudando o time a conquistar
a Libertadores 2012. Cansou de ser rebaixado em prol de profissionais
nitidamente inferiores ao seu trabalho.

O Inter sistematicamente remonta o time no meio do ano, mantendo o
time de dezembro para janeiro. Invariavelmente, o Campeonato
Brasileiro é desperdiçado assim. Treinadores com trabalho
insuficiente, como Dorival Júnior ou simplesmente intragáveis como
Celso Roth, não são demitidos nem em caso de fracasso claros e
notórios. Sempre é necessário uma insurreição popular para que uma
decisão seja tomada.

Os dirigentes esquecem que o time teve sucesso com a manutenção da
base quando os atletas eram jovens, com fome de vitórias. Hoje estão
velhos, consagrados, sem apetite por novas conquistas.

No único ano que o Brasileirão foi valorizado, um erro ao
não-contratar um substituto para Nilmar (ou achar que Alecsandro seria
este nome) custou o título nacional.

Mas isto é um erro de avaliação, não de planejamento. Acontece.

Os Colorados terão que ver o Grêmio conquistar um título relevante
para perceberem que algo está muito errado e o clube precisa de mais
capacidade de indignação? De motivação? De mudança?

Falta muita coragem no Beira-Rio para tomar decisões drásticas. O
clube precisa mudar, recuperar fórmulas de sucesso, mas parar de
insistir em modelos desgastados.

O Inter tem cometido erros capitais. Mais de uma vez.

Quase todos relacionados à soberba.

Pensem nisto."

2 comentários:

  1. Oi, Tenho um Título do Parque Gigante Sócio Fundador Série Ouro Valor R$ 12.000,00
    Contato
    Clevis Saldanha
    Fone (51) 9167 11 33
    E-mail: cdsaldanha@hotmail.com

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  2. Tenho um título "Sócio Fundador" do Parque Gigante. R$10.000,00. Livre de despesas de transferência.
    Aroldo Pinto 51 8405-8332

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