NOTA DE ESCLARECIMENTO INICIAL

Somos COLORADOS e estamos preocupados com os rumos do CLUBE DO POVO. Por isso criamos este blog. Nosso maior objetivo é resgatar a alma do Sport Club Internacional, cujos alicerces estão fincados nas classes populares, que sempre deram sustentação e transformaram o INTER no GIGANTE que ele é.


O Inter NÃO nasceu em 2002!!!



terça-feira, 4 de maio de 2010

"OS JOGADORES NÃO ESTÃO ENTENDENDO 50% DO QUE EU DIGO"

A declaração estarrecedora que estampa o título desta postagem foi dita pelo titular da preparação física do Internacional, sr. Alejandro Valenzuela. Transcrevi toda a entevista, publicada na Zero Hora de hoje, no caderno de esportes, para evitar que alguém suspeitasse que eu retirei frases do contexto. Ei-la:

“Os jogadores não estão entendendo 50% do que digo”
Alejandro Valenzuela, Preparador físico do Inter

É o próprio Alejandro Valenzuela, o preparador físico do Inter, quem admite: o time tem caído de rendimento no segundo tempo. Aos 45 anos, o profissional, que acompanha Jorge Fossati há quase duas décadas, revela seu desapontamento com a resistência dos jogadores em aceitar e entender o trabalho no Beira-Rio. Valenzuela se queixa de que muitos deles não levam a sério a sua forma de aplicar a atividade diária.

Em entrevista concedida a ZH durante 30 minutos no gramado suplementar, um dia após a perda do título gaúcho, o preparador falou em tom de desabafo. Não esperava encontrar tamanha dificuldade por parte dos brasileiros do grupo. A língua poderia ser entrave. Mas até no Catar não houve tamanho obstáculo.

– Eu falo e, quando olho para eles, sinto que não entenderam 50% ou 60% do que disse – lamenta.

Não é o mesmo que acontece com Guiñazu. O volante é exemplo de dedicação nos treinos, porque compreende o que está sendo pedido. Ontem, por uma hora e 30min, o treino foi de cruzamentos e chutes a gol. Nem todos encararam o trabalho com a entrega que Valenzuela queria. Suspeita que os brasileiros, por serem naturalmente talentosos, não se dediquem tanto aos treinos. Como o seu trabalho e o de Fossati são integrados, os treinos físicos são realizados com bola. Como na escola europeia, valoriza espaços reduzidos – e isso não estaria sendo bem aceito pelo grupo.

Ainda assim, atesta: o pico da preparação física deverá ocorrer nesta quinta-feira, quando o Inter decidirá o seu futuro na Libertadores contra o Banfield. Os principais trechos da entrevista:

Zero Hora – O Inter está cansando no segundo tempo?

Alejandro Valenzuela – Sim, nos últimos jogos o time tem caído no segundo tempo. A equipe corre a 140km/h no primeiro tempo e gasta mais nafta (combustível). No segundo, a velocidade baixa para 100km/h. Além disso, pegamos um Grêmio bem preparado e mais descansado.

ZH – Por quê?

Valenzuela – Estamos jogando duas decisões por semana desde o dia 18 de abril. E a preparação não está homogênea. Por exemplo: Sandro e Giuliano cansaram no segundo tempo do Gre-Nal. Giuliano estava ansioso para jogar, queria ganhar de qualquer jeito. Sandro vem de um desgaste grande. Eller e Walter tiveram paradas nessa temporada.

ZH – Mas, no futebol, é comum jogar às quartas e aos domingos.

Valenzuela (suspiros) – Muitas vezes o jogador não interpreta o treino que eu dou como trabalho físico. O Guiñazu compreende bem isso, trabalha com afinco até ficar esgotado. Quando a produção começa a cair, paramos o treino, encerramos o dia para não passar do ponto. Sinto que falta esta consciência para alguns, que não se esforçam. Acho que ainda não entenderam que eu e Fossati trabalhamos a tática e o físico juntos.

ZH – O senhor se refere ao problema de falar espanhol?

Valenzuela – Não sei se é só isso. Eu falo e, quando olho para eles, sinto que não entendem 50% ou 60% do que digo. Mas pode ser algo cultural também. Como o brasileiro tem muita técnica, ele acha que não precisa se esforçar tanto, se dedicar ao máximo aos treinos, como eu gostaria.

ZH – Mas isso não pode ser exigido dos jogadores? Uma dedicação maior?

Valenzuela (suspiros) – Estou chateado. Não consegui fazer com que os jogadores acreditassem no meu trabalho. Comprassem a ideia. Só sei que a parte psíquica, com a qual eu sempre trabalhei, a parte motivacional, não foi entendida até agora. Trabalhei em diversos países, e até no Catar. Eles falam árabe. Lá, treinava com um tradutor ao meu lado. Eu era totalmente compreendido. No Catar, me entende?

ZH – E para quinta-feira, como estará o pulmão do time?

Valenzuela – Nosso trabalho foi dividido em duas etapas. Uma espécie de Apertura e Clausura. A primeira fase vai até 6 de junho, antes da parada para a Copa. Devemos atingir o pico da preparação física no jogo contra o Banfield. Como a partida será na quinta-feira, ganhamos um dia.

ZH – Um dia faz tanta diferença assim?

Valenzuela – Já mudará as coisas. Até porque dormir e descansar é fundamental para a recuperação. O futebol gaúcho exige muito mais da parte física do jogador do que o carioca, por exemplo.

Há poucos dias fui acusado de secador por ter dito que o Inter não seria campeão gaúcho. Nós, que administramos este blog, temos sido alvo de críticas por parte da torcida Colorada, que nos chama de “corneteiros” e diz que preferimos o Inter das décadas de 80 e 90 a este Inter “vencedor”, comandado pela atual direção. Aceitamos essas críticas como parte do jogo democrático, que envolve troca de ideias. Todavia, esses que nos atacam não apresentam dados concretos que possam sustentar as suas ideias. Nós fazemos o contrário. Apresentamos opiniões alicerçadas em fatos e fornecemos as fontes. É o caso desta entrevista, que eu diria no mínimo inoportuna, quando estamos nas vésperas de uma decisão de vaga na Libertadores. Passo a analisar particularmente alguns trechos.

“resistência dos jogadores em aceitar e entender o trabalho no Beira-Rio” – Se há resistência dos jogadores ao trabalho proposto, pode restar alguma dúvida acerca da falta de comando no vestiário do beira-Rio? NÃO! O grupo de jogadores faz o que bem entende e a direção omissa, preocupada apenas com o tilintar das moedas, assiste a tudo passivamente, sem tomar nenhuma atitude!


“Nem todos encararam o trabalho com a entrega que Valenzuela queria” – Quando se contrata um preparador físico a pedido do técnico, mesmo contando com um dos melhores do país e do mundo, imagina-se que o seu trabalho vai ser respaldado pela direção. Se o próprio profissional diz que os seus comandados não se entregam ao trabalho, alguma coisa está muito errada. E o que faz a direção? NADA!

“Muitas vezes o jogador não interpreta o treino que eu dou como trabalho físico.” – Das duas uma: ou o jogador é muito burro, que não consegue entender a proposta de trabalho, ou não tem nenhum comprometimento profissional, estando lá só pra ganhar o seu gordo salário no fim do mês. Seja qual for, a situação exige uma intervenção efetiva da direção, que NÃO ACONTECE!

“Sinto que falta esta consciência para alguns, que não se esforçam.” – Esta frase fala por si só e responde inclusive ao questionamento anterior.

“Como o brasileiro tem muita técnica, ele acha que não precisa se esforçar tanto, se dedicar ao máximo aos treinos, como eu gostaria.” – Talvez Tesourinha, Garrincha, Pelé e alguns outros tivessem tanta técnica que pudessem prescindir de condicionamento físico. Há no grupo do Inter, atualmente, algum que esteja no nível dos exemplos citados? NÃO, NÃO E NÃO!!!

“a parte psíquica, com a qual eu sempre trabalhei, a parte motivacional, não foi entendida até agora.” – Bom se a parte física não funciona e a parte motivacional também não, entendo o salário pago a este profissional, que não deve ser baixo, como uma doação que a altruísta direção do Inter faz mensalmente para que ele não deixe de prover o seu sustento e de sua família... Por falar em parte motivacional, o Evandro Motta ainda presta serviços ao Inter?

“Devemos atingir o pico da preparação física no jogo contra o Banfield.” – Depois de tudo o que ele disse, uma declaração dessas parece um pouco estranha, não acham? Que Inter devemos esperar na quinta-feira? Aquele que morre no segundo tempo, como o próprio responsável pela preparação física assumiu, ou um novo Inter, corredor, pegador, marcador, com fôlego o tempo todo? Se este segundo Inter aparecer, o que eu espero, ainda assim restará saber o que mudou tanto em 5 dias, pois no g...Nal o que se viu foi o primeiro Inter.

Pergunto pelo planejamento alardeado por esta direção? Contratar um preparador físico que espera a derrota num campeonato, após 4 meses de trabalho, para declarar que algo muito estranho está acontecendo no trabalho diário não me parece ser o melhor exemplo de planejamento estratégico. Muito menos deixar o grupo de jogadores dominar completamente a situação e fazer o que bem entende, como ficou claro a partir da entrevista.

ACORDEM, MEUS AMIGOS COLORADOS, o Internacional está sem comando e sem rumo!!

Antes de nos criticarem por estarmos querendo defender e resgatar a história do nosso clube, preocupem-se, então, vocês também com as questões práticas do futebol.

Antes de dizerem que secamos o time por apontarmos os desmandos desta direção, reflitam sobre o que está acontecendo no momento e principalmente sobre o que nos espera logo ali na frente.

Antes de dizerem que somos saudosistas que perdemos o trem da história por não entendermos as políticas adotadas pelo padrão moderno de gestão desta direção, pensem se é normal que isso aconteça com um time que vem ano após ano sendo apontado como um dos melhores do país, mas que não faz com que isso se converta em vitórias e títulos.

De que adianta termos um belíssimo museu, um projeto de estádio de primeiríssimo mundo (que nunca sai do papel), uma administração perfeitamente afinada com as tendências do futebol moderno, se chegamos no meio do ano que sucede ao do centenário com uma produção ridícula dentro do campo e tendo que ouvir o próprio preparador físico dizer que o vestiário Colorado está totalmente esculhambado?

Tenho certeza que este não é o Inter que vocês querem.

Então venham conosco, vamos lotar o Beira-Rio para torcer pelo título da Libertadores e depois do Brasileiro, mas não vamos fechar os olhos para o que esta direção mercantilista e entreguista está fazendo do NOSSO clube!

3 comentários:

  1. QUEM DIZ AMÉM AO QUE A RBS GREMISTA ESCREVE (EM PARTICULAR AO GORDO IMBECIL LACAIO WIANEY CARLET PUXA-SACO FAMILIA SIROTSKY) NAO TEM DIREITO DE VIR QUESTIONAR A ATUAL GESTAO DO CLUBE QUE MESMO COMETENDO ERROS LEVOU O INTER AO TOPO DO MUNDO. E PRA MIM ESSE BLOG OU É DA RBS OU É DE ALGUM GREMISTA TENTANDO DESESTABILIZAR O INTER (ATE PORQUE NINGUEM AQUI SE IDENTIFICOU).

    ASS SERGIO DALL MARTINS SOCIO COLORADO A 9 ANOS.

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  2. Caro Sérgio Dall Martins. Meu nome é Álvaro Troviscal, sou Colorado desde que nasci, há 47 anos, joguei nas escolinhas do Inter ainda quando eram no Estádio dos Eucaliptos, frequento o Beira-Rio desde que foi erguido com a ajuda de minha família e posso te garantir que meu perfil é similar aos meus companheiros de blog. Concordo com relação a nossa identificação, o que estaremos resolvendo o mais breve possível. Peço-te que leia os demais posts de nosso blog, pois verás nesses o que pensamos sobre o Colorado. Não dizemos "amém" à RBS como falaste, mas tens de convir que uma entrevista daquelas(corroborada pela equipe de esportes da Band, inclusive com uma gravação que foi ao ar ontem mesmo) é o fim da várzea e atesta que a nossa direção perdeu os rumos depois de ganhar a América e o Mundo. Não acredito, por exemplo, que tenhas ficado satisfeito com os resultados obtidos(?) no ano do centenário do Colorado. Nosso blog foi criado para instigar o debate e estimular o senso crítico de nossos visitantes. Porém, vivemos em um estado democrático de direito e não há problema algum em que aceitemos o contraditório, sem aceitar, por óbvio, ofensas e até mesmo palavras de baixo calão. Forte abraço!

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  3. Antes de falar sobre a minha identificação, gostaria apenas de um esclarecimento: o comentador em questão chama-se Sérgio ou Elizabeth?

    Sócio Colorado há 9 anos? Certo, o meu título é de 1982.

    g...mistas, nós? Acho mais provável encontrar g...mismo em quem está satisfeito com o que está acontecendo com o Inter...

    Grande abraço, Sérgio (ou seria Elizabeth?...)

    P.S.: ainda sobre identificação, a exemplo do que ocorre no comentário do Álvaro, acredito que este meu vai aparecer com o meu nhome completo e uma foto.

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