Desde 01/01/2007 a atual gestão que comanda o Inter há quase uma década vem implementando uma política e filosofia de futebol mercantilista e uma administração elitista e arbitrária sob o pretexto da "modernização" do futebol, da "globalização", de "exigências do mercado". E, para explicar os desmandos e os erros sucessivos, usam uma palavrinha surrada e vazia: planejamento!
A geração conformista e passiva que já nasceu campeã do mundo em 2006 aceita tudo calada e ainda aplaude. Só podem ser cegos, ou burros, ou ambos! Não devem conhecer a história do Inter, o Clube do Povo, e seus ideais fundadores. É a única explicação plausível para tamanha acomodação e alienação. O momento é muito preocupante, a despeito dos resultados de campo - que já não são satisfatórios há quatro anos, mas podem iludir um ou outro oportunista de plantão.
Há um filme muito interessante nesse sentido, que opõe a tradição ao modernismo e ao modismo a qualquer custo: "O último samurai". A fala final do Imperador japonês no filme sintetiza bem o dilema atual do Clube do Povo:
“Eu tenho sonhado com um Japão unido, um país forte, independente e moderno.
E agora temos ferrovias, canhões e roupas ocidentais.
Mas não devemos esquecer quem somos ou de onde viemos
Embaixador Swanbeck, concluí que o seu tratado não atende os interesses do meu povo."
Passei longos treze anos esperando para ver o Inter campeão de algo que não fosse o campeonato gaúcho. Foram anos difíceis, de muita flauta dos rivais, mas me mantive firme e forte, orgulhoso do Clube para o qual eu torcia, porque o Inter tinha uma identidade, uma história bonita e ideais nobres e eu sabia que um dia a gangorra mudaria de lado novamente.
Torço para o Inter e não para os títulos. Durante muito tempo estive lá "de camiseta vermelha, o antigo escudo orgulhosamente no peito, desafiando todas as provações", como disse o Veríssimo numa belíssima crônica intitulada "Não me acordem". Se fosse preciso, eu agüentaria mais treze anos sem conquistas. Mas eu não agüento nenhum dia sequer que alterem a identidade do Sport Club Internacional, que é o que a atual gestão vem fazendo.
Já mudaram o emblema (várias vezes), a cor da camisa, nosso manto sagrado, sumiram com o Saci, fecharam a "coréia". Agora, acham normal e até comemoram derrota para o gfbpa. Onde tudo isso vai parar???
Ao contrário do Veríssimo, eu clamo: ACORDEM!!!
O que acontece de bom ou ruim no campo é reflexo direto do que acontece fora dele. É preciso resgatar urgentemente as tradições do Inter antes que seja tarde demais.
O Inter NÃO foi fundado em 2002.
DEVOLVAM O CLUBE DO POVO
segunda-feira, 3 de maio de 2010
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Sobre comemorar vitórias do gfpa, o álvaro me comentou ontem que ouviu o PF dizer que tinha se livrado de um fardo com o fim do gauchão. Quando um campeonato, por mais insignificante que seja (e o gauchão não é, ainda mais com g...Nal na final), é tratado como um fardo, a coisa tá sem rumo mesmo. Estamos repetindo a fórmula odoniana de desvalorizar a sul-americana para depois dar a vida para ganhá-la. Se o gauchão não vale nada, que o Inter peça licença junto à FGF, mas que nunca mais me venham contar como grande vantegem o fato de termos mais título do que o gfpa!!!
ResponderExcluirEssa atual (e já velha) direção, esta transformando O CLUB do POVO em uma prostituta (desculpe pelo termo utilizado, mas é a verdade)onde só quem tem dinheiro para pagar o preço é quem pode desfrutar deste CLUB que foi fundado pelo POVO pra ser do POVO! Muito bom o blog de vcs, descorde de algumas coisas mas é nitido que o identidade do CLUB do POVO está sendo substituida por uma politica capitalista que só visa o lucro e não o bem estar do torcedor q nunca abandonou a coréia nos tempos dificies! O INTER é de todos, pobres ou ricos! Todos tem o direito de poder olhar o jogo do COLORADO! Matheus Philippsen
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